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sábado, 10 de fevereiro de 2018

Daqui a bocadinho, não tarda nada…



Daqui a bocadinho, não tarda nada, nós, eu, tu, ele, seremos a figura a que hoje chamamos “idoso/a”.

A teoria de Schumann sobre a aceleração temporal dá-nos a cada dia com mais intensidade essa perspectiva, a da ilusão temporária que se esvai em experiências mais ou menos proveitosas, ou na sua larga maioria totalmente inúteis para a finalidade desta vida, que é a aquisição de um “niquinho” mais de consciência, ou seja, progresso evolutivo espiritual.

Numa sociedade de ritmo alienante cujo maior desejo é ter tempo para nada fazer, deixou de existir tempo para o tempo que os idosos precisam. 

A decrepitude física, mental, ou ambas, provocam um transtorno na família, (mais um, numa sociedade pseudo-doente cheia de transtornos com siglas pompeantes)  que podemos denominar por TAI (Transtorno Anti Idoso) de cujos sintomas sobressai a amnésia selectiva, deixamos de ter um Pai ou uma Mãe, um Avô ou uma Avó, e ficamos com um “idoso” cuja carga fonética significa: trabalho – obrigação – chatice.

Numa sociedade onde tantos meios se movimentam a favor de situações nada naturais, tenhamos, cada um de nós, a coragem de reflectir, gerar e canalizar, acções de transformação da “idosofobia” e das suas consequências, que são o isolamento desumano, desrespeitoso, cruel,  daquilo que, de forma natural seremos, tu, eu, e aquele, daqui a bocadinho…não tarda nada...


Maria Adelina



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