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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Que Sacrifício?




Que Sacrifício?

A desvirtuação deste conceito acompanhou inúmeras gerações. Ainda hoje continua a ser mal interpretado, tornando-se por isso um dos “pesos” que limitam e bloqueiam a via evolutiva.
Etimologicamente esta palavra vem do Latim Sacrificius, de mesmo significado, formado por Sacer, “sagrado”, mais a raiz de Facere, “fazer”.
Ou seja, Sacrifício é uma maneira de Tornar Sagrado um acto.
Conceito este bem diferente daquele que habitualmente fazemos uso. Mas reflectindo ainda nesta interpretação, nós não nos sacrificamos por ninguém, o que fazemos ainda que com dificuldades ou esforço, é sempre a favor dos nossos interesses pessoais, (por vezes inconscientes) mas principalmente como alimento do ego e da insegurança emocional.
Dando continuidade à nossa análise sob este ilusório mas conveniente vector, concluímos que os “sacrifícios” que tantos empunham como bandeira de glória é apenas uma ferramenta de manipulação cuja cobrança será mais tarde ou mais cedo executada.
-Vemos isso entre pais e filhos, quando os pais envergam pela vida fora o argumento do sacrifício que fizerem para criarem os filhos...
- Vemos isso entre casais em que um se denomina o sacrificado para que o outro possa estar bem ou progredir na carreira...
- Vemos isso entre a maior parte daqueles que se “doam” aos outros, mas que constantemente apregoam os seus sacrifícios em prol dos demais…
Será que em qualquer destas situações, e em tantas outras, alguém reflectiu de que nada lhes foi pedido? O sacrifício de moto próprio, e tal como o consideramos, é uma falácia, não existe. Tudo o que se faz sob pressão ou desagrado gera maus resultados energéticos e cármicos.
Cada acção que emitimos, tanto ou quanto mais trabalhosa ou esforçada, apenas pode ser legitimada pelo amor essencial, emergente, transcendente, que compõe o autêntico significado de Sacrifício ou seja, o tornar sagrado um acto.
Nas condições planetárias actuais em que cada vez mais nos é exigido uma maior expansão e lucidez consciencial é premente transcender o auto-engano tão entranhado referente ao conceito do sacrifício.
- O trabalho contém em si o tornar sagrado o esforço individual pela sobrevivência, mas muito mais que isso é a galeria da nossa criatividade pela realização de cada dia da nossa missão de vida.
- A renúncia ou a privação do que quer que seja eleva ao plano sagrado essas escolhas por opção lúcida da consciência que as consagrou.
- O apoio, cuidados, responsabilidades familiares e afectivas são as escolhas que fizemos… são as ferramentas que escolhemos para a proveitosa concretização de mais um ciclo de aprendizagem, assim as sacralizemos.
- O voluntariado (genuíno), partilha, doação, faz emergir o sagrado elo da Unificação que existe submerso em todos nós.
Que o Céu nos abençoe com tantos Sacrifícios (leia-se actos sagrados) quantos o patamar evolutivo de cada um consiga perceber, e agradecer.


A.






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