Pobre
Natal, pobres de nós…
Creio
que a maioria não se apercebe que esta fase “natalícia” é uma das mais dramáticas
do ano, crises pessoais, acidentes terríveis, desastres naturais, mortes
colectivas, depressões limites, tudo muito bem disfarçado pela média social, o
brilho das lantejoulas e dos néon`s, as festas onde corre o álcool e o
desperdício alimentar, o estupidificante consumismo, e o desgarrador vazio interior
daqueles que ainda sentem. Porque será? Lembremos que é a nossa energia
colectiva que gera a vibração de retorno do Universo.
-Nas
grandes superfícies comerciais, tal qual circos romanos as pessoas atropelam-se
e gladiam-se para arrepanharem a última posta sangrenta do cabrito ou do leitão
(em promoção) bebés do reino animal
arrancados às suas mães cativas da abominação do homem
-Nas
caridosas organizações de cariz social preparam-se as mesas e as fartas panelas
que por uma noite vão encher os estômagos quase sempre vazios dos rejeitados,
mostrar-lhes quão boa e farta é a comida! Acabado o jantar, com os corações
cheios de piedosa arrogância pelo dever (cristão)
cumprido, ála que se faz tarde, varrem-se os comensais para a rua, até para o
ano…se Deus quiser
-Nas
lojas finas, nas ourivesarias, compra-se a pronto o débito de um ano inteiro, a
falta de amor, de presença, de fraternidade, de cooperação. Filhos,
companheiros, pais, amigos, são compensados, pelo valor numa etiqueta de cartão
-E
o dia de natal acorda ao som irritante dos brinquedos novos feitos pelos
escravos de além–mar (quantas vezes crianças
também) e os jogos electrónicos que grande invenção, vão hipnotizar as crianças
diante de um ecrã por horas, dias, o ano inteiro, de preferência até ao próximo
natal..
E
tudo isto é criado, organizado, vivido, como uma festividade em nome de Deus! De
Jesus menino (que maioritariamente não é sequer lembrado nesse dia) para homenagear o seu nascimento no plano terrestre e a sua missão
entre os homens…
Despertar, despertar, despertar!...
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