Bem-vindos a este espaço de partilha de todos para todos
quinta-feira, 31 de janeiro de 2019
terça-feira, 29 de janeiro de 2019
A natureza e eu
A
natureza e eu
Qual é a natureza do meu eu ?
É natural naturalinha , cristalina , quando acordo de manhã e agradeço pelo que há-de vir nesse dia, porque a vida é mesmo assim continua a correr como a água do rio e já alguém dizia que não nos banhamos na mesma água duas vezes .
Então digo para mim mesma: Não ofereças resistência, agradece a bênção da tua existência e aceita o desafio da aprendizagem , confia.
Porque tu fazes parte do todo e não deves viver como se estivesses de fora .
A natureza de que fazes parte esta aqui para te ajudar , nasces-te a sentires o ar , cresces-te a subir árvores, a correr no mato ou a fazeres bolos de terra. Sentis-te a vitória de aprenderes a nadar sobre as ondas salgadas, choras-te com a chuva . Apaixonaste-te a veres o pôr do sol .
Sentiste-te pequena perante as montanhas imensas e as planícies sem fim . Entregaste-te ao sono profundo na sombra das grandes copas das árvores e contemplas -te o imenso azul estrelado pensando nos que já foram.
Na verdade, esta é a tua casa , aquela de que fazes parte porque é também feita de ti .
Respeita a mãe, ela esteve sempre lá e ainda está : aconchega-te, alimenta-te e emociona-te.
O silêncio aparente da sua existência ensina-te tanto.
Ama-a por isso, venera-a com o respeito dos mais pequenos actos , porque a espiritualidade do todo manifesta-se também aí.
Que a natureza nos conduza à nossa essência
Graça
Amorim
domingo, 27 de janeiro de 2019
terça-feira, 22 de janeiro de 2019
domingo, 20 de janeiro de 2019
As dádivas do Espírito Santo
A dádiva do Espírito Santo
expressa-se em conformidade com o uso que dela se faz. Um "iluminado"
cujo dom não seja usado em prol do benefício comum, extingue-se por si mesmo
como uma candeia sem azeite.
- O Espírito Santo é também a
expressão exteriorizada e materializada do saber, é o confronto dos iniciados
nele com a sua capacidade de acreditar e coragem para o partilhar através do
seu exemplo. Os discípulos de Jesus foram maioritariamente martirizados, não
por pregarem uma nova religião, mas por darem exemplo, e fazerem pregações que atingiam
os costumes dissolutos dos locais por onde passavam, injustiças sociais e
outras, dos povos onde pregaram.
- O Espírito Santo interiorizado é a
materialização do vago e oco conceito de amor com que muitos sectores se
escudam e acalmam a própria consciência. É algo impossível de ensinar daí a
dificuldade em o definir, porque apenas se pode partilhar por vivência
experimental, exemplar.
- O Espírito Santo é a mais dura das
batalhas, por ser aquela que deve ser ganha por métodos pacíficos, ou seja o
amor em acção, prático, concreto, incondicional, veridicamente fraterno, sem
olhar a quem.
- O Espírito Santo não é um dogma,
nem sequer religioso, é um estado (império) social pelo qual o Homem (supra
consciente) vai ter que suprimir, em si, o homem (inconsciente, ou ego-consciente) e só
lá chega abdicando de tudo aquilo que os sustentou até à data (crenças, ideias,
posturas sócio materiais, fundamentadas no individualismo arrogante, ambicioso,
egocêntrico)
Portugal e o Espírito Santo é uma
união ainda a cumprir na sua plenitude, uma nave/ aldeia exemplo real para os
mundos, de tudo o referido.
Maria Adelina
Para
conclusão desta mensagem cito Agostinho da Silva:
“Não é uma
ideia mas um Império do Espírito Santo
entre os homens. É não perder nenhuma das características de ser homem e ganhar
todas as que se atribuem a Deus. Será o
Reino da Transcendência, onde o Homem se ultrapassa a si mesmo e deixa de ser
Homem. Para Agostinho, a verdadeira função do Homem, o seu vero destino é
deixar de o ser, e ultrapassando-se, divinizar-se tornar-se Sobre Humano. O
Homem pleno, cumpridor de todas as promessas de fraternidade e universalismo
antevistas pelos visionários e profetizadas por Jesus e seus discípulos.
Nunca Tivemos Uma Geração Tão Triste
Nunca
Tivemos Uma Geração Tão Triste
EXCESSO DE
ESTÍMULOS
“Estamos assistindo ao assassinato colectivo da infância das crianças e da juventude dos adolescentes no mundo todo. Nós alteramos o ritmo de construção dos pensamentos por meio do excesso de estímulos, sejam presentes a todo momento, seja acesso ilimitado a smartphones, redes sociais, jogos de videogame ou excesso de TV. Eles estão perdendo as habilidades sócio emocionais mais importantes: se colocar no lugar do outro, pensar antes de agir, expor e não impor as ideias, aprender a arte de agradecer. É preciso ensiná-los a proteger a emoção para que fiquem livres de transtornos psíquicos. Eles necessitam gerenciar os pensamentos para prevenir a ansiedade. Ter consciência crítica e desenvolver a concentração. Aprender a não agir pela reacção, no esquema ‘bateu, levou’, e a desenvolver altruísmo e generosidade.”
“Estamos assistindo ao assassinato colectivo da infância das crianças e da juventude dos adolescentes no mundo todo. Nós alteramos o ritmo de construção dos pensamentos por meio do excesso de estímulos, sejam presentes a todo momento, seja acesso ilimitado a smartphones, redes sociais, jogos de videogame ou excesso de TV. Eles estão perdendo as habilidades sócio emocionais mais importantes: se colocar no lugar do outro, pensar antes de agir, expor e não impor as ideias, aprender a arte de agradecer. É preciso ensiná-los a proteger a emoção para que fiquem livres de transtornos psíquicos. Eles necessitam gerenciar os pensamentos para prevenir a ansiedade. Ter consciência crítica e desenvolver a concentração. Aprender a não agir pela reacção, no esquema ‘bateu, levou’, e a desenvolver altruísmo e generosidade.”
GERAÇÃO
TRISTE
“Nunca tivemos uma geração tão triste, tão depressiva. Precisamos ensinar nossas crianças a fazerem pausas e contemplar o belo. Essa geração precisa de muito para sentir prazer: viciamos nossos filhos e alunos a receber muitos estímulos para sentir migalhas de prazer. O resultado: são intolerantes e superficiais. O índice de suicídio tem aumentado. A família precisa se lembrar de que o consumo não faz ninguém feliz. Suplico aos pais: os adolescentes precisam ser estimulados a se aventurar, a ter contacto com a natureza, se encantar com astronomia, com os estímulos lentos, estáveis e profundos da natureza que não são rápidos como as redes sociais.”
“Nunca tivemos uma geração tão triste, tão depressiva. Precisamos ensinar nossas crianças a fazerem pausas e contemplar o belo. Essa geração precisa de muito para sentir prazer: viciamos nossos filhos e alunos a receber muitos estímulos para sentir migalhas de prazer. O resultado: são intolerantes e superficiais. O índice de suicídio tem aumentado. A família precisa se lembrar de que o consumo não faz ninguém feliz. Suplico aos pais: os adolescentes precisam ser estimulados a se aventurar, a ter contacto com a natureza, se encantar com astronomia, com os estímulos lentos, estáveis e profundos da natureza que não são rápidos como as redes sociais.”
DOR
COMPARTILHADA
“É fundamental que as crianças aprendam a elaborar as experiências. Por exemplo, diante de uma perda ou dificuldade, é necessário que tenham uma assimilação profunda do que houve e aprender com aquilo. Como ajudá-las nesse processo? Os pais precisam falar de suas lágrimas, suas dificuldades, seus fracassos. Em vez disso, pai e mãe deixam os filhos no tablet, no smartphone, e os colocam em escolas de tempo integral. Pais que só dão produtos para os seus filhos, mas são incapazes de transmitir sua história, transformam seres humanos em consumidores. É preciso sentar e conversar: ‘Filho, eu também fracassei, também passei por dores, também fui rejeitado. Houve momentos em que chorei’. Quando os pais cruzam seu mundo com os dos filhos, formam-se arquivos saudáveis poderosos em sua mente, que eu chamo de janelas light: memórias capazes de levar crianças e adolescentes a trabalhar dores perdas e frustrações.”
INTIMIDADE
“Pais que não cruzam seu mundo com o dos filhos e só atuam como manuais de regras estão aptos a lidar com máquinas. É preciso criar uma intimidade real com os pequenos, uma empatia verdadeira. A família não pode só criticar comportamentos, apontar falhas. A emoção deve ser transmitida na relação. Os pais devem ser os melhores brinquedos dos seus filhos. A nutrição emocional é importante mesmo que não se tenha tempo, o tempo precisa ser qualitativo. Quinze minutos na semana podem valer por um ano. Pais têm que ser mestres da vida dos filhos. As escolas também precisam mudar. São muito cartesianas, ensinam raciocínio e pensamento lógico, mas se esquecem das habilidades sócio emocionais.”
“É fundamental que as crianças aprendam a elaborar as experiências. Por exemplo, diante de uma perda ou dificuldade, é necessário que tenham uma assimilação profunda do que houve e aprender com aquilo. Como ajudá-las nesse processo? Os pais precisam falar de suas lágrimas, suas dificuldades, seus fracassos. Em vez disso, pai e mãe deixam os filhos no tablet, no smartphone, e os colocam em escolas de tempo integral. Pais que só dão produtos para os seus filhos, mas são incapazes de transmitir sua história, transformam seres humanos em consumidores. É preciso sentar e conversar: ‘Filho, eu também fracassei, também passei por dores, também fui rejeitado. Houve momentos em que chorei’. Quando os pais cruzam seu mundo com os dos filhos, formam-se arquivos saudáveis poderosos em sua mente, que eu chamo de janelas light: memórias capazes de levar crianças e adolescentes a trabalhar dores perdas e frustrações.”
INTIMIDADE
“Pais que não cruzam seu mundo com o dos filhos e só atuam como manuais de regras estão aptos a lidar com máquinas. É preciso criar uma intimidade real com os pequenos, uma empatia verdadeira. A família não pode só criticar comportamentos, apontar falhas. A emoção deve ser transmitida na relação. Os pais devem ser os melhores brinquedos dos seus filhos. A nutrição emocional é importante mesmo que não se tenha tempo, o tempo precisa ser qualitativo. Quinze minutos na semana podem valer por um ano. Pais têm que ser mestres da vida dos filhos. As escolas também precisam mudar. São muito cartesianas, ensinam raciocínio e pensamento lógico, mas se esquecem das habilidades sócio emocionais.”
Mais brincadeira,
menos informação
“Criança tem que ter infância. Precisa brincar, e não ficar com uma agenda pré-estabelecida o tempo todo, com aulas variadas. É importante que criem brincadeiras, desenvolvendo a criatividade. Hoje, uma criança de sete anos tem mais informação do que um imperador romano. São informações desacompanhadas de conhecimento. Os pais podem e devem impor limites ao tempo que os filhos passam em frente às telas. Sugiro duas horas por dia. Se você não colocar limite, eles vão desenvolver uma emoção viciante, precisando de cada vez mais para sentir cada vez menos: vão deixar de reflectir, se interiorizar, brincar e contemplar o belo.”
“Criança tem que ter infância. Precisa brincar, e não ficar com uma agenda pré-estabelecida o tempo todo, com aulas variadas. É importante que criem brincadeiras, desenvolvendo a criatividade. Hoje, uma criança de sete anos tem mais informação do que um imperador romano. São informações desacompanhadas de conhecimento. Os pais podem e devem impor limites ao tempo que os filhos passam em frente às telas. Sugiro duas horas por dia. Se você não colocar limite, eles vão desenvolver uma emoção viciante, precisando de cada vez mais para sentir cada vez menos: vão deixar de reflectir, se interiorizar, brincar e contemplar o belo.”
PARABÉNS!
“Em vez de apontar falhas, os pais devem promover os acertos. Todos os dias, filhos e alunos têm pequenos acertos e atitudes inteligentes. Pais que só criticam e educadores que só constrangem provocam timidez, insegurança, dificuldade em empreender. Os educadores precisam ser carismáticos, promover os seus educandos. Assim, o filho e o aluno vão ter o prazer de receber o elogio. Isso não tem ocorrido. O ser humano tem apontado comportamentos errados e não promovido características saudáveis.”
“Em vez de apontar falhas, os pais devem promover os acertos. Todos os dias, filhos e alunos têm pequenos acertos e atitudes inteligentes. Pais que só criticam e educadores que só constrangem provocam timidez, insegurança, dificuldade em empreender. Os educadores precisam ser carismáticos, promover os seus educandos. Assim, o filho e o aluno vão ter o prazer de receber o elogio. Isso não tem ocorrido. O ser humano tem apontado comportamentos errados e não promovido características saudáveis.”
CONSELHO
FINAL PARA OS PAIS
“Vejo pais que reclamam de tudo e de todos, não sabem ouvir não, não sabem trabalhar as perdas. São adultos, mas com idade emocional não desenvolvida. Para actuar como verdadeiros mestres, pai e mãe precisam estar equilibrados emocionalmente. Devem desligar o celular no fim-de-semana e ser pais. Muitos são viciados em smartphones, não conseguem se desconectar. Como vão ensinar os seus filhos e fazer pausas e contemplar a vida? Se os adultos têm o que eu chamo de síndrome do pensamento acelerado, que é viver sem conseguir aquietar e mente, como vão ajudar seus filhos a diminuírem a ansiedade?”
“Vejo pais que reclamam de tudo e de todos, não sabem ouvir não, não sabem trabalhar as perdas. São adultos, mas com idade emocional não desenvolvida. Para actuar como verdadeiros mestres, pai e mãe precisam estar equilibrados emocionalmente. Devem desligar o celular no fim-de-semana e ser pais. Muitos são viciados em smartphones, não conseguem se desconectar. Como vão ensinar os seus filhos e fazer pausas e contemplar a vida? Se os adultos têm o que eu chamo de síndrome do pensamento acelerado, que é viver sem conseguir aquietar e mente, como vão ajudar seus filhos a diminuírem a ansiedade?”
Augusto Cury
“Criança não namora”
“Criança
não namora”
Congratulei-me
ao descobrir esta campanha na página duma pessoa amiga. Voltemos a nossa
atenção por momentos para as consequências da erotização das crianças.
Por
um lado, a criança (em que as meninas são as maiores vítimas) precocemente
confrontadas com a postura erótica perdem a capacidade instintiva de defesa
contra o abuso, dado que não conseguem ainda fazer a distinção entre posturas
afectivas e posturas abusivas.
Por
outro lado, a auto-estima natural é profundamente abalada numa idade crítica ao
aperceber-se que “fantasiada” com roupas provocantes, maquilhada, com poses de
adulta, se torna mais apreciada, e é mais elogiada pela sua beleza. Obviamente
que o confronto interno nasce ao aperceber-se que não a elogiam a ela no seu
formato natural mas à máscara que usa. E isto faz parte da permissividade educativa
de muitas famílias em todo o mundo.
São
chocantes os concursos de beleza de meninas (numa faixa etária abaixo dos dez
anos) tão divulgados em alguns países como os Estados Unidos por exemplo em que
se promove um ser puro, indefeso, à montra da mais abjecta vaidade,
competitividade, e as tornam em objectos de disputa, de desejo, no mais básico
desrespeito pelo direito, a serem crianças. O mais horrendo desta realidade é
que são as próprias mães que as incentivam, as formatam, em bonecas de palco.
São
chocantes as notícias que nos chegam de países onde a prática de casamentos de
homens adultos com meninas são considerados normais, é caso para nos
questionarmos o porque das organizações mundiais não tomarem as devidas
medidas, é caso para nos perguntarmos o porque destas “tradições” aberrantes
ainda existirem.
Mas
ainda que aparentemente distanciados de qualquer destas realidades, e como é
hábito, apelo à conscientização de que não somos isentos da responsabilidade
dos acontecimentos que grassam pelo planeta. O poder que nos assiste para
promover a mudança, assenta na convicção do sentir que demos exemplo, que
fizemos e demos o nosso melhor no nosso habitat pessoal e social. E para isso,
como para tantas outras coisas requer-se acção, soluções activas, individuais
ou grupais mas que não deixem dúvidas daquilo
que não queremos.
Por exemplo, que
nenhum condomínio autorize que em prédios de habitação sejam permitidas as Sex
Shop`s, onde as crianças são forçadas à promiscuidade de convívio com locais onde
se vende a sexualidade e o erotismo nas suas mais degradantes vertentes.
Por exemplo, que
cada família se abstenha de adquirir os jornais e as revistas onde a venda de
sexo é exposta e ocupa quantas vezes a maior parte do conteúdo dos referidos
jornais.
Por exemplo, que
cada autarca de cada cidade, vila ou freguesia crie campanhas de sensibilização
para conter a proliferação das bancadas onde este material com conteúdos pornográficos
esteja completamente acessível às crianças e jovens, principalmente junto das
escolas.
Por exemplo, que as
mesmas entidades e associações de cariz social, promovam uma séria abordagem à
educação sexual que passa essencialmente pela família e não pela escola, onde
os professores são na sua larga maioria totalmente despreparados para ensinarem
algo tão complexo quer no plano físico quer no metafísico.
Mas principalmente, que
os pais, a família, tenham uma atenção constante ao que as crianças consomem
via televisão e internet, quantas vezes sub-liminarmente nos chamados programas
infantis. Tal como escolhem os melhores alimentos para os filhos e não lhes dão
veneno, assim mesmo é premente a escolha dos conteúdos dos invasores que se
apossaram dos lares. É preciso estar presente, inteiramente presentes.
Deixo-vos
com as sábias palavras de Miguel Torga:
“Só
há três coisas sagradas na vida: a infância, o amor e a doença. Tudo se pode
atraiçoar no mundo, menos uma criança, o ser que nos ama e um enfermo. Em todos
esses casos a pessoa está indefesa.”
Miguel
Torga
Maria Adelina
sexta-feira, 18 de janeiro de 2019
A Herança dos “Pecados” dos Pais
Amigos, vivemos o tempo proclamado nas profecias seculares, o
da emersão da perversidade nunca antes vista, em várias vertentes, sendo o mais
grave a inércia e complacência duma sociedade alienada, em especial os “Guardiões”,
pais, família, educadores.
Na sequência da postagem anterior sobre a intensa responsabilidade
do que transmitimos àqueles que nos foram confiados, a começar pelos filhos,
netos, mas também a todas as crianças e jovens em quem reflectimos exemplo,
partilho mais esta reflexão.
A
Herança dos “Pecados” dos Pais
Este
tem sido provavelmente um dos mais controversos temas do catolicismo. Ao longo
de séculos foi debate de alguns poucos pensadores e filósofos que se atreveram
a expressar o seu inconformismo com uma “directriz divina” abrangente até à 3ª
geração que transmite um conceito de Deus injusto e dominador. Já a maioria dos
crentes fazia o que era, e é comum, ouvia, e arremessava para o cesto com o
rótulo “isto não é para mim, é só para os outros”.
Hoje,
as consequências do chamado despertar consciencial e dos abundantes
conhecimentos ao alcance de todos, trouxeram consigo a responsabilidade
individual inerente a qualquer forma de conhecimento. Esta, empurra-nos para a
análise, estudo e interiorização daquilo para o qual e até à data não tínhamos
ferramentas de trabalho.
A
maior parte das interrogações da humanidade sobre si mesma encontram resposta
nas chamadas Leis Cósmicas Universais,
e entre elas a lei de Causa e Efeito dá-nos uma visão nova e esclarecedora sobre
este tema.
Factor
a) - As componentes de um pensamento são:
pensamento+sentimento+energia. Sabemos já por comprovação científica que
os pensamentos moldam continuamente a nossa racionalidade, emoções, e até o
corpo físico determinando saúde ou doença, e promovem alterações na nossa
genética, a mesma que será herdada pelos filhos e netos.
Factor
b) – Sendo a forma anterior bem subtil, outra bem mais directa e
contundente é a confrontação (reflectida) dos efeitos devidos a causas que
provocamos em diferentes ciclos espaço/temporais. Ou seja, a actuação do
Universo é simples mas sem falhas, favorecimentos ou omissões, daí serem
chamadas leis imutáveis.
Como
qualquer criança que aprende mais rapidamente por exemplos do que por teorias,
nós também temos dificuldade em assimilar as Directrizes Cósmicas per si, vamos
assim experienciando a dor através de quem mais nos dói, o sangue do nosso
sangue… “As favas a pagar” são apenas a forma mais directa e sentida de fazer
perceber aos ascendentes, pelo efeito espelho, as suas próprias condutas e as
consequências das mesmas.
Tantos
exemplos podem ser dados sobre isto…
-
um filho ou neto tratado de forma injusta no trabalho poderá levar-nos a
reflectir como fomos, ou somos, como orientadores de outros
-
uma filha em sofrimento por causas afectivas, poderá levar-nos a
reflectir de que forma lidamos com os nossos relacionamentos ao longo da vida
E
tantos outros exemplos poderiam ser dados, em que facetas como a desonestidade,
a mentira, a inveja, o egoísmo, e outros que sejam posturas permanentes na vida dos
progenitores, sejam reflectidas na “via crucis” dos descendentes, a estes
cabendo pelo seu esforço evolutivo cortar o ciclo, ou na inexistência desse
esforço, serem perpetuadores dessa herança.
No
cômputo da análise, percebemos mais claramente a Lei de Causa e Efeito, e
também que este (a vida) é um percurso para o qual nos voluntariamos em missão,
e que toda missão é de trabalho, compromisso e entrega.
Mas
nada está condenado em perpétuo, hoje, aqui e agora, possamos todos ampliar a
nossa percepção consciencial. Que a nossa actuação com tudo e todos, seja a da
justiça que desejamos para um filho, a da bondade que desejamos para um neto, a
do bem-querer que desejamos para uma filha, e também, a do profundo e continuado
respeito que nos devemos a nós próprios pois todos temos a semente do Bem, que nos permite reconhecer e combater a perfídia que assola o mundo, nosso lar. E os ciclos da dor serão transmutados
em ciclos de progresso evolutivo em todas as vertentes dos seres, na paz e no amor que
todos procuramos.
A.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2019
Preservar a Inocência
“Toda a
gente afirma querer deixar um planeta melhor para os filhos… Quando é que
pensarão em deixar filhos melhores para o planeta?”
Preservar a Inocência
Este é o “el dorado” que toda
família, toda sociedade, devem reencontrar. O tesouro perdido, a inocência da criança,
e o direito a ela.
Mestre Jesus referiu com empenho
a inocência das crianças e o aprendizado do homem cuja evolução deve passar por
tornar-se de novo criança.
Por um lado, e da forma mais
aleivosa as nossas crianças tornaram-se depósito de todo o lixo duma sociedade
doente, perversa, que sem contenção de qualquer tipo, invade os lares pelos meios audiovisuais ou impressos, nos programas infantis, nos
livros infantis…
Por outro lado, temos as novas
doutrinas educacionais que afirmam a supressão de qualquer limite na
comunicação, exemplos ou práticas, dos pais para os filhos. Temos já exemplos
de gerações onde esse patamar de igualdade deixou, e deixa, marcas de profundos
desequilíbrios psíquicos e emocionais.
O princípio aparentemente inocente
dessas doutrinas foi deturpado. A “amizade” entre pais e filhos, não pode
pautar-se pelas regras da amizade comum entre adultos! Por motivos óbvios, o que
prevalece nesse formato é a visão, a experiência, a capacitação intelectual do
adulto! Nega-se à criança o direito a ser criança. Estas são confrontadas no
dia-a-dia com as realidades forjadas nas descompensações dos pais, seus desejos
e frustrações, seus medos e vincos de personalidade.
Neste horizonte maioritariamente cheio
de nuvens escuras, como perpassam os raios de sol que são a descoberta gradual
do mundo, da vida, no percurso duma criança?
Nesse crescer fora de tempo onde fica
a inocência, confrontada com comportamentos que a sua idade não permite ainda assimilar,
mas que por medo de rejeição tentará imitar.
Na experiência em moldes alheios,
prematuros, sem a salvaguarda da confiança componente essencial da inocência, como
poderá ela, a criança, esculpir na pedra da vida a sua obra-prima?
Salvemos a inocência, bem maior
das nossas crianças.
Maria Adelina
segunda-feira, 14 de janeiro de 2019
A razão de vida daqueles que optaram por serem pais
A
frase surge intensa, trovão que ecoa na madrugada provinda de todos os planos siderais:
“A razão
de vida daqueles que optaram por serem pais é o maior compromisso de todos os
grandes compromissos”
O
abuso tem muitas faces, é-o por acção, omissão, sedução, exemplo, maus-tratos, ou
estímulo. Não são as grandes manchetes que nos devem impressionar, mas aquelas
que disfarçadamente aparecem em mais e mais quantidade, ou daquelas com que nos
deparamos na vida e no que parece inofensivo dado que são estas as aferidoras
do estado educacional, moral, sano, de um povo.
-
Vemos crianças de várias faixas etárias que sob um modismo chamado Halloween
são estimuladas à prática de vandalismo, em grupo, por pais ou educadores (chocante
mas real). Reparem que não se trata da gravidade do acto, mas do princípio de
que se não se satisfaz a exigência da criança esta responde com estragos a que
chamam “travessuras”
-
Vemos Juízes que relevam a culpa (e deixam em liberdade) monstros que cometem
abusos sexuais continuados sobre crianças, agravados por ameaças e exigência de
silêncio e ainda pelo agravo de que são maioritariamente familiares das vítimas.
-
Vemos mães e pais que assassinam os filhos como forma de vingança do
companheiro ou companheira.
-
Vemos escolas onde serviços de suma importância como é a cantina por exemplo, não
cumprem com o mínimo qualitativo a que estão obrigadas, não são fiscalizadas e
menos penalizadas.
-
Vemos patologia comportamental na inter-relação de células familiares com
sintomatologia do complexo de Édipo ou de Electra estimulados pela complacência
do pai ou da mãe, (conforme seja o caso) quando não estimuladas por estes. Gravíssimas situações que
começam em tenra idade, e que fomentam profundos desajustes e desequilíbrios psíquicos
e cármicos nos futuros adultos.
-
Vemos um sistema educativo disfuncional, sem Alma, sem Espírito, sem Ética, e
como tal modelador de seres inconscientes, robotizados, que continuará a
existir se se mantiver o actual beneplácito dos pais que se calam, e se eximem
de responsabilidade da qualidade do ensino e carga horária dos seus filhos (a começar
logo nos infantários).
-
Vemos a permissividade repleta de insensatez com que os pais atiram os filhos para as “arenas dos divertimentos” profusamente divulgados e criados (técnica e intencionalmente)
para a alienação emocional e mental dos jovens, cujo corpo holístico está ainda
em formação sofrendo danos irrecuperáveis no seu corpo etérico.
-
Vemos os modelos (milhões) de pais em estado zombie, cuja ligação ao telemóvel
e à rede social é prioritária ao contacto real com os filhos, dentro do já pouquíssimo
tempo que lhes dedicam.
-
Vemos acções concertadas, planeadas pelo governo sombra mundial que tentam
instalar a Ideologia do Género a nível global e cuja intenção e finalidade é a
extinção da maioria dos seres humanos pela sua pedra basilar que é o formato
genético da raça adâmica constituída por dois géneros e a sua expressão social
que é a família.
-Vemos
a existência das “praxes”, aberrações de cariz sociopata, praticada pelos refugos
académicos, cuja incapacidade é autocompensada pela humilhação a outros seres,
e ouvimos o silêncio dos pais
e das autoridades competentes.
-
Vemos as ruas das nossas cidades repletas de jovens (muito jovens) embriagados
pelas madrugadas dos fins-de-semana (não uma vez porque era dia de festa, mas
por norma).
Vemos……que
mais precisamos ver?
Despertemos!..Lucidez, pró-actividade, presença, foco, coragem, exigência consciente, escolhas, fazer acontecer!
“A razão
de vida daqueles que optaram por serem pais é o maior compromisso de todos os
grandes compromissos”
E
nada, nada, nada, conseguirá parar a onda de mudança, quando os pais perceberem,
e assumirem, o seu Compromisso de Pais
Maria
Adelina
sábado, 5 de janeiro de 2019
"Ganhei Coragem"
No momento que estamos a viver, "caiu-me no colo" este texto do mestre Rubem Alves que anexo. Amigos, ganhemos coragem de olhar a história da humanidade, a sua barbárie, sem distinção de raças, ou religiões, e que essa abordagem corajosa nos alerte para o domínio que permitimos nos engane...cada dia mais.
Ano de Luz - Maria Adelina
"Ganhei
coragem"
"Mesmo o mais corajoso entre nós só raramente tem coragem para aquilo que
ele realmente conhece", observou Nietzsche. É o meu caso. Muitos
pensamentos meus, eu guardei em segredo. Por medo. Albert Camus, leitor de
Nietzsche, acrescentou um detalhe acerca da hora em que a coragem chega:
"Só tardiamente ganhamos a coragem de assumir aquilo que sabemos".
Tardiamente. Na velhice. Como estou velho, ganhei coragem.
Vou dizer aquilo sobre o que me calei: "O povo unido jamais será
vencido", é disso que eu tenho medo.
Em tempos passados invocava-se o nome de Deus como fundamento da ordem
política. Mas Deus foi exilado e o "povo" tomou o seu lugar: a
democracia é o governo do povo... Não sei se foi bom negócio; o facto é que a
vontade do povo, além de não ser confiável, é de uma imensa mediocridade. Basta
ver os programas de TV que o povo prefere.
A Teologia da Libertação sacralizou o povo como instrumento de libertação
histórica. Nada mais distante dos textos bíblicos. Na Bíblia, o povo e Deus
andam sempre em direcções opostas. Bastou que Moisés, líder, se distraísse na
montanha para que o povo, na planície, se entregasse à adoração de um bezerro
de ouro. Voltando das alturas, Moisés ficou tão furioso que quebrou as tábuas
com os Dez Mandamentos.
E a história do profeta Oséias, homem apaixonado! Seu coração se derretia ao
contemplar o rosto da mulher que amava! Mas ela tinha outras ideias. Amava a
prostituição. Pulava de amante a amante enquanto o amor de Oséias pulava de
perdão a perdão. Até que ela o abandonou... Passado muito tempo, Oséias
perambulava solitário pelo mercado de escravos... E o que foi que viu? Viu a
sua amada sendo vendida como escrava. Oséias não teve dúvidas. Comprou-a e
disse: "Agora você será minha para sempre...". Pois o profeta
transformou a sua desdita amorosa numa parábola do amor de Deus.
Deus era o amante apaixonado. O povo era a prostituta. Ele amava a prostituta,
mas sabia que ela não era confiável. O povo preferia os falsos profetas aos
verdadeiros, porque os falsos profetas lhe contavam mentiras. As mentiras são
doces; a verdade é amarga.
Os políticos romanos sabiam que o povo se enrola com pão e circo. No tempo dos
romanos, o circo eram os cristãos sendo devorados pelos leões. E como o povo
gostava de ver o sangue e ouvir os gritos! As coisas mudaram. Os cristãos, de
comida para os leões, se transformaram em donos do circo.
O circo cristão era diferente: judeus, bruxas e hereges sendo queimados em
praças públicas. As praças ficavam apinhadas com o povo em festa, se alegrando
com o cheiro de churrasco e os gritos. Reinhold Niebuhr, teólogo moral
protestante, no seu livro "O Homem Moral e a Sociedade Imoral"
observa que os indivíduos, isolados, têm consciência. São seres morais.
Sentem-se "responsáveis" por aquilo que fazem. Mas, quando passam a
pertencer a um grupo, a razão é silenciada pelas emoções colectivas.
Indivíduos são seres morais. Mas o povo não é moral. O povo
é uma prostituta que se vende a preço baixo.
Indivíduos que, isoladamente, são incapazes de fazer mal a uma borboleta, se
incorporados a um grupo tornam-se capazes dos actos mais cruéis. Participam de
linchamentos, são capazes de pôr fogo num índio adormecido e de jogar uma bomba
no meio da torcida do time rival. Indivíduos são seres morais. Mas o povo não é
moral.
Seria maravilhoso se o povo agisse de forma racional, segundo a verdade e
segundo os interesses da colectividade. É sobre esse pressuposto que se
constrói o ideal da democracia.
Mas uma das características do povo é a facilidade com que ele é enganado. O
povo é movido pelo poder das imagens, e não pelo poder da razão. Quem decide as
eleições e a democracia são os produtores de imagens. Os votos, nas eleições,
dizem quem é o artista que produz as imagens mais sedutoras. O povo não pensa.
Somente os indivíduos pensam. Mas o povo detesta os indivíduos que se recusam a
ser assimilados à colectividade. Uma coisa é o ideal democrático, que eu amo.
Outra coisa são as práticas de engano pelas quais o povo é seduzido. O povo é a
massa de manobra sobre a qual os espertos trabalham.
Nem Freud, nem Nietzsche e nem Jesus Cristo confiavam no povo. Jesus foi
crucificado pelo voto popular, que elegeu Barrabás. Durante a revolução
cultural, na China de Mao-Tse-Tung, o povo queimava violinos em nome da verdade
proletária. Não sei que outras coisas o povo é capaz de queimar.
O nazismo era um movimento popular. O povo alemão amava o Führer.
O povo, unido, jamais será vencido!
Tenho vários gostos que não são populares. Alguns já me acusaram de gostos
aristocráticos... Mas, que posso fazer? Gosto de Bach, de Brahms, de Fernando
Pessoa, de Nietzsche, de Saramago, de silêncio; não gosto de churrasco, não
gosto de rock, não gosto de música sertaneja, não gosto de futebol. Tenho medo
de que, num eventual triunfo do gosto do povo, eu venha a ser obrigado a
queimar os meus gostos e a engolir sapos e a brincar de
"boca-de-forno", à semelhança do que aconteceu na China.
De vez em quando, raramente, o povo fica bonito. Mas, para que esse
acontecimento raro aconteça, é preciso que um poeta entoe uma canção e o povo
escute: "Caminhando e cantando e seguindo a canção...". Isso é tarefa
para os artistas e educadores. O povo que amo não é uma realidade, é uma
esperança.
RUBEM ALVES
terça-feira, 1 de janeiro de 2019
Dia Mundial da Paz
Cada
um de nós é um ponto inigualável, insubstituível, para a composição suprema da
Paz, e Paz é a antecâmara do Amor Incondicional (Solar)
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