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segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Um profundo sentimento de gratidão por todos e cada um - Reflexões de fim de ano







Que Luz trago à vida e aos outros?








 “O que traz Luz à tua vida” tornou-se num maravilhoso grãozinho de areia daqueles que na ostra estimulam o nácar.
Dia após dia senti o crescendo da necessidade da reflexão pessoal mas invertendo a perspectiva da questão, mergulhando na personalidade, reconhecer acções ou a falta delas, avaliar motivações ou rejeições.
O que traz Luz à minha vida é sem dúvida alguma o Conhecimento. Nascemos “cegos” mas não desprovidos, isto é, todo o potencial de conhecimento universal reside adormecido no nosso ADN esperando apenas o toque da alvorada, do despertar, que vem pela intencionalidade e foco na mudança, independentemente das circunstâncias que rodeiam e permeiam a vida de cada um.
Na genuína intenção desta reflexão perguntei-me depois o que faço com esse conhecimento que gota a gota emerge pelo trabalho da redescoberta, experienciado, vívido, na bancada laboratorial e alquímica que é a vida.
Retenho por segundos a lembrança da generalizada ilusão de que são os outros que nos devem dar luz, sorrio para esse passado distante e solto a lembrança da ilusão transcendida.
Rodam os pensamentos, abeira-se a estrutura familiar, a pequena e a grande. A pequena é a que por laços cármicos continuados estamos ligados, a que chamamos família biológica. E pergunto-me que Luz (a minha) expandi ou contraí, doei ou soneguei, nos estados mais comuns entre famílias que são:

- o medo/o apego que é geralmente confundido com amor/o domínio/a dependência/o conformismo

Perguntei-me e simultaneamente curei, todas as oportunidades que desperdicei ao não escutar a razão dos mais velhos ou dos mais novos – ou no formato “comodidade” atender aos caprichos e birras dos filhos – ou no formato “ansiedade” temer não ser boa mãe e calar a intuição – ou no formato “socialmente correcto” não impor a disciplina devida para não macular a “harmonia” familiar – ou no formato “medo” exonerar o magistério sagrado de mãe (ou de um pai) que é a orientação pelos valores humanísticos da nossa estatura consciencial.
Curadas as dúvidas, não sei nem interessa saber que potencial de Luz usei, mas outras coisas sei: aos meus pais respeitei, fui e sou presente, totalmente, nas limitações que a idade e a saúde impuseram – nos filhos que dei à luz, vejo pessoas maravilhosas, independentes, a quem me liga um amor profundo baseado no respeito, na colaboração quando necessária, e na exposição da Luz que fomento (sem medos ou preconceitos) com certeza que aos filhos dos meus filhos, Luz acrescida de Luz, chegará.
O desdobramento do restrito núcleo biológico é essencial à formação, é o plantar sementes de altruísmo, é a fórmula de desmontar o egocentrismo tão patente em crianças e jovens. Hábitos fraternos, compassivos, abertos, são aprendidos pelo exemplo (Luz) dos pais.
Na tela, aparece agora a família grande, aquela que valiosamente vamos acrescentando de membros que povoam as dimensões da nossa vida e que se atraem mutuamente por ligações cármicas ainda em resolução, e também por opção de grandes e generosas almas que se voluntariaram (por amor) a serem o contraponto, o apoio, o estímulo, do nosso caminho evolutivo.
Estas, e porque não nos liga a obrigatoriedade pedagógica, tornam-se elas próprias um caminho de Luz com quem vamos ensaiando os passos desta dança cósmica, em que tenho sempre presente com naturalidade adquirida, as partilhas dos frutos da nossa árvore, pois só assim compartidos amadurecem, ganham cor e Luz, alimento para todos nós.
Que Luz trago à vida e aos outros? Aquela que a minha consciência contém quando presente, desperta, atenta, momento a momento, nas ínfimas acções de cada dia, quando pela constância e trabalho adquiro auto-conhecimento pela via do Conhecimento, assim e só assim me torno (ou qualquer ser se torna) a pá do moinho que gera a Luz universal.

O meu mais profundo abraço de gratidão a todos os maravilhosos seres com quem tenho a honra de partilhar este espaço/tempo.


Maria Adelina





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