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segunda-feira, 30 de junho de 2014

Cultuar a Saúde

“Não somos nós que curamos alguém, mas é o próprio doente que se cura. É ele que emite o apelo e é ele que recebe o estímulo para se transformar. Se não fizesse esses dois movimentos, nenhuma ajuda poderia ter. Além disso, quando mantemos a consciência num nível elevado, a pessoa a ser ajudada acompanha-nos nessa ascensão se tem afinidade connosco; recebe, assim, a energia curativa dos planos superiores.”

José Trigueirinho Netto

Cultuar a Saúde

A condição normal do ser humano é ser saudável e não, ser ou estar doente.
O estado de saúde está totalmente interligado com o estado de harmonia do nosso Corpo Holístico (físico - energético – emocional – mental – espiritual)
Por séculos, a evolução do homem decorreu em harmonia perfeita com os ciclos da natureza. Ao longo das eras, e em quase todos os povos existia a crença na vida para além da vida, e na consequente compreensão e aceitação da transitoriedade da mesma.
Vivia-se a vida e aceitava-se a morte, como um ponto de partida para um novo ciclo.
Nesses povos, o processo de doença também existia, fosse por desgaste físico ou por acidente, era no entanto limitado, e aceite como um processo para o desencarne que sabiam ser o desfecho natural de qualquer forma de vida.
Num ponto não muito longínquo deste já longo caminho da história da humanidade, um enorme peso se abateu sobre os ombros do homem e que envolveu a humanidade numa espessa capa de energia densificada, a materialidade.
A contenção de formas naturais de viver, a abolição da fraternidade e do respeito pelo sentido sagrado da vida, levaram o ser humano a uma segunda “queda”, ou pelo menos a um grande trambolhão.
Outras “divindades” se geraram: a ganância, e o poder.
E entre estas duas poderosas vertentes da “civilização” as pessoas foram perdendo o sentido da saúde plena que se alcança pelo elevar da consciência, e na veracidade da forma de viver a vida.
Cabe aqui uma reflexão de S.S. Dalai Lama que diz:
“O que mais me surpreende no homem, é que perde a saúde para juntar dinheiro, depois perde o dinheiro para recuperar a saúde..”
Como desarmonia gera desarmonia, nessa procura pela recuperação da saúde dá-se um fenómeno peculiar, em menos de dois séculos cria-se uma das maiores indústrias do mundo, o gigantesco negócio das drogas químicas (para a recuperação da saúde).
A ilusão da saúde compra-se e vende-se, no grande mercado global, onde, até os guardiões do saber ancestral (terapias naturais) já têm lugar.
Como em todo o negócio, para que possa florescer, é preciso que exista quem consuma o produto que se fabrica ou vende, é o princípio básico da oferta e da procura.
Nos dias de hoje, somos literalmente bombardeados e por todos os meios de informação, com a venda de uma panóplia de remédios, tratamentos, curas, com a inerente mensagem subliminar de que precisamos daquilo para viver bem e sermos felizes.
Ou seja, induzem-nos a acreditar que somos maioritariamente doentes.
Permitimos que fosse instalado, não o culto da saúde, mas sim, o culto da doença.
A mensagem subliminar é tão intensa, que pessoas sãs sentem-se culpadas por dizerem que não tomam remédios de nenhum tipo.
Àqueles a quem chamamos guardiões do saber ancestral, lembramos que quanto maior o conhecimento maior a responsabilidade... O Curador apenas pode ajudar a que os outros encontrem a cura em si mesmos...
Permitir que outro ser fique dependente de nós, do nosso interesse, ou da nossa energia, ainda que sob a denominação de cura, torna-se de foro cármico.
Meus queridos, está na hora de recuperarmos o nosso direito natural  a um perfeito estado de saúde.
Como tópico de reflexão deixamos alguns pensamentos.
Saúde é :
- Encontrar por empatia, e implementar no nosso dia-a-dia, uma filosofia de vida que nos eleve ao SER, pela compreensão de que espiritualidade é inerente a todos nós, e que devemos vivenciar o Caminho de Retorno, pela expansão e maturidade consciencial.
- Mudança radical e profunda nos conceitos sociais, onde a justiça impere, com condições e horários de trabalho equilibrados, mas lembremo-nos que este equilíbrio e sentido de justiça apenas pode ser implantado do nosso âmago individual para o colectivo.
- Implementar uma real ecologia sustentável, que o ar que respiramos, o alimento que consumimos, volte a ser puro.
- Reencontrar em nós, a essência duma fraternidade sentida e vivida, nada nos dá mais saúde que a doação, a partilha, o bem-estar do outro.
Para tudo isto poder ser concretizado, uma condição é essencial:
Educação/Conhecimento- Auto Conhecimento/Formação
A base duma sociedade evolutiva é a educação aberta, abrangente, compassiva, além dos conceitos materializados hoje usados.
O conhecimento da alma afasta as trevas e o obscurantismo, o medo, a competitividade e a ganância.
Que cada Ser encontre em si mesmo a Centelha Divina que o compõe, e que esta nos conduza a um novo paradigma vivencial, no rumo a um Novo Mundo.

Maria Adelina

Do livro Ponte de Palavras





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