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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

A Fé Cura



A fé, que se conceitua como algo abstracto e que está ligada tradicionalmente à devoção religiosa, afinal tem uma explicação lógica ou científica sobre a influência benéfica que exerce no crente e cujo resultado poderia ser observado e provado por investigadores, numa simples ressonância magnética ao cérebro. A fé como sentimento espiritual desencadeia movimentos cerebrais, que têm o poder de fazer bem ao corpo e à Alma e até curar em caso de doença. Temos que a fé implica uma experiência pessoal; vem de uma “convicção”, de uma certeza e que só faz sentido para a própria pessoa. A fé de outrem não nos realiza.

De facto, ninguém pode comprovar ou verificar os actos de fé de alguém, pois pertence ao fórum interno ou profundezas da Alma e, que vem da certeza em Deus - é desta fé que estou a falar - mas ao nível físico o que resulta desse acto de fé é uma revelação concreta (poderá algum dia ser comprovado pela ciência), pois na realidade, ela desencadeia impulsos eléctricos no cérebro produzindo certas substâncias essenciais para a saúde mental.

Com origem no latim, fides, a palavra fé significa “fidelidade”, crença incondicional, mas também está associada à confiança, pelo que há muitas formas de fé, tais como teorias filosóficas, ideologias sem Deus, em pessoas, em objectos ou leis, porém, não têm a mesma “autoridade” espiritual, pela falta do elo ao Divino.

Como já escrevi em alguns artigos os impulsos devocionais a Deus (naturalmente) têm muita importância para o avanço consciente espiritual. No cérebro humano e no seu dia-a-dia são desencadeados milhares de mecanismos por segundo, que derivam dos impulsos eléctricos para produzir as substâncias necessárias à sobrevivência, tais como, serotonina, melatonina, dopamina (até outras que a ciência ainda desconhece), não obstante, a fé permite ainda maior produção dessas substâncias ou proteínas. Na verdade, nem sempre e nem todas as pessoas conseguem produzir as quantidades necessárias ao seu bem-estar diariamente, quer seja pelo desgaste físico, quer seja pela fraqueza psíquica ou emocional que as gastam indevidamente chegando à debilidade, incapazes de repor essas energias ou substâncias.

Um acto de fé ou devocional vai, então, produzir no cérebro não só o que necessitamos, como também um acréscimo, que vai conferir maior estabilidade à mente e desbloqueá-la de pensamentos inúteis, emoções exageradas e frustrantes ou sentimentos negativo e que afecta imediatamente certos órgãos do restante corpo físico, regenerando-os, contribuindo para melhorar a saúde ou mesmo curar.

Diz a ciência que as pessoas com fé ou com uma crença religiosa são mais felizes e curam-se com mais facilidade, principalmente com doenças associadas ao stress e à depressão. Sem dúvida, pois estes estados doentios são a consequência da falta de incentivo espiritual, ou seja, as doenças do fórum psíquico acontecem quando as pessoas negligenciam a sua obrigação quanto à sua evolução espiritual consciente, que vai afectar o restante organismo. Quando se empreende algum despertar espiritual impulsiona-se a devoção que despoleta então, a produção de substâncias essenciais ao cérebro e aos corpos etéricos que suportam o físico. O corpo físico é uma máquina perfeita, contudo, sofre desgaste, mas o maior problema deriva da falta de conhecimento sobre uma forma equilibrada no viver. Há um complemento físico, mental e espiritual na vida humana que não pode ser descurado, caso contrário surge o desequilíbrio que desencadeia debilidades difíceis de reparar e é, então, quando em última instância, as pessoas se “agarram” à fé.

Se a fé faz parte da Consciência humana e se não a usamos, esta lacuna pode causar sofrimento, mas se vivida pela inspiração divina, não só harmoniza todo o sistema psicossomático como pode curar enfermidades. Haja fé! 

Maria Ferreira Silva


Spiritus Site

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