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sexta-feira, 10 de julho de 2015

Os contos da nossa vida







Os contos da nossa vida

Amigos, hoje ao dar a conhecer que reiniciei a minha actividade de artesã de compotas, lembrei de uma pequena história que volvidos uns anos ainda me faz sorrir. Este é um conto real como são todos os meus contos, escrito na primeira pessoa.
Como muitos sabem de há uns anos para cá dedico parte do meu tempo, amor e criatividade, à criação de doces totalmente artesanais.
A dada altura, tive o enorme gosto de conhecer alguém que veio a tornar-se uma querida amiga e que sempre que podia lá estava ela a visitar as feiras de artesanato e gastronomia onde eu estivesse com os meus doces.
Chegava, fazia uma grande festa aos doces, à apresentação da mesa, queria saber que receitas novas eu tinha criado, dava-me os parabéns, ajudava se fosse necessário, abraçava-me como se o mundo acabasse ali, e depois ia passear, visitar os demais locais… isto sem nunca provar os meus doces… Ela, a minha amiga era adepta do veganismo (não consumia ovos) e alguns dos meus doces ainda são confeccionados com ovos…
Um dia, quis retribuir todo aquele carinho de que ela fazia uso num misto de firmeza e tolerância, e fiz um bolo especialmente para ela, porque sabia o quanto apreciava doces.
Ela chegou, ofereci-lhe o bolo e os olhos dela sorriram antes dos lábios se moverem como era hábito dela. Observou o bolo com atenção, e exclamou:
- Adelina, mas este bolo tem aspecto de ter ovos!
E eu respondi-lhe
- Lena, claro que levou ovos, mas são ovos de “galinhas livres”!
O estrondo da tua gargalhada, amiga, ainda deve ecoar nos ouvidos das pessoas que estavam próximas de nós e que ouviram o teu riso contagiante, incontido…
Mas lá nos céus por onde agora passeias posso dizer-te que “vences-te”, ovos, apenas os de galinhas livres, quando estas no-los concedem.

Quanta saudade Leninha (Helena Silva)

Maria Adelina






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