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segunda-feira, 23 de abril de 2018

MESTRES - Reflectindo


Reflectindo sobre a forma como a espiritualidade demagógica se entronizou nos altares dos capacitados, desfolhada em pacotes para todos os gostos, em competições renhidas, lembrei de Agostinho da Silva.
Salvaguardando todas as crenças sérias, ancestrais, de profundos saberes,  cujas metas são a libertação do ser humano do obscurantismo, e fazendo jus ao velho ditado de que “santos de casa não fazem milagres” pergunto-me que razões empurram as pessoas na busca de gurus do oriente místico - de estranhas mezinhas dos confins do mundo - de iluminados dos frios solos nórdicos – dos especialérrimos merchandise das américas, e quantos mais, cujos "saberes" se tornaram uma teia de negócio em cujos catálogos abundam as mais variadas soluções para nos fazerem mudar de vida…
Em Portugal, o tal país sacerdotal, aquele que é o cálice do 5º Império, do Santo Espírito, detém, e como não podia deixar de ser tendo em conta a sua profetizada missão, um imenso rol de sábios, mestres, filósofos, em cujos legados se encontram directrizes do percurso do homem, mistérios descerrados, saberes partilhados...
- Antero de Quental, Guerra Junqueiro, Fernando Pessoa, e alguns mais, são descodificadores por excelência dos segredos metafísicos. Nas nossas bibliotecas, quiçá nas nossas estantes, temos os códigos que afincadamente procuramos, provavelmente, sob premissas erradas.
Daí a minha reflexão de hoje focar o grande filósofo e humanista que foi Agostinho da Silva, cuja obra é um tratado de “vida” que desmistifica a ilusão colectiva de que algum “milagreiro” nos vai arrebatar das condições programadas nos mais altos planos dimensionais para a concretização da nossa missão de vida, mas sabiamente, nos elucida de forma simples e concreta, de soluções para a transcendência gradual desses desafios (finalidade da missão) e cujos enunciados são trabalho, singeleza, honestidade, fraternidade.
Após 24 anos da sua partida, expresso a minha homenagem a um grande Mestre dos nossos tempos.

Maria Adelina


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