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domingo, 12 de junho de 2016

Retalhos da Vida…para nos fazer sorrir





Retalhos da Vida…para nos fazer sorrir











O exemplo mais concreto pelo qual se pode entender o sábio conceito da Impermanência, é o das nossas próprias paixões.
Sejam coisas, profissões, locais, pessoas...com as pessoas o exemplo é mais nítido, mais definido, ainda que possa ser aplicado a qualquer vertente da vida.

Abrindo uma janela no tempo, assistimos à procissão daquilo ou daqueles que incendiaram o nosso coração e somos submersos por uma caterva de dúvidas, e quem sabe, se pela primeira vez, percebemos o eco repetitivo de conteúdos iguais, em contentores diferentes

O assistente na janela  (o Self)  é o observador, incólume, aconchegado no calor sereno que a alma emana. Olha com afinco, e torna a olhar…mas não vê o que algures na escala do tempo o atraiu…tenta lembrar… seria o olhar, a timidez, a confiança, os saberes, o cheiro, o toque, a voz, o riso, a ternura, a paciência, a gentileza, a bondade, a entrega, a lealdade, a doçura? Onde estão? Mas persistente, põe-se em bicos de pés, repreende o olhar (não se arme este em exigente) e volta a perscrutar. E o que vê, mormente, é um todo comum, desconcertante, nas sombras diluídas dos seus amores, santos e heróis…
A isto se chama crescimento, maturidade, o proveito do Caminho. E este será sempre positivo se percebermos que o que nos atrai no outro é apenas um reflexo nosso… que os dons que reconhecemos noutros, são a sombra dos nossos… que as graças que sentimos são as que algures no tempo proporcionamos e que em espelhos de diferentes tonalidades pudemos expandir os presentes que as fadas nos deram ao nascer – nossa herança, celeiro, farol cintilante que ilumina o nosso retorno ao Lar. Assim como as culturas da terra têm época, assim espalhamos sementes em ciclos temporais que germinarão, mais viçosas e fortes, no terreno que viemos cultivar, que mais não é que o nosso próprio coração!
Trabalhemos sem reserva – Entreguemos sem medida –
Amemos em pureza e confiança


Os retalhos da vida são como os buracos negros que pululam no cosmos, aparentemente vazios, no entanto repletos de tudo aquilo que precisamos para compor a obra da estrutura psicoafectiva que viemos experimentar.
Não há ganhos ou perdas, apenas patamares de compreensão amorosamente aprimorados pela lei da evolução.


Maria Adelina 





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