Bem-vindos a este espaço de partilha de todos para todos
terça-feira, 31 de julho de 2018
segunda-feira, 30 de julho de 2018
30 de Julho - Dia Internacional da Amizade
Amizade
Segundo Aristóteles,
“Fruto do hábito e da vontade, a amizade,
- que se eleva à categoria de virtude –
é uma disposição permanente que decorre
de uma escolha livre e recíproca.
Além disso, o outro é amado por ele próprio
e não por um cálculo mais ou menos egoísta.
Aristóteles desqualifica as amizades
estabelecidas
com base na utilidade ou simples prazer.”
“Esta concepção muito forte da amizade
encontra-se em Montaigne:
«Na verdadeira amizade, diz ele,
dou-me ao meu amigo mais do que dele quero para mim.
» Sob esta forma, a amizade é considerada desde
a Antiguidade como a própria expressão da
felicidade.”
quinta-feira, 26 de julho de 2018
segunda-feira, 23 de julho de 2018
Portugueses e Portuguesas - Coragem precisa-se! Para que emerja a verdade sentida na Alma Portuguesa
Portugueses e Portuguesas
Todos nos chocamos com a
separação de crianças dos seus pais que se encontram ilegalmente num país, mas
fazem-se leis que legitimam a possibilidade de se afastar definitivamente uma
criança da sua mãe
Vários políticos portugueses
incluindo o Presidente da República dirigem-se a nós dizendo portuguesas e
portugueses… Para mim é estranho já que a gramática portuguesa diz que o plural
se diz no masculino quando o conjunto a que se refere contém elementos masculinos.
Em conversa, disseram-me que
a expressão usada pretende dar uma tónica de respeito pelas mulheres afirmando
a importância do seu papel na sociedade. Conformei-me!
Entretanto, muito se tem
dito em defesa das mulheres e do seu reconhecimento na sociedade, infelizmente
grande parte é, a meu ver, asneira. Ultimamente o tema tem evoluído e parece já
não ser tema as mulheres mas as pessoas de sexo X. O que é isto? Uma invenção
no sentido de nos indiferenciar, de nos convencer que aquilo que somos pode ser
mudado só porque não queremos ser o que somos. Na prática pretende-se outra
coisa ainda mais perigosa que é a todo o custo apagar o conceito de verdade e
com isso conquistar a possibilidade de afirmar qualquer barbaridade, aplicar
qualquer política ou fazer uma qualquer lei impondo regras contra natura,
corroboradas em afirmações falsas, renomeadas por novas verdades da era da
pós-verdade (onde “factos objectivos têm menos influência na formação da
opinião pública do que os apelos à emoção e a crenças pessoais”). Esta ideia é
de facto maquiavélica, mas, infelizmente, eu não estou a delirar. Isto está
mesmo a acontecer e já há bastante tempo.
São exemplo do que disse
todos os temas que dizem respeito à vida humana. Por exemplo o aborto é
apresentado como uma medida de respeito pela liberdade da mulher. Na realidade
todos sabemos, mas não nos convém admitir, que tudo na vida em sociedade nos
condiciona a liberdade de acção. Não posso ir a um restaurante se não puder
pagar porque prejudico o dono do restaurante, não posso conduzir com um
determinado nível de álcool no sangue porque posso, sem querer, matar alguém,
mas posso ter relações sexuais ocasionais apenas por desejo de prazer e, sem
querer, conceber alguém. Nestes casos já posso matar alguém porque esse alguém
depende unicamente de mim, domino-o inteiramente, sou dona desse alguém e
portanto decido sobre o seu destino com base no que acho que é melhor para mim.
Na pós-verdade, isso chama-se liberdade e respeito pelo corpo da mulher.
Outro exemplo são as
barrigas de aluguer que, na pós-verdade, se chamam maternidade de substituição.
Todos estamos chocados com a separação de crianças dos seus pais que se
encontram ilegalmente num país, porém fazem-se leis que tornam legal a
possibilidade de se afastar definitivamente uma criança da sua mãe, à nascença,
e sem possibilidade de um dia mais tarde saber quem é a sua mãe. Chama-se a
isto, na pós-verdade, direito de ser mãe. Último exemplo, embora existam muitos
mais, é a mudança de sexo no cartão do cidadão. Um rapaz fisicamente rapaz,
cujo corpo produz as hormonas próprias do sexo masculino e que tem os
cromossomas do sexo masculino, sente-se rapariga e quer que a sociedade o
reconheça no grupo das raparigas. Chama-se a este sintoma de perturbação
psicológica, na pós-verdade, liberdade de escolha da identidade sexual.
Resolvi escrever sobre isto,
sobressaltada com a notícia que li relativa à legislação inglesa que proíbe
o tratamento de perturbações relacionadas com a identidade sexual. Este
caso não é o único. Em 2016 Malta aprovou uma lei para «afirmar que nenhuma
orientação sexual, identidade de género e expressão de género constitui
perturbação, doença, deficiência, incapacidade ou anomalia; e para proibir
práticas de conversão como acto enganador e prejudicial…» Todas as pessoas
acusadas de práticas «terapias de conversão» serão multadas até €10,000 e um
ano de cadeia.
Se a destruição da verdade
já é, por si, dramática, torna-se perigosíssima quando as mentiras são
convertidas em verdades e os legisladores as impõem à sociedade. Se já é grave
haver leis que permitam coisas erradas em nome de mentiras tornadas verdade,
pior é quando nos obrigam a fazer aquilo que é errado e nos proíbem de agir
bem. Essa é a realidade dos psicólogos e psiquiatras em Inglaterra, em Malta, e
não só. Existem imensos casos que comprovam que a percepção errada do sexo é
uma questão que pode ser clinicamente aborda quando a pessoa não se sente bem
com isso, no entanto essa alternativa está agora vedada em alguns países. Não
me fico só por palavras mas deixo-vos dois links (este e este) com casos concretos que ilustram o que afirmo.
Tal como com qualquer
sofrimento de natureza psicológica, cada pessoa merece o nosso respeito mesmo
quando não quer ser tratada ou quando o tratamento não é eficaz. Isto que acabo
de dizer é óbvio porque todas as pessoas independentemente das suas
circunstâncias merecem ser respeitadas, mas, hoje em dia, se não fizer esta
ressalva, corro o risco de ser imediatamente catalogada como homofóbica e
outras coisas piores.
A história diz-nos que a
sucessão de acontecimentos obedece a ciclos. Tivemos na Europa ciclos de paz e
ciclos de guerra ou ciclos de ditaduras disseminadas por muitos países e ciclos
de vivências mais democráticas. Acredito que o que estamos a viver nos está a
levar para novas formas de ditadura e que portanto estamos a passar um ciclo
mau. Está nas nossas mãos inverter a situação. Não é voltar atrás. Isso nunca
acontece e ainda bem. Refiro-me a tomar consciência, aprender com os erros que
estão a ser cometidos, e avançar para um novo ciclo onde a verdade volta a ser
um valor a preservar. Estou portanto assustada mas cheia de esperança porque a
verdade é como o azeite, vem sempre ao de cima. Escrevo sobre este tema
procurando dar um pequeníssimo contributo para o novo ciclo que talvez não me beneficie
a mim, mas aos meus filhos e netos.
Rita Fontaura
sexta-feira, 20 de julho de 2018
Bem-Estar Integral - Abertura d´Alma Versus Rigidez Espiritual
Abertura d´Alma Versus Rigidez Espiritual
No
Momentum destes Tempos de Mudança quantas forças se movem, encaixam e
repelem. Debrucemo-nos sobre a Psique, não no sentido pelo qual a maior parte
de nós conhece a palavra, mas no seu significado mais antigo e
profundo: Psique ou “Psiquê” vem do grego e significa Alma.
A
Alma ou Anima é aquilo que anima, que dá vida à matéria. É a nossa faceta
imortal, divina. É o veículo que nos liga ao Espírito = Supra Consciência.
Nenhum
Ser vive sem estar ligado ao Espírito, e todos nós temos um veículo condutor,
subtil, ao qual chamamos Alma. Não é possível separar um corpo material do seu
espírito, e do veículo que o liga à sua fonte primordial. Existe ainda um
desconhecimento de muitos sobre esta realidade.
Se
hipoteticamente isso pudesse acontecer, uma separação, essas pessoas seriam
apenas meios – seres, incompletos, e a sua “anima”, a sua luz, extinguir-se-ia,
tão certo como o Sol desaparece cada dia no horizonte.
-
Sempre que pensamos que não estamos voltados para o espiritual, como quando
ouvimos alguém dizer: "estamos aqui para falar de coisas sérias e não de
espiritualidades" ou então: "até acredito na espiritualidade, mas estamos aqui
para tratar de assuntos reais" somos, ou estamos a tornarmo-nos em seres
deficientes (aliás é a única deficiência que eu reconheço) a deficiência do
bloqueio espiritual.
-
Quando o ego coadjuvado pela ignorância nos separa da nossa Alma,
tornamo-nos rígidos de sentimentos, de postura social, e até nos traços
físicos…E esta rigidez reflecte-se normalmente em graves problemas de saúde a
nível estrutural.
-
Sempre que renegamos ou rejeitamos o Espírito, desligamos o interruptor da Luz, perdemos capacidades, neutralizamos a nossa lucidez. Continuamos no Caminho,
mas fazemo-lo na escuridão. Todos sabemos o quão difícil é caminhar por
veredas, e mais ainda, às escuras.
O
nosso veículo consciencial é de nossa inteira responsabilidade. A limpeza, a
manutenção, a nutrição, são condições fundamentais para o estado desse veículo.
- A
limpeza, é pela qualidade dos nossos pensamentos e consequentes acções
- A
manutenção, é o estado do SER, íntegro, harmonioso, simples e fraterno.
- A
nutrição é o trabalho que pode e deve ser feito continuamente, na procura
da elevação da consciência pelo conhecimento, pela gnose. E que esse trabalho
individual se transmute pela alquimia do amor incondicional em sabedoria.
A
expansão de consciência projecta-nos de degrau em degrau possibilitando e
facilitando a ligação, a comunicação com a nossa Alma. Com satisfação,
vemos como a “ciência” se vai reencontrando com a essência divina que é
inerente a todos nós. Existem neste momento uma infinidade de dados, de certificações,
de testes extraordinários, feitos por iminentes cientistas de todos os ramos. É
preciso apenas pesquisar, trabalhar, e aceitar aquilo que encontre eco no nosso
coração.
Mas
também vemos com alguma apreensão, que muitos seres se fecharam na sua redoma
de conhecimentos arcaicos, de pessoas empedernidas por conhecimentos académicos
ultrapassados, e por densos traumas pessoais que norteiam as suas posturas na
vida.
Vamos
dar prioridade ao que é válido! Há tanto campo para colher: reler Platão–
pesquisar a física quântica – estudar as ciências antiquíssimas como os Vedas
ou a Cabala – tomar conhecimento do trabalho incrível de pessoas que
actualmente estudam o Cosmos, e tanto mais.
Vamos
integrar flexibilidade no nosso corpo mental e das nossas
crenças, vamos fazer da nossa vida uma “dança” subtil e harmoniosa de
integração entre a matéria e o subtil, entre o humano e o divino.
Maria
Adelina de Jesus Lopes
segunda-feira, 16 de julho de 2018
Desmistificar A Hiperatividade
E porque
estamos em tempo de férias…
Tenho a
noção exacta do impacto de algumas das afirmações desta entrega, em especial a
de apresentar um conceito de responsabilização da sociedade.
Há vários
anos que este tema cruzou o meu caminho, e continua…
Sempre
encontrei concordância no meu Eu com a informação que surgia, mas não com a
forma de encarar a situação, que em alguns meios era uma pedra no sapato. E o
procedimento de muita gente foi o de neutralizar a parte mais fraca……Há uns
anos, assisti a um seminário sobre os Índigo, ao colocar o meu parecer à organização de que achava que era a sociedade que carecia de mudanças e
adaptação, a resposta foi pronta e objectiva “se
disséssemos aos Pais e Educadores que deviam reflectir sobre os seus comportamentos
e formas de vida, ninguém vinha assistir aos seminários”…….
Desmistificar A Hiperatividade
As Crianças de Hoje são realmente diferentes, o
que não significa que tenham alguma deficiência ou perturbação.
“Todas as palavras que são utilizadas para
descrever mentes e comportamentos, favorecem alguém e prejudicam alguém”.
Há já alguns anos que ouvimos falar nas “Crianças
do Agora”, que têm sido divididas por grupos tais como os Índigo, Cristal entre
outros.
Existe ampla bibliografia que nos dá conta e
testemunho de que a partir dos anos 80 (ainda que muitas vieram antes
desta data) as crianças passaram a ter diferenças notórias em relação às
gerações anteriores.
Uma das características base destas crianças é a
sua estrutura cerebral, que lhes permite utilizar em simultâneo os dois
hemisférios cerebrais o esquerdo, e o direito.
A humanidade, ao longo dos últimos séculos usou
predominantemente o hemisfério esquerdo, cujas características são a lógica e a
racionalidade intelectual.
O equilíbrio proporcionado pela utilização dos
dois hemisférios, trás à criança novos potenciais baseados na criatividade,
intuição e espiritualidade.
Mas as “provas” vão mais além! Existem testes científicos
que comprovam que as crianças estão a desenvolver novas cadeias de ADN, ou
seja, a mudança é profunda, vem do âmago da nossa biologia.
Quantas vezes temos falado do salto quântico do
planeta, dos “Tempos de Mudança”….Pois assim como as vibrações planetárias se
alteram, assim a nossa biologia tem forçosamente que ser alterada.
Estas modificações representam o tornar mais
subtis os nossos corpos e a energia que nos circunda e vivifica.
A muitas das Crianças do Agora é-lhes imputada
hiperactividade nas suas diversas variantes e nuances, perfeitamente explicadas
por alguns psicólogos, psiquiatras, pediatras, etc.
O trabalho de recolha de dados destes técnicos, o
mapa ou perfil das Crianças baseados nesses trabalhos é de louvar.
Desde sempre, o ser humano no seu caminho
evolutivo debateu-se com o medo do novo, do desconhecido, mais ainda quando
esse “novo” vem mexer com o comodismo, com o habitual, com formas de estar
na vida obsoletas e estagnantes da nossa evolução consciencial.
O papel que as Crianças do Agora estão a
desempenhar, é o do guerreiro da mudança, do toque a despertar para outros
paradigmas e formas de ser, desta nossa humanidade.
Ou seja, as crianças na sua larga maioria não têm
“problema” algum.
Nós, a sociedade em geral, pais, professores, sim devemos reflectir e promover mudanças! O que temos, é um largo caminho a percorrer, a prova imponente
de ultrapassar a fasquia da materialidade, da competitividade, da desigualdade,
do egocentrismo aonde nos conduziu o nosso desligamento até à data.
As Crianças do Agora, são os precursores de uma
nova humanidade, são os espelhos onde podemos ver reflectidos tudo aquilo que
temos que mudar no nosso comportamento e postura de vida, quer individual, quer
colectivamente.
Estas mudanças são urgentes e passam por temas tão
diversos como sejam os comportamentos dos Pais/Filhos, Pais/Sociedade, Sistemas
de Ensino, Justiça Social, entre outros.
Sim porque ainda que não pareça, estas crianças
são profundas observadoras do meio, e não conseguem aceitar os sistemas
desumanos onde estão inseridas, porque a nível celular eles sabem que vieram
com uma missão.
“Somos Seres num Universo vivo, dinâmico e
profundamente espiritual, onde nada faz sentido sem a consciência cósmica das
realidades naturais que são a nossa própria essência”
Não podemos englobar num rótulo, a chegada dos
Seres maravilhosos que são as Crianças do Agora. Mais ainda, não podemos
cometer os erros de outras eras onde a “difeciência”, levou ás mais negras
páginas da história da humanidade. Não podemos aceitar que a avidez encontre
mercado nas crianças. Não podemos aceitar que se esquematize a “diferença” para
manipulação e proveito de algumas classes.
Não podemos permitir-nos o caminho mais fácil, que
é tentar modificar a estrutura psíquica da criança pelos fármacos.
Podemos sim! Encontrar pontes de comunicação,
tendo a sociedade, pais e educadores a noção de que muito temos a aprender, e
que as crianças do agora são os mestres.
Podemos sim! Dar bom e proveitoso uso a todo o
trabalho de compilação de dados, estatísticas e avaliações, analisá-las com a
percepção da intuição, do coração, e reformular o caduco desta velha sociedade.
Podemos sim! Encontrar em nós o Caminho de
Retorno, a Re – Ligação ao Ser Espiritual que somos, pois aí encontraremos a
intercessão com a missão das Crianças do Agora.
Que cada Pai e Mãe entenda o magnifico privilégio
de serem os Amparadores terrenos de uma criança, nestes Tempos de Mudança.
As frases em itálico são citações do livro:
“ Crianças Índigo – Novas Atitudes Pedagógicas”
Editado pela Universidade Fernando Pessoa
Recomendo a leitura deste livro e também do livro:
Crianças De Hoje de Meg Blackburn Losey
Aconselho a todos, e aos Pais em especial que não entreguem a sua responsabilidade a ninguém, procurem, investiguem, partilhem com outros Pais, reúnam grupos para se inter-ajudarem, pois se os vossos filhos têm uma Missão, vocês têm a Tarefa Sagrada de os ajudarem a cumpri-la.
Bem Hajam,
Maria Adelina
Do livro: Ponte de Palavras
quinta-feira, 12 de julho de 2018
A ALEGORIA DA CAVERNA DOS TEMPOS MODERNOS
A ALEGORIA
DA CAVERNA DOS TEMPOS MODERNOS
Nos últimos
tempos a atenção dos meios de comunicação social, nacionais e do mundo,
virou-se para uma pequena e profunda caverna na Tailândia. É claro que não fui
insensível ao desafio que aquelas crianças e o treinador viveram, mas fez-me
espécie e continuo a questionar-me sobre o exagero mediático, com directos
constantes, e o foco da solidariedade
colectiva que parece só emocionar-se pelos alvos que a imprensa elege e nos faz
entrar pelos écrans das Tvs, Ipods, Ipads, etc… Com tantos meninos no mundo
sequestrados diariamente na dor do sofrimento, causado por guerras, fome,
exploração, dramas familiares, privação do mínimo essencial a uma vida digna,
questiono-me a razão pela qual a imprensa elege uns e abafa outros, retirando
as suas imagens dos écrans que moldam a consciência de quem se compadece, apenas,
com os dramas daqueles que têm direito a horário nobre e escolhe não conhecer
os dramas de outros.
No entanto,
este episódio dos meninos presos na caverna na Tailândia mereceu a minha
atenção como uma espécie de alegoria ou exemplo que pais, educadores, a
sociedade em geral, podia aproveitar para se questionar sobre o nosso rumo
colectivo e individual, retirando proveitos para a educação dos meninos que, por cá, vivem sequestrados num
paradigma social e familiar, que lhes rouba a capacidade de enfrentarem e
aceitarem adversidades, como algo que decorre do fluir normal da vida. O
que mais tem impressionado toda agente é o facto daqueles meninos terem
demonstrado serenidade e total ausência de ansiedade ou pânico perante
circunstâncias tão adversas. Alguém até referiu que se este facto tivesse
ocorrido no ocidente ou com meninos ocidentais, o desfecho seria certamente
outro, pois não estamos a imaginar os nossos jovens a manter a serenidade e a
sobreviverem tanto tempo naquelas condições de isolamento profundo, privados de
tudo a que estão habituados e dão como um dado adquirido. E aqui é que me
parece estar o essencial deste acontecimento, que devia merecer a atenção da
comunicação social e de quem se emociona diante do écran, pois acreditando
profundamente que a Lei Universal da
Causa Efeito faz com que nada seja ao acaso, acredito que este
acontecimento tem de ter algum significado, pretende chamar a atenção para algo
ou dele podemos extrair alguma lição, encontrando aqui provavelmente a
explicação para a dimensão mundial que atingiu.
As crianças
e o seu treinador sobreviveram na caverna graças às técnicas de meditação que
este conhece bem, do seu passado de Monge Budista. Com o recurso à meditação,
as crianças focaram-se no momento presente, nas emoções desse tempo, eliminando
ansiedade pela projecção de um futuro, que ainda não tinha acontecido e que
podia nunca vir a acontecer, dada a dificuldade da sua situação. Mas não há Monge Budista que conseguisse
implantar estas técnicas num momento tão adverso, sem duas condições essenciais:
primeiro o paradigma de vida
daquelas crianças, pautado por uma vivência (cultural, religiosa, social) em
que a espiritualidade ou o foco em si, no seu interior, é um pilar essencial na
sua educação. Se aquelas crianças na sua vida normal estivessem viciadas nas
extensões tecnológicas do seu corpo, não conseguiriam sobreviver tanto tempo
privadas dos telemóveis, Ipods, Ipdas, facebooks, etc…, porque estando o
alimento da sua alma focado no exterior, jamais conseguiriam encontrar o foco
em si pela meditação. Este episódio mostrou-nos bem as diferenças entre dois paradigmas
civilizacionais: um fundado no indivíduo,
em que se procura a paz, a serenidade, a satisfação de si mesmo, com o foco
pessoal virado para o interior, onde nos encontramos iguais ou outro, com quem
partilhamos o caminho, inspirando-nos sentimentos de compaixão, amizade,
partilha; outro fundado no individualismo,
em que o foco pessoal está virado para fora, para o exterior onde procuramos a razão da existência, o que nos leva a uma postura
competitiva, egoísta, destruidora, porque tememos o outro na luta pelo domínio
do que desejamos fora de nós.
A segunda condição essencial para
o feliz desfecho foram os afectos daquele grupo, unidos pela amizade,
solidariedade, companheirismo, confiança uns nos outros e todos no seu líder.
Sim, porque há muito quem postule que o domínio da mente, seja pela meditação
ou outras técnicas, é essencial ou determinante para se atingir a serenidade. Sem dúvida! Mas a verdade é que acredito que
antes da mente e do pensamento é preciso serenar o coração, para alimentar a
mente com afectos. Como ouvi uma psicóloga a dizer, em jeito de comentário que
passou ao de leve e sem grande interesse para o jornalista interlocutor, “Não há mente saudável sem afectos”.
Quanto à
comunicação social era bom que tirasse proveito deste episódio e da
visibilidade dada à meditação: convinha que em vez de se focarem na exploração
do drama, insistindo em cenários prováveis e hipotéticos pelas insistentes
perguntas sobre o trauma que estas crianças podem vir a sofrer no futuro, se vão
ultrapassar este acontecimento, se
o treinador teve culpa, se os
pais vão perdoar o treinador,
etc…, focassem a sua atenção no
presente e explorassem as lições que podíamos tirar desta Alegoria da
Caverna dos Tempos Modernos.
Quanto a
nós, é mesmo premente pensarmos bem no que andamos a fazer com as nossas
crianças e jovens, enquanto criamos gerações inebriadas pela festa constante
dos festivais, viciadas no mundo virtual, das coisas, férias, cursos que se tem
desde que os pais paguem, mesmo que se endividem para isso, incapazes de
enfrentarem as adversidades que todos encontramos na vida real.
Marta Sobral
quarta-feira, 11 de julho de 2018
A todas as Crianças do Mundo - Hino de coragem, de conforto, de amor
CRIANÇA
Tu que sofres as agruras, que não escolheste, nesta vida desumana, destemperada de amor, carinho, compaixão pelo próximo…
Continuas a lutar.
Continuas a acreditar que os teus sonhos se podem concretizar.
Ninguém te pergunta se tens sede, fome, frio ou calor. Ignoram-te e simplesmente te afastam para que não estorves a sua paz oca. Para que, olhando para ti, não se obriguem a pensar nos seus actos movidos por vontades efémeras, e que, por isso mesmo, nada valem.
E é isso que eles preferem pensar: “ Nada vales, és insignificante neste mundo de gigantes”.
Mas tu, CRIANÇA, continuas a Sonhar, Acreditar que um dia algo pode mudar. E, aí, és Tu quem vai mostrar que de nada valeu ignorarem AS CRIANÇAS QUE O MUNDO VÃO MUDAR.
Maria Filomena Vieira
segunda-feira, 9 de julho de 2018
Portugal é...
Portugal
é
Sem
dúvida alguma
Um
reino como ele só!
Entre
toneladas de rock
E
outras tantas de futebol
Abafou-se
o pensar, o sentir
Da
maioria que tenta subsistir
Do idoso que tem que escolher
Do idoso que tem que escolher
Entre
os remédios e o comer
Do
trabalhador que baixa a fronte
Que
a migalha que ganha
É
o ponto alto do debate
Dos
orientadores da nação
Que
para eles guardaram
Cem
vezes mais do que dão
Como
se lhes pertencesse
A
riqueza do país
Ou
a vida do cidadão
Armados de decretos condenam
Armados de decretos condenam
À
miséria e ao estender a mão
Mas
de ti não tenho pena
Povo
de vã glória
Que
deixaste esmorecer
A
herança dos séculos suados
Salta
e pula nas arenas do rock
Ao
ritmo dos novos bobos da corte
Berra,
invectiva, deixar sair a besta
Nas
arenas dos craques das máfias
Em
que barril flutua a tua consciência
Onde
te afundaste nobre povo
Desperta agora! Ou serás em breve
Raça extinta de um reino
Raça extinta de um reino
Que
existirá apenas
Numa
memória do futuro
Viriato
(canalização)
sexta-feira, 6 de julho de 2018
segunda-feira, 2 de julho de 2018
SORRI, MAS PRINCIPALMENTE REFLECTI...
Confesso que este pequeno vídeo esteve para seguir o destino de tantos outros que me enviam, (sem abrir) dado que devo (DEVEMOS) ser rigorosa`S na escolha de dar atenção ao tanto que enche as nossas caixas de correio. E essa escolha deve ser criteriosa e atempada (não é positivo termos correio acumulado).
Mas ainda bem que a intuição indicou que devia ser visto e recomendo, admirei a arte do titereiro, sorri, mas principalmente foi impactante perceber, basta olhar para o que decorre à nossa volta, ciclicamente, como é o caso do futebol agora, que a maior parte dos seres humanos estão em modo "marioneta"...E que o chapéu enche...e no meio da básica sobrevivência da maioria, das indignas condições de saúde da maioria, da manifestada falta de meios (a todos os níveis) de educação escolar e verdadeira cultura (a todos os níveis), basta apenas darem a hipnótica música...e ninguém repara que é comandado, ninguém repara quem recolhe o chapéu...
MANIFESTO A MINHA INTENÇÃO ACREDITO E ESCOLHO
A PROFUNDA MUDANÇA E ELEVAÇÃO DESTA PÁTRIA COM RESPONSABILIDADE ACRESCIDA NA GÉNESE DA SUA CRIAÇÃO
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