A dádiva do Espírito Santo
expressa-se em conformidade com o uso que dela se faz. Um "iluminado"
cujo dom não seja usado em prol do benefício comum, extingue-se por si mesmo
como uma candeia sem azeite.
- O Espírito Santo é também a
expressão exteriorizada e materializada do saber, é o confronto dos iniciados
nele com a sua capacidade de acreditar e coragem para o partilhar através do
seu exemplo. Os discípulos de Jesus foram maioritariamente martirizados, não
por pregarem uma nova religião, mas por darem exemplo, e fazerem pregações que atingiam
os costumes dissolutos dos locais por onde passavam, injustiças sociais e
outras, dos povos onde pregaram.
- O Espírito Santo interiorizado é a
materialização do vago e oco conceito de amor com que muitos sectores se
escudam e acalmam a própria consciência. É algo impossível de ensinar daí a
dificuldade em o definir, porque apenas se pode partilhar por vivência
experimental, exemplar.
- O Espírito Santo é a mais dura das
batalhas, por ser aquela que deve ser ganha por métodos pacíficos, ou seja o
amor em acção, prático, concreto, incondicional, veridicamente fraterno, sem
olhar a quem.
- O Espírito Santo não é um dogma,
nem sequer religioso, é um estado (império) social pelo qual o Homem (supra
consciente) vai ter que suprimir, em si, o homem (inconsciente, ou ego-consciente) e só
lá chega abdicando de tudo aquilo que os sustentou até à data (crenças, ideias,
posturas sócio materiais, fundamentadas no individualismo arrogante, ambicioso,
egocêntrico)
Portugal e o Espírito Santo é uma
união ainda a cumprir na sua plenitude, uma nave/ aldeia exemplo real para os
mundos, de tudo o referido.
Maria Adelina
Para
conclusão desta mensagem cito Agostinho da Silva:
“Não é uma
ideia mas um Império do Espírito Santo
entre os homens. É não perder nenhuma das características de ser homem e ganhar
todas as que se atribuem a Deus. Será o
Reino da Transcendência, onde o Homem se ultrapassa a si mesmo e deixa de ser
Homem. Para Agostinho, a verdadeira função do Homem, o seu vero destino é
deixar de o ser, e ultrapassando-se, divinizar-se tornar-se Sobre Humano. O
Homem pleno, cumpridor de todas as promessas de fraternidade e universalismo
antevistas pelos visionários e profetizadas por Jesus e seus discípulos.
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