O que é um processo espiritual? Fazer um processo espiritual é deixar- se
    diluir nas águas. A diluição é um comando poderoso da alma. A alma dilui-se
    no Universo. Dilui-se na energia. E essa diluição no todo é o que faz com
    que a alma seja parte do todo, parte do Universo. É nesse diluir que mora o
    segredo da comunhão. O ser humano, tal e qual como está, tal e qual como
    vive nessa energia densa aí em baixo, não está minimamente preparado para
    se diluir. Ele pensa que é matéria, não sabe que é energia. 
     
    Se ele soubesse que é energia, sendo a matéria um mero invólucro, que serve
    para carregar as limitações físicas que atraiu para poder trabalhar as suas
    fragilidades… que a sua parte energética é a sua parte mais poderosa… que
    só se diluindo como físico, só se diluindo como espírito ele encontrará a
    dimensão da alma e finalmente se poderá fundir…Se ele soubesse que o acordo
    que firmou antes de encarnar lhe traz o dever de se diluir em energia para
    melhor fazer a fusão que lhe irá devolver a unidade… Se ele soubesse… 
     
    – E como fazer para diluir? Para chegar à frequência da alma? É fácil:
    Diluir é deixar que cada coisa aconteça quando tem de acontecer. É saber
    que tudo no Universo tem um tempo propício, e que as pessoas não deveriam
    bloquear o que está para acontecer. Se alguém de quem gostas te faz mal,
    por exemplo, deves chorar. Chorar de tristeza. Chorar de tristeza por teres
    atraído alguém assim, que é tão infeliz ao ponto de magoar quem lhe quer
    bem. Só isso. Só assim te irás diluir na própria emoção que sentes, e
    nunca, nunca bloquear uma dor. 
     
    Aos poucos vais-te habituando à ideia de que a vida traz emoções alegres e
    tristes, e que tudo flui se não deixares escapar nada. Sentir, sentir,
    sentir. Mas as pessoas não fazem isto. Não se diluem em emoções adversas.
    As pessoas ficam zangadas, ficam com raiva, culpam as outras, ficam
    endurecidas, e continuam as suas vidas com um nó no peito, provocado por
    emoções que se recusaram a aceitar. 
     
    Como eu sempre digo, não é preciso aceitar o facto de nos fazerem mal, mas
    é preciso aceitar vivenciar a emoção que esse acontecimento traz. E assim
    vão vivendo, vida após vida, sem aceitar sentir, sem aceitar vivenciar, sem
    jamais diluir. E jamais também o ser entra na dimensão da alma. E jamais o
    ser consegue se libertar. E jamais irá ascender. 
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