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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

“Quis saber quem sou, e encontrei uma multidão.
Eu sou muitos, um pouco de todos.
Exercito dia a dia, repetidamente o descobrir do individuo;
encontro a alegria, o prazer passageiro do corpo que sofre.
Nada é meu, nem mesmo o prazer me pertence.
Relances de uma felicidade egoísta.
Ah, como sou estúpido!
O exercício dia a dia, repetidamente não é para o individuo,
é uma escada para o céu.
No todo eu estou, quem sou?
Talvez nada, porque nada é não ser e não ser é tudo.”


Jorge Fernandes






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