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quinta-feira, 16 de agosto de 2018

ACORDAI - PARTE II A IDEOLOGIA DO GÉNERO – O QUE É, COMO SURGIU, DE QUE FALAMOS AFINAL?



Na continuidade do excelente esclarecimento da Dra. Marta Sobral na primeira parte deste texto, partilhamos hoje a segunda parte do mesmo que nos leva de forma lúcida à compreensão da grande falácia e manipulação de que estamos a ser vítimas mas mais que isso as maiores vítimas são e serão os nossos filhos e netos. No final da página encontram o link da primeira parte deste excelente trabalho.

A.


A Ideologia de Género é a mais radical rebelião contra Deus que é possível: o ser humano não aceita que é criado homem e mulher, e por isso diz: 'Eu decido! Esta é a minha liberdade!' — contra a experiência, contra a Natureza, contra a Razão, contra a ciência! É a perversão final do individualismo: rouba ao ser humano o que lhe resta da sua identidade, ou seja, o de ser homem ou mulher, depois de se ter perdido a fé, a família e a nação.”

Gabriele Kuby, socióloga.




ACORDAI  - PARTE II

A IDEOLOGIA DO GÉNERO – O QUE É, COMO SURGIU, DE QUE FALAMOS AFINAL?

A Ideologia do Género pode resumir-se a algo muito simples: a ausência de sexo. Ou seja, segundo os seus defensores, ninguém nasce homem ou mulher, pois não são as características físicas e biológicas do corpo com que nascemos que define ou determina o papel de homem ou mulher, que escolhemos para nos definirmos na nossa identidade pessoal. “Ser homem” ou  “ser Mulher” não depende das características físicas e biológicas do corpo, mas é uma construção social e cultural imposta pela sociedade ao indivíduo  na nascença, em função do sexo e daquelas características físicas  com que nasceu. Assim nasce o conceito de “identidade de género”, plasmado na proposta de Lei  nº. 75/XIII aprovada pela Assembleia da República, definido como “a vivência interna e individual de cada pessoa relativamente ao seu género, independentemente do sexo atribuído à nascença, que inclui a relação pessoal com o corpo e a expressão de género, designadamente através da forma de vestir, falar e de estar, envolvendo ou não a modificação da aparência ou das funções do corpo por meios cirúrgicos, farmacológicos ou de outra natureza, podendo ocorrer quer com pessoas transgénero, quer com pessoas intersexuais;” – artº.2º, alínea c) da proposta de lei.
Embora se possa ir mais atrás para encontrar os fundamentos deste entendimento, um dos primeiros percursores da “ideologia do género”, sua teorização e sustentação “cientifica”, foi John Money, psicólogo e sexólogo, nascido na Nova Zelândia, mas que emigrou e fez os seus estudos, percurso académico e profissional nos EUA. A partir de 1950  propôs e desenvolveu várias teorias e criou a terminologia de que agora tanto se fala, em parte já consagrada na proposta de lei aprovada, como a identidade de género e o papel de género, assim defendendo que o género (masculino ou feminino) é algo aprendido e adquirido na formação social e cultural do individuo, principalmente no seio da família (pela vestimenta, hábitos, brincadeiras, papeis sociais assumidos, etc…) e não inato, dependente das características físicas e biológicas. Esta ideia – de que género é algo adquirido e não inato – legitima a generalização ao recurso dos procedimentos médicos/cirúrgicos que foram denominados como redesignação sexual, pelos quais as características sexuais/genitais de nascença de um indivíduo são mudadas para aquelas socialmente associadas ao gênero no qual ele se reconhece.
Num discurso do ano de 2012 proferido pelo anterior Papa Bento XVI, dizia o seguinte sobre a Ideologia do Género: “De acordo com esta filosofia, o sexo já não é considerado um elemento dado pela Natureza e que o ser humano deve aceitar e estabelecer um sentido pessoal para a sua vida. Em vez disso, o sexo é considerado pela Ideologia de Género como um papel social escolhido pelo indivíduo, enquanto que no passado, o sexo era escolhido para nós pela sociedade. A profunda falsidade desta teoria e a tentativa de uma revolução antropológica que ela contém, são óbvias. As pessoas [que promovem a Ideologia de Género] colocam em causa a ideia segundo a qual têm uma natureza que lhes é dada pela identidade corporal que serve como um elemento definidor do ser humano. Elas negam a sua natureza e decidem que não é algo que lhes foi previamente dado, mas antes que é algo que elas próprias podem construir”. Encontrei este texto no Google, que veio adensar uma dúvida ou perplexidade à qual não encontro resposta, a propósito do estranho silêncio da Igreja Católica sobre este e outros temas estruturantes da nossa sociedade, sem esquecer a Eutanásia, já com debate agendado na AR, para aprovação da sua legalização: curiosamente a mesma instituição que em outros países, a propósito de alterações ao sistema de contribuição para a segurança social, promove manifestações e revoltas gigantescas!
John Money, este ideólogo da Ideologia do Género percursor das ideias sobre o género que já nos são  impostas por lei, também ficou conhecido pelas suas teorias no campo do estudo de comportamentos sexuais (até agora ainda denominados como) desviantes. O conceito de “perversões” foi melhor enquadrado e, tal como surgiu a ideia de “género” em contraposição ao “sexo”, a palavra "preferência sexual" passou para "orientação sexual". Com esta alteração de terminologia e conceitos, procura-se legitimar descrições menos críticas de comportamentos sexuais, que a sociedade, no seu juízo de censura ignóbil e limitador da liberdade de expressão individual, rotula como “desviantes” ou “perversões”, como é o caso da pedofilia. Este sexólogo, psicólogo e professor universitário defendia que a pedofilia pode ser dividida em duas vertentes: a pedofilia afectiva e a sádica, sendo a primeira aceitável no campo da afectividade, não havendo nada que justificasse a sua reprovação, a não ser um conceito socialmente construído de censura desse comportamento, porque “a pedofilia afectiva” baseia-se numa relação de amor e não de sexo, como a segunda. A pedofilia através desta construção terminológica rebuscada (pedofilia afectiva) começa assim a ser introduzida não como um comportamento sexual desviante, mas como a expressão de um afecto mútuo e consentido entre um criança ou jovem e um adulto, que se torna erótico, não havendo motivo que justifique um juízo de censura, construído pela mesma sociedade que, à nascença, nos impõe que somos homens ou mulheres, consoante as características físicas e biológicas com que nascemos.

Perante a eliminação das fronteiras e a inversão dos paradigmas da normalidade e da anormalidade a que temos vindo a assistir nos últimos anos, perante passividade geral, questiono-me quanto tempo demorará, até que um dia, estejamos aqui a discutir que, se calhar, até é normal uma miúda ou miúdo, eles agora até são tão espertos e nascem a saber tudo, pode perfeitamente relacionar-se com um adulto, no âmbito de uma pedofilia afectiva? 


Marta Sobral



Link da primeira parte: https://ogrupo11.blogspot.pt/2018/04/acordai-alteracao-do-genero-parte-i.html


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