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sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Salvação







Tudo o que cruza a nossa vida é de vital importância ao nosso desenvolvimento, num, ou em todos os nossos campos holísticos.
Após perceber a situação, vivenciá-la, cabe-nos fazer a desfolhada, separar o trigo do joio, na eira sempre renovada que é o nosso dia-a-dia. Integrar o ensinamento, e elevar a consciência do mesmo a outros patamares.
Olhar cada experiência com o profundo respeito que devemos aos bons professores, pois quanto mais marcante é a prova, mais serviu e foi proveitosa ao processo evolutivo comum a todos nós, e que mais não é que a razão primordial de cada vivência encarnatória.
A escolha do título desta entrega, “Salvação” advém do facto de que este conceito antigo e por tantas vezes desvirtuado, é hoje banalizado fazendo parte do pacote de ofertas em panfletos publicitários, divulgadores de métodos “salvatórios” e de “salvadores”, da felicidade, abundância, e saúde dos seres humanos.
Ao confrontarmo-nos com essas publicidades, talvez seja chegada a hora da pergunta interior: mas salvar-me de quê ou de quem?
A palavra salvação tem origem no grego “Soteria”, que significa: cura, redenção.
Por séculos e interesses por demais conhecidos, as grandes organizações religiosas valeram-se da ignorância e da violência, promotoras e geradoras do medo, para imporem a salvação como contrapartida da aceitação dos seus dogmas.
As palavras de Jesus, o grande Mestre, o filósofo do amor fraternal, nunca foram, Eu salvo-vos, mas sim:

“PEGAI NA VOSSA CRUZ  (CAMINHO DE SUPERAÇÃO) E SEGUI-ME”

E o Caminho da Superação é antes de mais, a aquisição da plenitude da consciência, da busca da religação à Alma, da fusão ao Eu Divino do qual somos faúlhas andantes.
Cada experiência de vida é essencial para delinear o mapa do reencontro, assim tiremos a devida ilação e compreensão de cada uma delas. Em cada etapa (vida), por cada volta da Roda de Sansara, somos co-participantes nas escolhas dos veículos  (condições, pessoas, timings, acontecimentos)  que melhor se adequam à meta evolutiva que nós próprios definimos alcançar progressivamente por:
- acção/reacção
- vivência/aprendizado
- incorporação dos conhecimentos = a sabedoria
- desprendimento gradual da matéria = a desapego
- conhecer, perceber e aceitar o processo vida (aqui e além).
- fusão por compaixão = a amor incondicional, com cada Ser.

E tudo isto meus amigos é simples. O segredo desta receita é que nada, nem ninguém o pode fazer por nós, é um processo individual, que se concretiza pela interacção com o Todo, e Todos, os que connosco partilham estes maravilhosos Tempos de Mudança.



Maria Adelina


2 comentários:

  1. Salvação de nós próprios , do que temos de menos positivo, a vida não deve ser vivida como uma cruz ,mas sim tal como refere a Adelina como um aprendizado e mesmo que em muitos momentos custe a passar temos que nos deslumbrar com as pequenas grandes coisas, aos pequenos grandes sinais que Deus nos dá todos os dias, o desapego ajuda-nos a ver o essencial.. Deus ama-nos porque nós dá essa capacidade, da redenção , do devir , o porquê desta caminhada, desta dualidade sagrada em nós esse continua a ser para mim uma grande questão mas inexplicavelmente esse é o segredo da fé

    Graça

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  2. Fé é Ser,
    e pelo que se é, transformar.Ou como dizia Gabriela Mistral:

    "Dai-me senhor, a perseverança das ondas do mar que fazem de cada recuo um ponto de partida para um novo avanço. "

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