Bem-vindos a este espaço de partilha de todos para todos

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Pobre Natal, pobres de nós…




Pobre Natal, pobres de nós…

Creio que a maioria não se apercebe que esta fase “natalícia” é uma das mais dramáticas do ano, crises pessoais, acidentes terríveis, desastres naturais, mortes colectivas, depressões limites, tudo muito bem disfarçado pela média social, o brilho das lantejoulas e dos néon`s, as festas onde corre o álcool e o desperdício alimentar, o estupidificante  consumismo, e o desgarrador vazio interior daqueles que ainda sentem. Porque será? Lembremos que é a nossa energia colectiva que gera a vibração de retorno do Universo.
-Nas grandes superfícies comerciais, tal qual circos romanos as pessoas atropelam-se e gladiam-se para arrepanharem a última posta sangrenta do cabrito ou do leitão (em promoção) bebés do reino animal arrancados às suas mães cativas da abominação do homem
-Nas caridosas organizações de cariz social preparam-se as mesas e as fartas panelas que por uma noite vão encher os estômagos quase sempre vazios dos rejeitados, mostrar-lhes quão boa e farta é a comida! Acabado o jantar, com os corações cheios de piedosa arrogância pelo dever (cristão) cumprido, ála que se faz tarde, varrem-se os comensais para a rua, até para o ano…se Deus quiser
-Nas lojas finas, nas ourivesarias, compra-se a pronto o débito de um ano inteiro, a falta de amor, de presença, de fraternidade, de cooperação. Filhos, companheiros, pais, amigos, são compensados, pelo valor numa etiqueta de cartão
-E o dia de natal acorda ao som irritante dos brinquedos novos feitos pelos escravos de além–mar (quantas vezes crianças também) e os jogos electrónicos que grande invenção, vão hipnotizar as crianças diante de um ecrã por horas, dias, o ano inteiro, de preferência até ao próximo natal..
E tudo isto é criado, organizado, vivido, como uma festividade em nome de Deus! De Jesus menino (que maioritariamente não é sequer lembrado nesse dia) para homenagear o seu nascimento no plano terrestre e a sua missão entre os homens…

Despertar, despertar, despertar!...






quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

A falácia do Individualismo




A falácia do Individualismo
 
Uma das vertentes deste conceito,  é a força, a intenção e a vontade que cada Ser coloca nas suas ideias, desejos e sonhos.
Cada um de nós tem um caminho, e cada légua percorrida é individual e única. A outra vertente, é o sentido de missão que também todos nós temos, e cuja finalidade maior é a integração plena com o Todo, em especial com os outros Seres com quem convivemos diariamente.
De uma forma mais lenta ou mais rápida, mais ou menos satisfatória, vamos construindo a nossa plataforma de vida, vamos realizando a nossa Proéxis (Programação Existencial), excepto, e na maioria dos casos,  numa faceta, que é a interacção com os outros.
Por séculos, os núcleos familiares mantiveram-se coesos, fomentando e permitindo a mais difícil de todas as nossas vivências…a comunhão, a partilha directa e constante com o nosso grupo cármico. Nessa vivência, em meio de harmonia ou de grandes desarmonias, aprendia-se, partilhava-se alegria e dor, equilibravam – se os carmas.
No último século, enquanto as condições de vida material evoluíam em algumas classes sociais, o poder económico estimulou um individualismo egóico que eu apelidaria de “a grande fuga “.
Depois, e com o crescendo da “civilização” os núcleos dispersaram, umas vezes por necessidade óbvia devido ao emprego ou ao estudo, a maior parte das vezes, na busca de um conforto chamado privacidade. Esta situação causou, e causa, desajustes profundos em várias vertentes.
Em cem anos provocamos mais estragos e desgaste no planeta que em séculos de existência. A relação disto com o tema é de fácil percepção, no nosso viver individualizado esbanjamos os meios básicos de sobrevivência. Aguçamos o apetite dos manipuladores comerciais, principalmente na área da habitação. Calculam quantos milhões de casas existem no mundo desabitadas ou subaproveitadas? Quantas toneladas de betão ocupam ingloriamente o espaço das árvores abatidas, dos ecossistemas destruídos? E isto é apenas a ponta do iceberg do incalculável desperdício e dano causado ao planeta.
No entanto meus amigos, quero focar um ponto que é mais grave que o anterior, que é o desperdício das oportunidades da vida em coexistência.
Na ânsia profunda por um estilo de vida pessoal e privado, fugimos literalmente há mais importante faceta da nossa missão de vida.
Respeitando a liberdade de escolha, mas sempre achei que a vida dos ascetas era muito facilitada…integrar-nos apenas no que nos dá prazer, que não nos contradiz, que não nos exige partilha, paciência ou cedência, é realmente uma forma fácil de vivenciar a existência.
Viver a nossa missão de vida na sua plenitude, que é assimilar o outro em  nós, não será a mais fácil, mas é de certeza a mais proveitosa.
Sei o que muitos pensarão ao ler estas palavras…mas então, vivendo com os pais, com a família, como podemos ter privacidade, como podemos viver a nossa vida sem interferências? A resposta é simples e simples e simples…RESPEITO…
Em todas as faixas etárias, dos avós aos netos a palavra de ordem é respeito, a privacidade tão ansiada é possível numa casa cheia de gente, assim cada um sinta em si e respeite, a necessidade de privacidade do outro.
A ânsia de “liberdade” instala-se muito cedo nos jovens! Alguns, acabam por perceber que liberdade é interior, que liberdade é renegar conceitos e preconceitos que nos tornam máquinas de consumo programáveis, que liberdade é cumprir o seu ideal em prol da comunidade. Mas a grande maioria nunca chegam a perceber o que é a liberdade. Numa vida aprisionada pela postura social, pelo progresso da carreira, pela necessidade aquisitiva que eleva o status social, vivem e morrem no seu casulo individual.
Todos sabemos que se avizinham Tempos de Mudança, uma das novidades da mudança é recordarmos que somos Uno, não só nas dimensões subtis, mas também e principalmente aqui e agora. Reaprender a viver em comunidade, assimilar o conceito de uma maxi-fraternidade, a começar pelo seu núcleo familiar.
Há dias contaram-me um caso real que partilho e que pode servir de exemplo a famílias ou grupos de amigos: é a história de uma senhora com 4 filhas, todas elas com vidas próprias e a viver cada uma em sua casa. Mantinham no entanto vários conflitos entre elas.
As cinco, agora com as dificuldades inerentes a quase toda a gente, tomaram a resolução de venderem casas, objectos, e adquiriram uma casa única, onde vão viver em conjunto, partilhando meios, energia, e com certeza crescimento de consciência nessa experiência inovadora de convívio em respeito e cooperação.
O individualismo auto-centrado não é liberdade. Conviver pacífica e respeitosamente em frutuosa proximidade, no núcleo familiar, profissional, amizades, social, essa sim é a essência duma supra liberdade, a da maturidade consciencial, a da integração da plena compaixão.
 

Maria Adelina




domingo, 11 de dezembro de 2016

A minha paixão por Virgílio Ferreira


Desde a minha adolescência que nutro uma paixão por Virgílio Ferreira. Reencontro-o de longe a longe, em momentos preciosos de  tão pertinentes, e em que  a estranha sabedoria deste homem vem ter comigo em encruzilhadas improváveis. 
Será que no seu tempo (encarnado) ele teve noção que estava a escrever sobre Física Quântica? Agora sim, sabe-o! Obrigada Mestre Virgílio Ferreira, uma montanha de saberes a descobrir, ou redescobrir...Vejam só...

Maria Adelina





"Um Mundo de Vidas


Nós vivemos da nossa vida um fragmento tão breve.
Não é da vida geral - é da nossa.
É em primeiro lugar a restrita porção do que em cada elemento haveria para viver.
Porque em cada um desses elementos há a intensidade com o que poderíamos viver, a profundeza, as ramificações. Nós vivemos à superfície de tudo na parte deslizante, a que é facilidade e fuga.
O resto prende-se irremediavelmente ao escuro do esquecimento e distracção.
Mas há sobretudo a zona incomensurável dos possíveis que não poderemos viver.
Porque em cada instante, a cada opção que fazemos, a cada opção que faz o destino por nós, correspondem as inumeráveis opções que nada para nós poderá fazer. Um golpe de sorte ou de azar, o acaso de um encontro, de um lance, de uma falência ou benefício fazem-nos eliminar toda uma rede de caminhos para se percorrer um só.
Em cada momento há inúmeros possíveis, favoráveis ou desfavoráveis, diante de nós.
Mas é um só o que se escolheu ou nos calhou.
Assim durante a vida vão-nos ficando para trás mil soluções que se abandonaram e não poderão jamais fazer parte da nossa vida. Regresso à minha infância e entonteço com as milhentas possibilidades que se me puseram de parte. Regresso à juventude, à idade adulta, ao simples dia de ontem e a infinidade de soluções que não adoptei dava para um mundo de vidas.
Foi uma só. Nela realizei, num único percurso, aquilo que constituiu o todo de uma vida humana.
E todavia, nessa estreiteza de ser está o infinito de mim.
Deus é a simplicidade absoluta e tem o máximo de ser.
Nós conhecemos em nós esse máximo e é por isso que ao Deus o soubemos inventar."


Vergílio Ferreira
in, Conta-Corrente 4

sábado, 10 de dezembro de 2016

Em época de "pontes"...alguém me pode explicar?...



Alguém me pode explicar?...

Sendo que, vivemos numa época em que toda a ignorância da sabedoria e conhecimento metafisico se auto titula por ateísmo ou como está na moda dizer-se cepticismo...

Sendo que, a maior parte dos feriados em Portugal e no Mundo existem por motivos religiosos, porque é que essa faixa de “descrentes” não faz greve aos feriados, abaixo-assinados e outras medidas que tais para acabar com eles?

Alguém me explica?...








terça-feira, 6 de dezembro de 2016

A dor é inevitável…o sofrimento opcional (texto parcial)



Foi desafiada para falar neste tema tão difícil para todos nós que procuramos no outro e em tudo o que nos rodeia o Amor…que vemos no criador a origem do Bem, do Amor incondicional pela vida, pelo ser humano e pela natureza.
Assumindo por isso, que todos nós somos do Bem, apesar de sermos humanos com as nossas fragilidades e defeitos, como conseguimos então lidar com o sofrimento extremo…o sofrimento em nós e naqueles que muito amamos?
Como conseguimos lidar com um sentimento de revolta ou de tristeza profunda, de desencanto, porque muitas vezes sentimo-nos injustiçados e não compreendemos o caminho, o percurso, enfim o porquê?  
E porque também muitas vezes sentimo-nos impotentes nessa senda do bem, quando somos espectadores de algo que está a provocar um sofrimento imenso nos outros e em nós…
Falando agora por mim, nunca entendi porque tinha que ser assim…o sacrifício de Jesus por nós sempre me impressionou, porquê o sofrimento como via de crescimento? Não gosto de mártires, nem entendo a dualidade de bem/mal, alegria/sofrimento embora reconheça que chorar faz bem, que a catarse nos faz ver mais longe, mas nunca entendi porquê esta necessidade de haver vitimas para sairmos mais fortes… a Génese para mim é Amor, é a Criação do Bem
O Reiki ajudou-me muito neste entendimento, ao ter conhecimento da existência dos diferentes estádios evolutivos que existem no universo, assim como da existência dos diferentes estádios no percurso de cada um de nós
Ainda hoje não sei explicar o porque deste caminho… crescimento através da Dor… (num plano da Humanidade ainda mais impactante quando vemos, guerras, a fome, o sofrimento em crianças e inocentes etc..) mas o que sei é que está ao nosso alcance diminuir esse sofrimento, seja pela forma como o percepcionamos (como necessário), seja por uma vivência plena de Amor incondicional, assim, substituí a minha visão de:

…crescimento através da Dor
pela de crescimento através do Amor…

Podemos mudar a forma como vivenciamos a dor num exercício de amor constante, esta forma de encarar os momentos mais dolorosos do nosso percurso ou dos que nos rodeiam é resultado da nossa demanda e da demanda da própria Humanidade.

Graça Amorim





Planeta sem fronteiras





 Estamos numa viragem de civilização. Não num confronto de civilizações, como alguns têm aventado, mas numa mudança que abrange todos os povos da humanidade, a qual vem sendo processada há séculos e que agora atinge certo apogeu. Os dramáticos acontecimentos actuais, em que particularmente o ano 2016 foi “pródigo”, não nos deixam fugir da realidade. Se antigamente se poderia classificar, pela diferença entre os povos nas suas culturas, religiões e tradições, de civilizações, hoje o cruzamento de raças diminui bastante o núcleo de qualquer tradição mais ancestral, que lentamente elas foram sendo absorvidas e encontramo-nos sob novo paradigma civilizacional sem precedentes.
As migrações de povos para as quais os portugueses contribuíram largamente aquando a era de Quinhentos, e que lentamente ao longo de séculos foi caldeando o movimento de seres, este ano tiveram a sua grande expressão com milhões de deslocados “invadindo” principalmente a Europa e, daí é fácil antever a mudança que está em curso e que gerará situações imprevisíveis e incontroláveis em todo o mundo.
As catástrofes, quer sejam ao nível de terramotos, cheias e incêndios, quer sejam os degelos polares devido ao aquecimento global, vão redesenhando geograficamente o planeta, movimentando mares e terras e que como num ciclo vicioso, contribuem ainda mais para as alterações climáticas, onde ambientes naturais sofrem nitidamente transformações. A fome que afecta milhões de pessoas e, toda a sorte de violência exercida nas crianças e nas mulheres, não nos deixam muito tranquilos.
Nas políticas mundiais geram-se grandes incertezas, onde não governa quem tem mais votos, mas os que habilmente se aliam ora, com a esquerda ora, com a direita para a todo o custo exercerem o poder. Contudo, ainda muito vai mudar daqui em diante, que concordo com Stephen Hawking quando diz: “Para além das alterações climáticas, pandemias à escala global, problemas de resistência aos antibióticos ou a ameaça das armas nucleares, poderão ainda surgir outro tipo de “inimigos” que actualmente nem imaginamos”.
Por outro lado, também descreve 2016, como “um tempo glorioso para estar vivo e a fazer investigação em física teórica”, e eu direi, em qualquer área, pois observar atentamente os acontecimentos mundiais é a forma mais inteligente para acompanharmos a mudança, que ao contrário da convicção de alguns, não vem no futuro, mas ela já é agora! Sim, há uma mudança quase radical na ordem mundial, que naturalmente deriva desta grande amálgama de culturas gerando novos valores e comportamentos nos seres que compõem a humanidade actualmente.
Nunca tive a ideia de que a Terra seria um paraíso algures no tempo. A Terra é um local de passagem de evolução, de aprendizagem e, sobretudo é onde se adquire a autoconsciência, que leva neste ciclo de vida à auto-realização humana e espiritual. Portanto, não sendo pessimista tanto quanto o cientista, que já fala numa extinção humana, sou, no entanto realista, quanto ao futuro das raças que levará a grandes desafios pela sobrevivência. Por outro lado, temos a oportunidade dessa realização espiritual aqui e agora e, portanto, serem até benéficas as mudanças actuais, onde se desenha um caos civilizacional - mas saber estar nesse caos - depende da transmutação interior que cada um vai fazendo para o aperfeiçoamento, revelando-se então, o propósito para o qual reencarnou. Encontrar o equilíbrio perante a mudança interna e externa, eis a mestria que se exige em novos tempos.
Aproveitando o momento ficam os votos de feliz Natal e que todos possam comungar harmoniosamente nesta celebração religiosa, já que a grande peregrinação humana cruza cada vez mais qualquer canto do Planeta. Que todos possam usufruir da Paz, da Fé e da Esperança num nível global.

Preparemo-nos para 2017. Que a Paz reine no interior de cada Coração.

Maria Ferreira da Silva

Spiritus Site


quarta-feira, 30 de novembro de 2016

A Raiva




A Raiva é uma emoção negativa. Sim, sabemos. É uma emoção explosiva, que aparece quando menos esperamos e que é muito difícil de controlar. Também já sabemos.
O que poucos de nós sabemos é que a raiva é resposta directa a uma outra emoção, igualmente negativa mas extremamente terapêutica.
A raiva é o "airbag" da tristeza. Sempre que estamos com raiva é porque no minuto anterior, no momento imediatamente anterior, ficámos tristes. Alguma coisa nos entristeceu. E porque temos muito medo de ficar tristes, temos muito medo de ir à nossa dor - porque pura e simplesmente não sabemos o que fazer com ela - então chamamos as nossas defesas... e atacamos.
No fundo a raiva, o ataque, é a forma que encontramos para não termos que gerir a nossa dor. O que acontece é que, ao não encarar a dor, ao não nos entristecermos, ao não chorarmos quando dói, deixamos de fazer os nossos lutos, e consoante isso vai acontecendo, as dores, as tristezas vão ficando por drenar, por libertar. Vão ficando presas.
E isso é exactamente o que se chama Karma. Karma é uma dor da qual não se fez luto. E essa dor, por não ser drenada, chorada, libertada, vai-se comprimindo e provocando um buraco negro energético, com um campo magnético fortíssimo. Esse buraco negro emocional mora na nossa dimensão energética, e o íman resultante atrai acontecimentos e situações que irão provocar mais da mesma dor, mais, mais, até a pessoa se render e conseguir chorá-la. É a vida a dar-nos oportunidades de fazer o luto daquela mesma dor. E é mesmo, sempre a mesma dor. É aquela que há séculos nos recusamos a aceder.
No dia em que uma pessoa consegue chorar essa dor, no dia em que consegue aceder, chorar, fazer o luto, provavelmente essa dor vai-se libertar e nunca mais vamos precisar de atrair situações que a activem, porque ela pura e simplesmente não estará mais lá.


Alexandra Solnado


quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Este é o perigo que nos espreita -





O caminho para a Alma é o caminho para fora da Mente. A Alma e a Mente não existem no mesmo lugar. Não podem andar de mãos dadas, por assim dizer; elas podem funcionar conjuntamente, mas não podem ocupar o mesmo espaço. Não são uma e a mesma, nem deviam ser pensadas como idênticas. A Mente é uma coisa, a Alma é outra completamente diferente. Ambas têm uma finalidade e uma função na experiência humana.
O problema com a Vida é que nós não a entendemos. E é por isso ela se tornou tão problemática.
Muito pouco na Vida está funcionando da forma como deveria estar. Eu quero dizer, não era para ser esta ruptura, esta desarticulação, este desapontamento. Nunca houve a intenção de que fosse esta dificuldade ou esta injúria ou este desafio.
Tendo isto sido dito, toda a Vida é desafiadora desde o início, para cada espécie emergente, porque todas as espécies passaram os seus momentos de desenvolvimento iniciais tentando descobrir as coisas, tentando “perceber” o que se passava, tentando compreender o que não compreendiam… a compreensão do que mudaria tudo.
Nós, humanos, passamos, de longe, muito mais tempo nesta parte do processo evolutivo. E quando as espécies passam muito tempo na sua fase inicial de desenvolvimento, correm o perigo de nunca mais sair dessa fase - a razão principal pela qual, funcionando a partir de um nível de consciência extremamente limitado, as espécies simplesmente se extinguem por força dos seus próprios comportamentos.
Ela o faz por si mesma. Extingue-se na sua Forma de Vida particular. Não a Própria Vida, mas a Vida nessa forma específica.
Este é o perigo que nos espreita. Nós humanos somos como espécies emergentes, não cometamos erros com isto. Não façamos interpretações erradas à volta disto. Qualquer um que pense que o Homo Sapiens é uma espécie altamente evoluída precisa apenas olhar para os nossos comportamentos colectivos. Será rapidamente desenganado desta noção.
Assim, vamos ser claros. Estamos nos momentos iniciais do nosso desenvolvimento, da nossa evolução. Estamos ainda tentando descobrir as coisas, ainda tentando compreender o que se passa aqui. E estamos cometendo um erro enorme à medida que procuramos as nossas respostas: estamos usando a nossa Mente como a nossa principal ferramenta de investigação.
Trata-se de um enorme erro porque as respostas que procuramos não vão ser, e não podem ser nunca, encontradas na nossa Mente. O que é tentador é que quase podemos chegar lá. Quase podemos compreender. Mas não podemos perceber plenamente o que precisamos perceber a fim de nos movermos do processo evolutivo para diante, senão em ritmo mais lento.
E então nós nos encontramos numa imobilização virtual. Não fizemos nenhum avanço evolutivo durante milhares de anos.
Ainda pensamos que estamos separados uns dos outros e de tudo o mais.
Ainda pensamos que “não há o suficiente”, e que temos que lutar uns com os outros para termos o “suficiente”.
Ainda pensamos que temos que nos matar se não tivermos o “suficiente” lutando uns com os outros.
Ainda pensamos, mesmo depois de termos o “suficiente”, que não temos o “suficiente”.
Estes são os pensamentos das espécies iniciais, de uma raça muito primitiva. E estes são os mesmos pensamentos que conduzem o motor da atual experiência da humanidade – da nossa economia, da nossa política, dos nossos sistemas sociais de todo o tipo e, sim, mesmo das nossas religiões.
Estes são os pensamentos que contamos à nossa descendência nas estórias a que chamamos “educação”. E o problema é que estes são apenas os “pensamentos”.
Enquanto ficarmos com os nossos “pensamentos” e lhes chamarmos “verdade”, nós permaneceremos como espécies primitivas. Enquanto insistirmos em usar a nossa Mente como a ferramenta principal das nossas investigações, estaremos perdidos no labirinto, incapazes de encontrar o nosso caminho para fora dele. Permaneceremos numa prisão elaborada por nós mesmos.
O que nós precisamos agora é o que o filósofo Alan Sahsa Lithman chama de “uma mutação de consciência”.

Neale Donald Walsch


sábado, 12 de novembro de 2016

O Link -





Os Anjos também riem





Não pude deixar de sorrir…ou para mais verdade…rir, um riso contagiante porque não era só meu, uma “catrefada” de anjos ria comigo.
A uma mensagem enviada ontem com o título “Tu Fazes a Diferença”, recebi uma resposta em que perguntavam onde estava o Link para subscrever a petição…
Queridos amigos, esta resposta foi óptima por dois motivos, um por despoletar uma onda tão salutar como é o riso, o outro, por proporcionar a pertinente e premente reflexão que partilho convosco.
Reflicto sobre a intensa formatação duma elevada percentagem da humanidade que olha mas não vê, que lê em diagonal, que percepciona enviesado, que sofre, mas que deitou fora os coadores. Tudo que entra, sai… os filtros onde pudessem reter e usar as soluções e os bálsamos para os seus sofrimentos, carências e desarmonias, deixaram de existir; nas correntes dessas condutas abertas que desaguam no nada, aparecem por vezes os Link`s, palitos de salvação da tranquilidade da consciência que endossam para um qualquer abaixo-assinado, do qual nos esquecemos no mesmo instante sem nos perguntarmos de que forma, por acção ou omissão, contribuo eu, para a existência deste mal?
Amigos, penso que ainda não existem endereços informáticos  (email`s) no Céu…No apogeu da tumultuosa e densa energia que envolve o nosso planeta e consequentemente aos seus habitantes, existem “saídas de emergência” para as quais é preciso achar a direcção, uma delas é:  Eu@Reflexão@Mudança 
Voltando ao teor da mensagem que deu aso a esta partilha e ao apelo à oração dos últimos tempos, sabem, eu não rezo!…Eu falo, converso, rio, choro, ouço, aprendo, com a nossa família estelar, amorosos guardiões daquilo em que depomos a nossa intenção pelos cuidados, reconhecimento, amor, gratidão, respeito!..seja a uma flor, um pássaro, uma pessoa, ou qualquer forma da criação.
Faço-o num formato simples, a que todos têm acesso, convencionado pela denominação de Prece ou Oração, que nada mais é, que a forma directa de comunicação com os Poderes do Universo, e com a essência plena de Deus em mim/nós.


Maria Adelina



quarta-feira, 9 de novembro de 2016

A Energia e os Conflitos




Energia 

O átomo tem 99,9999% de energia e 0,0000% de matéria. Nós somos feitos de átomos, por isso somos feitos de energia. E a energia emite ondas. As ondas vibram. A frequência a que cada onda vibra - a quantidade de vezes que a onda vibra - é denominada de frequência vibratória.
Quanto menor a frequência vibratória, isto é, quanto menos uma onda vibrar, menos energia produz e mais densa é. Quanto maior a frequência vibratória, isto é, quanto mais vezes a onda vibrar, mais energia produz, menos densa é, mais alta é. E quando as ondas produzem energia, elas produzem luz. Consequentemente, quanto mais alta a vibração do nosso campo magnético, da nossa dimensão energética, mais luz produzimos, como seres de Luz que somos.
E quais são as "coisas" que activam uma altíssima frequência vibratória? Antes de tudo, o amor. Sentir o amor. Depois, sentir a gratidão. Todas essas emoções mais altas, mais nobres, promovem uma altíssima frequência vibratória. E como a vida é um eco, se nós vibramos muito alto, nós emanamos energia alta, leve, subtil, consequentemente vamos atrair situações com a mesma frequência vibratória.
É curioso notar que as pessoas conflituosas estão sempre a brigar com alguém, porque a frequência vibratória delas precisa de se alimentar de conflito. Uma altíssima frequência vibratória precisa de se alimentar de amor, por isso não consegue estar em lugares, ou junto de pessoas, que não tenham uma frequência vibratória semelhante.
Uma das formas de mantermos a nossa frequência vibratória alta é, como aprendi um dia:
- Rejeitar a violência em qualquer uma de suas formas.
Às vezes o conflito é-nos apresentado de uma forma extremamente subtil, mas se estivermos sempre a trabalhar a nossa energia, se estivermos sempre a protegê-la, através de pensamentos mais altos, acções mais altas, vamos sentir -nos estranhos perante essa energia de conflito. A densidade não escapa ao detector energético mais alto.
Tudo o que temos que fazer é rejeitar o conflito dentro de nós, e afastarmo-nos de pessoas que insistam em propor conflito. Qualquer tipo de conflito. Essa é uma forma incrível de manter uma frequência vibratória alta. E quanto mais alta a nossa frequência vibratória, maior o nosso canal, maior a nossa Conexão e mais alto conseguimos subir, para nos encontrarmos com a energia mais alta do Céu.
Sempre à procura da Grande Luz.

Alexandra Solnado



A crise de civilização - Reflexão mais actual que nunca

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Há dias assim...





Que o céu nos presenteia com olhares antigos e em cujo abraço profundo se dilui o cansaço

Em que nas palavras ditas e nas por dizer encontramos o consolo à lide que nos é dado viver

Que diz o nosso nome com a entoação certa e sabe a nossa canção preferida

Em que emprestar o ombro não é uma metáfora, e em cujos olhos cabemos por inteiro

Há dias assim, em que acreditamos na palavra amizade


Grata



sábado, 5 de novembro de 2016

O Ofício da Vida





O ofício da vida, não é o mesmo que viver, e o viver de hoje, pauta-se por um enunciado que deve estar sempre presente, é que vivemos tempos nunca antes registados nos anais dos arquivos históricos comuns.
No termo de um ciclo cósmico de 26.000 anos (Precessão), toda a radiância universal da qual fazemos parte, deve ser sempre analisada, compreendida e aceite sob esta premissa.
Este ciclo (salto quântico), se por um lado coloca a descoberto toda a frágil estrutura sustentadora da civilização actual, por outro, entrega-nos numa “bandeja dourada” os meios de acoplamento à maestria adormecida e à faculdade do seu usufruto.
Maestria é a energia que se irradia na quietude, no silêncio, é a paz que extravasa além da máscara figurada. Maestria não é meta a alcançar mas o caminho dia-a-dia.
Pode comparar-se a um processo de renascimento contínuo pela libertação dos conceitos impressos na memória ancestral das nossas múltiplas vidas, e à emersão de saberes e iluminação acumulados nessas vivências pretéritas e paralelas...vivemos tempos de acertos, e redenção.
As mensagens exteriores vão rareando, para que cada Ser crie em si, o espaço onde possa escutar a sua própria voz, para tal, basta apenas sintonizar o canal fidedigno que liga cada um de nós ao Imanifestado do qual, somos a expressão manifesta.
O ofício da vida, em essência, é a revelação da simplicidade, nossa busca inconsciente pelo caminho de retorno ao âmago da Unidade. É a capacidade construtiva de transcender as alcabalas da ilusão material, elas também, causa e efeito, da experiência programada.
A vida no seu melhor ofício é a energia expressa em cada luzeiro cósmico, o fogo ígneo que todos albergamos no coração – quando desperto, quando consciente, quando presente.


Maria Adelina






quinta-feira, 3 de novembro de 2016



Quantos anos tenho?

…O que importa se faço vinte, quarenta ou sessenta?!
O que importa é a idade que sinto.
Tenho os anos que necessito para viver livre e sem medos.
Para seguir sem temor pelo trilho, pois levo comigo a experiência adquirida e a força dos meus anseios.
Quantos anos tenho?
Isso a quem importa?
Tenho os anos necessários para perder o medo, e fazer o que quero e o que sinto.

José Saramago

quarta-feira, 2 de novembro de 2016





Há dias assim

Em que a saudade, é a aragem do Outono que chega
Trás com mais intensidade o aroma que o chá evola
Goles pausados que espacejam  a memória  fluída
Que aviva a Alma e a chama da lareira esquecida
Há dias assim... em que a saudade, 
é o retrato imaginado de alguém que nunca existiu



terça-feira, 1 de novembro de 2016

Perdas




Perdas
 
Perdas dolorosas desgarram os seres
São sofrimentos que a mente não traduz
Quanto maior a dor, maior a negação do conceito de Deus
Querido Ser, só no além-mente, podes encontrar as razões
 
Se fechaste as janelas da tua percepção ao propósito da criação,
E de lutos pesados, fazes capa e espada, de revolta e acusação
Querido Ser, como podes tu compreender,
O que vai além da tua percepção e visão
 
Choram a partida de um filho, de um amigo
E afirmam: em Deus não acredito!
Rejeitando a existência  doutros prados
Onde já labuta esse ente querido………….
 
Querido Ser descerra as cortinas, os véus da ilusão
Se estamos de passagem por esta dimensão!
Escuta o sino que repica no teu coração!
Que da consciência suprema é ínfima parte
 
E é também,
 
O mapa que te guia àquilo que renegas, porque Deus, és Tu também.


Maria Adelina - Do Livro: Hieróglifos do Cosmos
 
 
 



segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Saudade



A saudade não está na distância, mas numa súbita fractura de nós, num quebrar de alma em que todas as coisas se afundam.


Vergílio Ferreira



sexta-feira, 21 de outubro de 2016




Contra toda a lógica, hoje o rio não corria em direcção ao mar, mas vi o mar correr em direcção ao rio.
Cavaleiros apocalípticos com capas rendadas de alva espuma, fúrias enlaçadas, irrompiam no quebra-mar para se estenderem serenos no leito do rio, como um filho cansado no colo de sua mãe. E o céu abriu-se num sorriso luminoso de saudação, e murmurou suavemente... bem-vinda filha do sol e da lua ao reino onde os poetas se inspiram e os sonhos dormem.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

As “frases de outdoor”





As “frases de outdoor”

Confesso a saturação! Da multiplicidade e duplicação das “frases de outdoor”.
Como sabemos, os outdoors são uma ferramenta de propaganda e publicidade colocados em locais de grande visibilidade onde se anunciam produtos e se promove a comercialização dos mesmos.
Hoje, e graças às montras que são as redes sociais com especial ênfase no facebook, usa-se e abusa-se dos “recados” endossados com frases possivelmente dúbias no seu conteúdo, deletérias no seu endosso ou intenção.
Estas frases, muitas delas retiradas que são do contexto dado pelo seu autor original tornam-se armas de arremesso envenenadas, não para quem são dirigidas mas para quem as arremessa.
Senão vejamos…O ego/narcisismo está de tal forma entranhado na maioria da população que a fórmula de enviar as “frases de outdoor” é sempre na 2ª ou 3ª pessoa, ou seja: os outros são, os outros devem, os outros pecam, os outros fazem, etc. etc. etc. Esta mesma condição do ego/narcisismo não permite que quem as lê se reconheça nelas ou que lhe sirva de qualquer alerta ou lição, e vai daí  “passa a bola”, faz “copy/paste”  expondo na sua montra aquela frase que considera tão adequada para os seus desafectos verem…e o circuito está em andamento num sem-fim de repetitivo uso de excertos ou frases cujo significado (e porque desenquadradas) provavelmente nunca foi a dos seus autores, quase sempre nomes de personalidades que certifiquem as mesmas.
Analisado sob a óptica da Lei da Atracção, este comportamento é um livre-trânsito para a ida e volta da negatividade, mágoa e raiva encoberta, que maioritariamente estas frases expressam. O efeito é o de um boomerang, porque repetida milhares de vezes, outras tantas retorna ao seu emissor.
Por favor…vamos ser corajosos na autocrítica - criativos na partilha - autênticos na avaliação e cura dos nossos sentires - francos na interacção com os demais – leais, nos papéis que nos é dado viver; tudo aquilo que a intenção da divulgação dessas frases, não é.


A.




quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Amada Chuva Peregrina




Chuva

Chuva abençoada que regas os sulcos áridos da madrugada
Som ritmado de gotas de cristal, dos sonhos o  Graal
Manta de orvalho prateada, aconchego do sono perdido
No labirinto cerzido pelas mãos que se fundem
Aliança de fogo que irradia em sopros de poesia
Amada chuva...peregrina...

A.


segunda-feira, 10 de outubro de 2016





O Choro ou os Lutos 

Tenho dito muitas vezes que chorar é terapêutico. Na realidade um Karma não é mais do que uma dor de uma Vida Passada, da qual não se fez o luto. Por isso essa dor vai estar vezes sem conta a ser evocada pela vida. A vida vai trazer-nos situações variadas, mas que provocam sempre a mesma dor. Para que cada um de nós aceite, se renda e consiga chorá-la.
Sempre que o evento que nos acontece tem como objectivo limpar uma dor antiga, o que acontece é completamente desproporcional. A dor tremenda que sentimos é maior do que o evento que nos aconteceu. E porquê? Porque a dor é aquela lá daquela vida, lá de trás. Este evento que está a acontecer agora, ele só existe para evocar aquela dor. Por isso, o ideal é eu conseguir chorar essa dor sem julgar, sem deixar o ego interferir:
- "Que disparate! Estás a chorar tanto por esta coisinha sem importância! Isso não tem lógica nenhuma."
Como diz Jesus:
- A tristeza não tem que ter lógica. Não está no domínio da lógica. Está no domínio da emoção. E essa, não é possível medir se é muita ou pouca. Não há como saber se é adequada ou despropositada. Tu só tens que fazer uma coisa: Ligação directa com o coração. Sentiu, chorou. Doeu, chorou. Emocionou, chorou. Para limpar. Sempre para limpar.
Nem todo o choro é terapêutico. O choro por vitimização não é terapêutico. O choro por pena é. O choro por vitimização é aquele em que achamos que os outros nos fizeram mal. Ou que a própria vida nos fez mal. A pessoa acredita mesmo que não fez nada para atrair aquela situação, que o Universo tem alguns acidentes, e que aquele foi um deles. Não acredita que as coisas são perfeitas, acha que a vida é aleatória e que não é uma consequência das nossas escolhas nesta ou noutra vida. Essa pessoa não está pronta para mudar e esse choro não é terapêutico, pois é um choro de quem quer mudar os outros que lhe fizeram mal, quer mudar o que lhe fizeram, mas não quer mudar -se a si próprio. Não vale.
O choro por pena, esse sim, é válido. É aquele em que a pessoa não faz juízo de valores, não julga, ela só tem pena... ela sabe que foram as suas próprias escolhas que atraíram aquela situação. Sabe que é a energia que ainda tem, a energia pela qual ela ainda vibra, que está a atrair esta situação, então ela chora de rendição, de pena de as coisas ainda serem assim, de ainda não ter conseguido mudar, de ainda ter de passar por aquilo para aprender. E esse choro é o mais poderoso de todos. Porque na realidade ele toca o âmago, o lugar mais impenetrável do ser humano. Ele toca a sua Alma. E quando a toca, dá autorização para que ela acorde. E é aí que a pessoa aceita expor a sua Alma, aceita expor a sua fragilidade. Quando a pessoa aceita que dói, ela perde a força, o ego desactiva-se durante um instante e a Alma pode finalmente manifestar-se. E é por isso que depois começam a acontecer milagres. A própria vida começa a acontecer sozinha porque sempre que nós tocamos na Alma, a sua força cresce tanto que nos leva para onde temos que ir.
Como ouvi certa vez:
- "Nós não temos de fazer as coisas acontecerem. Nós só temos de permitir que elas aconteçam, porque elas acontecem sozinhas."



Alexandra Solnado