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quarta-feira, 14 de março de 2018

Feminilidade




Talvez pareça a alguns, que feminilidade  (não confundir com feminismo)  é um tema descabido para a fase político/social que vivemos, no entanto não o é…porque se torna eminente e urgente o emergir da autêntica feminilidade.
Este conceito tão marcado por épocas, é hoje o mais elevado tesouro que se pode redescobrir, quando entendido e vivenciado numa legítima dinâmica evolucional.
Ao longo das eras a feminilidade foi decalcada em moldes diferenciados, mas sempre pelas mãos do mesmo escultor, o “machismo”, poder tomado pela consciência masculina, numa submissão acomodada da consciência feminina.
Hoje, o escultor fenece pela supressão do arbitrário poder, e o campus (a consciência planetária) materializa em si todas as condições onde a feminilidade desabroche em plenitude.
No entanto, a semente está maculada por vincos profundos que deturpam a sua essência.
Requer-se interiorização, conhecimento, maturidade, libertação das amarras do ego inferior, que suprimam, o último reduto desse poder estereotipado, mercantilista, que fomentam as “máscaras”, a que chamam feminilidade.
O patamar da verídica feminilidade não é uma quimera inalcançável, mas sim um conjunto de características inerentes à Alma em transição, que clamam por serem reconhecidas e vivenciadas no plano da consciência lúcida e comum.
No amor, a feminilidade é a assunção das características e das magníficas diferenças complementares entre os géneros, é o desabrochar da deusa em cada ser, tão só e apenas, pela implementação da veracidade dos sentimentos.
A feminilidade é coragem, é fortaleza, é perseverança, é o fluxo e o refluxo das marés que nada pode abalar.
Na sexualidade, a autêntica feminilidade induz à fusão alquímica, o “el dorado” dos relacionamentos, tão procurado, e tão raramente encontrado.
Na família e na sociedade, a feminilidade é o bastião sagrado, a pedra angular que sustêm a construção fomentadora da sociedade que almejamos.
Em todas estas vertentes uma característica é fundamental, sendo a que mais define ou traduz a feminilidade, que é a entrega plena.
Egoísmo, injustiça, indiferença, não se conjugam com a autêntica  feminilidade – esta não se adquire, ela é inerente à essência do ser, é a candeia interna, poderosa, que faz nascer o sol no olhar, a ternura nos gestos, a esperança nos sorrisos, é a onda invisível, magnética, que eleva e suaviza a Alma no seu caminho dual.



Maria Adelina 






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