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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Planeta sem fronteiras





 Estamos numa viragem de civilização. Não num confronto de civilizações, como alguns têm aventado, mas numa mudança que abrange todos os povos da humanidade, a qual vem sendo processada há séculos e que agora atinge certo apogeu. Os dramáticos acontecimentos actuais, em que particularmente o ano 2016 foi “pródigo”, não nos deixam fugir da realidade. Se antigamente se poderia classificar, pela diferença entre os povos nas suas culturas, religiões e tradições, de civilizações, hoje o cruzamento de raças diminui bastante o núcleo de qualquer tradição mais ancestral, que lentamente elas foram sendo absorvidas e encontramo-nos sob novo paradigma civilizacional sem precedentes.
As migrações de povos para as quais os portugueses contribuíram largamente aquando a era de Quinhentos, e que lentamente ao longo de séculos foi caldeando o movimento de seres, este ano tiveram a sua grande expressão com milhões de deslocados “invadindo” principalmente a Europa e, daí é fácil antever a mudança que está em curso e que gerará situações imprevisíveis e incontroláveis em todo o mundo.
As catástrofes, quer sejam ao nível de terramotos, cheias e incêndios, quer sejam os degelos polares devido ao aquecimento global, vão redesenhando geograficamente o planeta, movimentando mares e terras e que como num ciclo vicioso, contribuem ainda mais para as alterações climáticas, onde ambientes naturais sofrem nitidamente transformações. A fome que afecta milhões de pessoas e, toda a sorte de violência exercida nas crianças e nas mulheres, não nos deixam muito tranquilos.
Nas políticas mundiais geram-se grandes incertezas, onde não governa quem tem mais votos, mas os que habilmente se aliam ora, com a esquerda ora, com a direita para a todo o custo exercerem o poder. Contudo, ainda muito vai mudar daqui em diante, que concordo com Stephen Hawking quando diz: “Para além das alterações climáticas, pandemias à escala global, problemas de resistência aos antibióticos ou a ameaça das armas nucleares, poderão ainda surgir outro tipo de “inimigos” que actualmente nem imaginamos”.
Por outro lado, também descreve 2016, como “um tempo glorioso para estar vivo e a fazer investigação em física teórica”, e eu direi, em qualquer área, pois observar atentamente os acontecimentos mundiais é a forma mais inteligente para acompanharmos a mudança, que ao contrário da convicção de alguns, não vem no futuro, mas ela já é agora! Sim, há uma mudança quase radical na ordem mundial, que naturalmente deriva desta grande amálgama de culturas gerando novos valores e comportamentos nos seres que compõem a humanidade actualmente.
Nunca tive a ideia de que a Terra seria um paraíso algures no tempo. A Terra é um local de passagem de evolução, de aprendizagem e, sobretudo é onde se adquire a autoconsciência, que leva neste ciclo de vida à auto-realização humana e espiritual. Portanto, não sendo pessimista tanto quanto o cientista, que já fala numa extinção humana, sou, no entanto realista, quanto ao futuro das raças que levará a grandes desafios pela sobrevivência. Por outro lado, temos a oportunidade dessa realização espiritual aqui e agora e, portanto, serem até benéficas as mudanças actuais, onde se desenha um caos civilizacional - mas saber estar nesse caos - depende da transmutação interior que cada um vai fazendo para o aperfeiçoamento, revelando-se então, o propósito para o qual reencarnou. Encontrar o equilíbrio perante a mudança interna e externa, eis a mestria que se exige em novos tempos.
Aproveitando o momento ficam os votos de feliz Natal e que todos possam comungar harmoniosamente nesta celebração religiosa, já que a grande peregrinação humana cruza cada vez mais qualquer canto do Planeta. Que todos possam usufruir da Paz, da Fé e da Esperança num nível global.

Preparemo-nos para 2017. Que a Paz reine no interior de cada Coração.

Maria Ferreira da Silva

Spiritus Site


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