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segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Já não há heróis?






Já não há heróis?







“Já não há heróis”, é o título de uma interessante canção já com alguns anos mas que representa bem o ciclo temporal que estamos a vivenciar.
No entanto, e talvez como sinal da mudança, tenho-me deparado ultimamente com muitos heróis ou melhor dito heroínas.
Dentro de um alargado círculo de amizades são vários os casos dos novos navegadores que no feminino, reabilitam a coragem de um povo esquecido da sua glória, perdida nas ufanas crises desfraldadas pela vilania e desresponsabilização daqueles a quem outorgamos o poder de nos “governar”.
Maioritariamente apenas acompanhadas pelos filhos abraçam lá fora, a esperança da conquista daquilo que deveria ser um direito natural no seu país, trabalho, segurança, saúde, educação.
Já são tantas, que simbolizadas por notas, poderíamos compor muitas canções; a das heroínas - mulheres portuguesas - jovens com formação - cujo medo, como que por alquimia se transforma na confiança que transmitem aos filhos para que estes não se sintam estrangeiros longe do seu país.
A raça destas mulheres é aquela que dará frutos para estruturar um novo mundo no seio doutras culturas que as acolhem, e realçam as capacidades e o proveito.
Heróis? Sim existem! São mulheres lusitanas as heroínas do agora.

Maria Adelina de Jesus Lopes

Nota : este simples texto é uma homenagem a todas estas mulheres e seus filhos, as que conheço e as que desconheço, entre as quais a minha filha e também o meu neto que do alto dos seus 4 anos plenos de maturidade e coragem me dizia há dias
“sabes avó só não gosto muito de estar na Alemanha porque eles aqui falam alemão…mas eu aprendo avó, eu aprendo!”


2 comentários:

  1. pois que esse pequeno aprendiz se torne um espelho daqueles que aqui pareceram algo esquecidos, homens de fibra que muitas vezes vão à frente para abrir caminho. A emigração não se trata de sexos, tratasse como o texto refere, sobretudo de actos e de pessoas de coragem. A esses, homens ou mulheres, as maiores felicidades. Namastê

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  2. Obrigadapelo comentário e observação.
    Os heróis (no masculino) têm muitas estirpes, épocas e motivações (que ao longo das eras nem sempre foram altruístas, bem pelo contrário) e atrás deles deixavam as verdadeiras heroínas com o pesado fardo da sustentabilidade da família por largos anos ou por toda a vida.
    A apreciação desta crónica é sobre uma outra fasquia de heroínas do agora, cujo número está cada vez mais em crescendo, que não deixam para trás os filhos, e que enfrentam o desconhecido em duplo ou triplo papel, coroados ainda pela categoria dos seus desempenhos profissionais aonde quer que vão.

    Grata

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