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quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Desmontar a “raiva”, fundamental vitória





Desmontar a “raiva”, fundamental vitória







Desmontar a raiva, abraça-la delicada mas firmemente provoca a sua desintegração, porque a raiva expressa ou não, é em última instância sempre, sempre, dirigida à própria pessoa que a emite. Todos os acessos e graus de raiva têm ligação directa aos mesmos níveis de frustração e mágoas acumuladas por anos e tipologias de vida.
Por norma o que os outros fazem de forma inconsciente é destapar o que cada um mantém oculto de si mesmo, o seu “porão”:
- a frustração pela obediência cega a alguém
- a frustração pela falta de coragem em mudar de emprego, de casa, de lugar
- a frustração pela imagem social a que se obriga
- a incapacidade de colocar um fim em relações de qualquer tipo que sinta lhe são prejudiciais
- a falta de auto-estima e uma auto-imposta inferioridade
- o velho medo provocado pela idade - por sentir-se ultrapassado social ou profissionalmente - pela doença
- a mágoa acumulada por ser ou ter sido vítima de comportamentos de raiva
- e até a raiva pela raiva que assoma quando mede a injustiça e a destruição que a sua raiva provoca
Assim, com raiva residual ou reprimida, quem vive uma ou mais deste rol de experiências, começa por usar formas encobertas de raiva como são o despeito, onde subverte atitudes, palavras, minimizando o seu alvo pela via da humilhação ou o descrédito.
Outra destas formas de raiva disfarçada é a condescendência onde se auto promove a um púlpito de pseuda tolerância pelos “defeitos” que a sua visão toldada pela arrogância atribui ao outro ou aos outros.
E finalmente declara-se a “raiva” - A baixa emoção acumulada contra alguém que em dado momento explode em formatos diferentes. Este comportamento não é, nem pode ser considerado natural. Trata-se sim do formato pessoal de quem vive encarcerado nessa forma pelos motivos anteriormente expostos ou outros do mesmo teor. Tem ainda como agravante que o escape da sua válvula da raiva é normalmente direccionada para quem lhe é mais próximo em termos afectivos, profissionais ou familiares e que na maior parte das situações não motivaram essa reacção. A raiva é ainda um magneto para a mentira, a distorção, a calúnia, para que estas a sustentem e justifiquem.
- O grau de raiva tem efeitos negativos sobre quem a emite e quem é alvo dela em diversas formas, e por longos períodos de tempo, no nível físico no psíquico ou em ambos e nas vertentes de vida.
Olhando esta análise pela óptica espiritual, está é prejudicial na vertente cármica onde cada um responde pelos seus actos, mas mais ainda para o desequilíbrio da aura, ou seja, as vertentes física, energética, emocional e mental de quem somos, afectando profundamente o nosso bem-estar e processo evolutivo.
Que cada um de si para si se imponha a vontade de curar as suas feridas, assumir escolhas e decisões, desatar nós obsoletos, limpar o seu “porão” para que esse equilíbrio seja o grande propulsor de harmonia em tudo ao seu redor.
E como o tempo é precioso, e preciosas são as acções que possibilitam a fraternidade, a colaboração, o auto aprimoramento, a amizade, em suma a maturidade consciencial, é nisso que nos devemos focar, e orar, pela cura de todos os corações onde a raiva ainda encontra lugar para morar.

Maria Adelina



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