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segunda-feira, 28 de agosto de 2017

O Turismo e as Lentes Embaciadas -



De não sei que mar, chegou uma onda de rejeição ao turismo que se estende por vários países europeus. Pergunto-me que critérios fomentam esta estranha aversão ao turismo e aos turistas obviamente, e a conclusão é algo complexa mas da qual podemos retirar grandes e proveitosas ilações, e lições práticas, para um renascimento da sociedade e do mundo.

Façamos então uma introspecção “naif” , cuja aspiração é apenas dar um “toque de alvorada” de honesta reflexão sobre a nossa responsabilidade individual como usuários/consumidores e a daqueles que promovem/licenciam este estado de coisas.

“Turista” é o que vai fazer a um país, cidade, lugar, aquilo que normalmente não faz no seu, seja o bom, seja o mau, está de passagem e como tal sente-se desresponsabilizado.
- O turismo “pé rapado” de moral e civismo que invade cidades costeiras no Verão, suja, conspurca, embebeda-se, faz desacatos dia e noite causando problemas aos residentes habituais. Lembremos que residentes, são famílias, crianças, que são expostas a estes comportamentos e os vão assimilando, por um suposto benefício de desenvolvimento económico que como sabemos nunca chega a eles…
- O turismo endinheirado que se desloca para os mais exóticos lugares do mundo e cujos divertimentos são os safaris de caça, a pesca desportiva, o turismo sexual e outros, com níveis variados de gravidade e ofensa à poluição dos mares com os combustíveis e dejectos dos barcos, ao habitat dos animais em África cujo stress (quando não mortandade) é notório nestas reservas “turísticas” e o mais aberrante, o da compra de seres humanos (muitas crianças ainda) para satisfação da monstruosa perversidade de que são feitos estes “turistas”
- Pelo turismo são as corridas aéreas tipo” Red Bull Air Race” com a sua tremenda poluição do ar, sonora, e circulação nas cidades. Sabem o custo deste evento? Seis milhões de euros, exacto leu bem…num país tão carenciado como Portugal por exemplo, sabe o quanto se podia fazer com este valor? Ou os Rali Dakar, será possível imaginar os danos ecológicos e da preservação e respeito pelas culturas nativas por onde circulam estes amantes da adrenalina? Com que fim? Que querem provar?
- Pelo turismo se promovem a tortura de touros numa arena – as lutas de animais – e as lutas de homens como no boxe onde se expõe a mais profunda bestialidade a que chamam “desporto”.
- Pelo turismo se conspurcam áreas naturais, reservas, para a construção dos “coliseus do agora” os mega recintos onde a música com frequências Hz muito além do aceitável para o cérebro humano provocam a alienação de milhões de jovens.

Outros exemplos de trazer por casa…
- Turistas são os milhares de pessoas, essencialmente jovens, que invadem as cidades (o Porto concretamente) à noite, principalmente aos fins-de-semana onde o centro das mesmas se tornaram antros de “diversão”… zonas históricas, prédios antigos, ruas tradicionais, moradores de longa data, mas, maioritariamente famílias de parcos recursos, humildes, trabalhadores, que viram a sua vida perturbada pela invasão dos bares, dos pub`s, das discotecas, das tascas, onde circula a alienação pelo álcool, pela droga, pela prostituição…e pelo ruído contínuo, que impede o essencial descanso nocturno. Incapazes de fazerem valer os seus mais básicos direitos, sabe quantas famílias, casais idosos, foram forçados a mudar de casa? Muitos…mas uma só seria demais…

Cada uma das situações exemplificadas rege-se pela norma mais básica da oferta e da procura, tantos e aberrantes comportamentos só existem porque a procura fomentou a oferta, e a procura é a massa humana a que todos pertencemos, directa ou indirectamente pensemos na nossa co-responsabilidade na existência e permanência destas situações, porque meus amigos omissão, silenciar, é permitir é concordar!

Somos nós os responsáveis pelo que os políticos criam e fomentam! Somos responsáveis ao omitirmo-nos dos nossos deveres cívicos, sociais, como por exemplo organizar comissões de moradores, de pais, de cidadãos, unidos em número suficiente para fazermos ouvir a nossa voz e dizer NÃO!

Somos responsáveis pela permissão dentro dos nossos lares da alienação via televisão, os programas de futebol que ocupam os canais em simultâneo em horários nobres e por tantos outros programas cujos conteúdos estão a fazer regredir a razão, o humanismo, a empatia, na raça que nos foi dada como meio evolutivo.

A melhor prova de tudo isto é que como “turistas cósmicos” que todos somos, em poucos séculos destruímos o nosso planeta/mãe, a Terra que agora se prepara para nos expulsar.

Por favor…vamos limpar as lentes, porque o reflexo do que vemos é um espelho.

Haja lucidez,  auto - honestidade, e  acção, que o tempo esgota-se…

Maria Adelina


quarta-feira, 23 de agosto de 2017

As redes sociais podem causar paranóia



O resultado é de uma pesquisa da King’s College London, no Reino Unido. 

Uma a cada cinco pessoas sofre de paranóia e o principal motivo pode ser o acesso frequente às redes sociais.
E, de acordo com a Sociedade Nacional para a Prevenção da Crueldade contra Crianças, o aumento de casos de auto-mutilação entre jovens, que representam o maior grupo de risco para a doença, pode estar associado a esse vício.
A necessidade de acompanhar as atualizações de amigos nas redes sociais o tempo todo, intrínseca à própria natureza do online – presente 24 horas por dia – acaba por prender as pessoas nesse ciclo vicioso.
“O mundo digital está a mudar a sociedade de uma forma que nos pode fazer sentir como se estivéssemos sob vigilância o tempo todo”, disse Philippa Garety, professora de psicologia clínica na King’s College London, ao Daily Mail.

“Tudo o que fazemos pode ser registado de alguma forma através da Internet, o que pode estar a desencadear essa ansiedade geral”, continuou.
De acordo com uma recente pesquisa da Sociedade Nacional para a Prevenção da Crueldade contra Crianças, 18.778 crianças entre 11 e 18 anos em Inglaterra e no País de Gales foram admitidas em hospitais por auto-mutilação em 2016. Trata-se de um aumento de 14% em relação ao ano anterior.
“A partir das milhares de ligações que as linhas diretas recebem, está claro que temos uma nação de crianças profundamente infelizes. Nós sabemos que essa infelicidade é, em parte, por causa da constante pressão que sentem em ter uma vida perfeita ou atingir uma certa imagem, que não é realista, impulsionada pelas redes sociais”, explicou Peter Wanless, chefe executivo da organização.
Devido à crescente preocupação sobre o assunto, pesquisadores da Royal College of Art, igualmente no Reino Unido, estão a desenvolver aplicativos que podem ajudar pessoas que sofrem de paranóia.
Quando o paciente se sentir desconfortável, poderá aceder e obter ajuda sobre o que fazer em situações específicas. Os aplicativos, um para pacientes com casos mais graves e outro para casos mais leves, poderão ser personalizados para cada utilizador durante sessão com um terapeuta, que saberá determinar o que desencadeia a paranóia do paciente e desenvolver a resposta ideal.
A equipa de pesquisa, liderada por Philippa, irá testá-lo em 360 pacientes para avaliar os possíveis benefícios dos aplicativos, que devem ser desenvolvidos no espaço de cinco anos, no máximo.
A paranóia é o medo injustificado de que alguém está sempre a tentar prejudicá-lo, física ou socialmente, ou prejudicar a sua reputação.
Na sua forma mais extrema pode levar à psicose, um problema de saúde mental que faz com que as pessoas percebam ou interpretem as coisas de maneira diferente daqueles ao seu redor, o que pode causar alucinações e/ou delírios.
No entanto, mesmo em casos menos graves, a doença pode levar à ansiedade, à dificuldade em trabalhar e de se relacionar com outras pessoas.


Move


sexta-feira, 11 de agosto de 2017

O que os animais pensam e sentem?

Sirenes dos Inocentes -

Tempos de mudança - também isto influencia o estado do mundo

Os "beija-flor"



Nas sociedades onde o marialvismo ainda é bem-visto o comportamento “beija-flor” é quantas vezes estimulado pela mesma sociedade, no entanto merece a nossa reflexão dado que este não é de forma alguma inócuo.
Tentando ganhar simpatia ou estatuto, usam as suas andanças como um cartão-de-visita entre os amigos, lisonjeiam-se ao contar as façanhas e os seus truques, como o mais conhecido que é optarem por chamar a todas as suas conquistas pelo mesmo nome “Flor”… Já perceberam? Exacto! Assim não correm o risco de lhes trocarem o nome por engano!
Na sua aparente leveza na forma, na realidade o beija-flor é muito semelhante ao morcego, ou seja, é um vampiro. Sim porque ele nem sequer é um bom polinizador, apenas extraí o mel ou o elixir por isso também é chamado chupa-flor.
Tal como o morcego que faz uso duma espécie de antena que lhes indica onde há sangue quente, o homem beija-flor está em constante alerta para captar a energia sem a qual ele não consegue existir. É por norma incoerente, dado que a sua capacidade coesiva é formada pelo que extraí das suas “flores”, obviamente diferentes na sua essência o que se traduz num discurso de conveniência conforme a ocasião. O seu gosto é diversificado, parasitando aqui e ali na procura de temperos variados que lhe tragam algum gosto à vida.
O reverso deste comportamento patológico que alguns podem considerar inofensivo, é na realidade devastador para muitas pessoas, as mais frágeis psico e emocionalmente, e que se permitiram tornar-se alimento da fome energética destes seres, para quem a descoberta de “novas ondas” é uma necessidade compulsiva. A devastação é mais grave e profunda naquelas que lhe estão directamente ligadas, como seja a namorada ou esposa, que se torna mais uma receptora da vanglória dos feitos do homem beija-flor que lhe acirra assim o ciúme e a insegurança, uma das formas de auto-satisfazer o seu enorme ego que compensa quase sempre uma disfuncionalidade sexual.
É elevadíssimo o número de casos de profundas e graves doenças de foro psíquico de mulheres vítimas indirectas do comportamento “beija-flor” dos companheiros. Estas mulheres que a seu devido tempo não se libertaram do relacionamento, e devido à fragilidade que a doença lhes provoca, tornam-se com o tempo incapazes de o fazerem o que lhe ocasiona ressalto atrás ressalto de culpa e frustração que obviamente extrema ainda mais a patologia e desestrutura o seu potencial de vida em harmonia.
Amigos, existem comportamentos que ainda beneficiam duma espécie de tolerância social ligada ao sistema de patriarcado, mas, no reconhecimento da nobreza do Ser Homem, devemos reflectir de que forma, por acção ou omissão, contribuímos, cada um de nós, para um estado de coisas e em muitas vertentes da vida, que não são, obviamente, as que Homens e Mulheres, desejamos para a construção do almejado mundo novo.

Sejamos lucidez


Maria Adelina


Salvação







Tudo o que cruza a nossa vida é de vital importância ao nosso desenvolvimento, num, ou em todos os nossos campos holísticos.
Após perceber a situação, vivenciá-la, cabe-nos fazer a desfolhada, separar o trigo do joio, na eira sempre renovada que é o nosso dia-a-dia. Integrar o ensinamento, e elevar a consciência do mesmo a outros patamares.
Olhar cada experiência com o profundo respeito que devemos aos bons professores, pois quanto mais marcante é a prova, mais serviu e foi proveitosa ao processo evolutivo comum a todos nós, e que mais não é que a razão primordial de cada vivência encarnatória.
A escolha do título desta entrega, “Salvação” advém do facto de que este conceito antigo e por tantas vezes desvirtuado, é hoje banalizado fazendo parte do pacote de ofertas em panfletos publicitários, divulgadores de métodos “salvatórios” e de “salvadores”, da felicidade, abundância, e saúde dos seres humanos.
Ao confrontarmo-nos com essas publicidades, talvez seja chegada a hora da pergunta interior: mas salvar-me de quê ou de quem?
A palavra salvação tem origem no grego “Soteria”, que significa: cura, redenção.
Por séculos e interesses por demais conhecidos, as grandes organizações religiosas valeram-se da ignorância e da violência, promotoras e geradoras do medo, para imporem a salvação como contrapartida da aceitação dos seus dogmas.
As palavras de Jesus, o grande Mestre, o filósofo do amor fraternal, nunca foram, Eu salvo-vos, mas sim:

“PEGAI NA VOSSA CRUZ  (CAMINHO DE SUPERAÇÃO) E SEGUI-ME”

E o Caminho da Superação é antes de mais, a aquisição da plenitude da consciência, da busca da religação à Alma, da fusão ao Eu Divino do qual somos faúlhas andantes.
Cada experiência de vida é essencial para delinear o mapa do reencontro, assim tiremos a devida ilação e compreensão de cada uma delas. Em cada etapa (vida), por cada volta da Roda de Sansara, somos co-participantes nas escolhas dos veículos  (condições, pessoas, timings, acontecimentos)  que melhor se adequam à meta evolutiva que nós próprios definimos alcançar progressivamente por:
- acção/reacção
- vivência/aprendizado
- incorporação dos conhecimentos = a sabedoria
- desprendimento gradual da matéria = a desapego
- conhecer, perceber e aceitar o processo vida (aqui e além).
- fusão por compaixão = a amor incondicional, com cada Ser.

E tudo isto meus amigos é simples. O segredo desta receita é que nada, nem ninguém o pode fazer por nós, é um processo individual, que se concretiza pela interacção com o Todo, e Todos, os que connosco partilham estes maravilhosos Tempos de Mudança.



Maria Adelina


domingo, 6 de agosto de 2017

Manual de Evolução pela integração da Cosmoética





Manual de Evolução pela integração da Cosmoética


A Cosmoética é o conjunto de valores que regulamentam a conduta da pessoa em todas as dimensões em que ela se manifesta.
A cosmoética  fundamenta-se na obediência às imutáveis Leis Cósmicas Universais, validas para todas as consciências que habitam em qualquer espaço, próximas ou distantes de nós e em qualquer dimensão do Universo multidimensional. A consciência sou eu, é você e todos os seres pensantes do Universo. As Leis Cósmicas são o permanente por trás do transitório, elas estão no comportamento da água, da madeira, do fogo, do vento, das plantas, dos animais, rios, mares, minerais, astros e de todos os seres que constituem o universo infinito, e compõem a Ordem do Universo
É o comportamento inadequado dos seres humanos perante as Leis Cósmicas que cria matrizes de sofrimento rectificador. Tais leis não são escritas, mas muito mais eficazes do que as leis humanas e mais severas e abrangentes do que se supõe.
Não existem fórmulas mágicas ou processos miraculosos que travem ou derroguem a execução dessas leis, às quais estamos todos, sem excepção, inexoravelmente sujeitos. Aquele que erra torna-se escravo do erro até o dia da inevitável reparação. Somos todos iguais perante as Leis Cósmicas, porém não somos idênticos em nossos níveis evolutivos.
Se a infracção das Leis Cósmicas não é compensada no decurso da existência em que foi cometida, transborda para as seguintes como dívidas pessoais activas, compromissos a saldar. Isso não é misticismo ou pregação religiosa, e sim um princípio natural, que, quando for devidamente compreendido, com racionalidade, por uma quantidade mínima de pessoas (massa crítica) necessária para sustentar uma reacção em cadeia, mudará o rumo actual da Humanidade.  As Leis Cósmicas  aplicam-se também a uma família, a uma comunidade e a toda a sociedade, ou grupos formados por seres humanos que se relacionam.
Omissão

Se uma família (ou comunidade ou sociedade) é conivente ou omissa e se beneficia com a infracção das Leis Cósmicas por parte de alguns de seus membros influentes e/ou poderosos, toda ela sofrerá sérias consequências, mais tarde ou mais cedo.
Os omissos serão responsabilizados pelo silêncio do conhecimento. A omissão, frequentemente é um comportamento EGOÍSTA e estagnador da evolução da pessoa.  É um comportamento muito comum na nossa sociedade e deve ser combatido com base no seguinte esclarecimento:
A omissão é o ato ou efeito de não se fazer o que moral ou juridicamente se deveria fazer, e do qual resulta, ou pode resultar, prejuízo para terceiros ou para a sociedade. Não esqueçamos que omitir o óbvio, é enganar a si mesmo e que a omissão implica sempre uma acção e uma decisão. Frequentemente, é o que deixamos de fazer que mais nos penaliza. A não acção dos justos e íntegros sempre contribuiu para a acção dos canalhas e malfeitores. A única coisa necessária para os maus triunfarem é que os bons nada façam.
A resignação e a cumplicidade são os dois lados da mesma moeda. Quando você e eu nos resignamos, nós aderimos àquilo que foi feito. Tolerar as pessoas más (corruptas, desonestas, incompetentes, gananciosas etc.) é tornar-se parceiro delas, pelo menos por omissão, por abandono, e isso já é um tipo mascarado de EGOÍSMO.
Às vezes, a causa da omissão decorre do medo de expor um traço deficiente da personalidade que se quer manter escondido. A preocupação está em resguardar a própria imagem, não se importando se isso irá prejudicar os outros. Outras vezes, a matriz da omissão é o comodismo. É importante enfatizar o aspecto mais trágico da omissão (a mal-intencionada) — aquela em que o indivíduo detém a informação e não revela, esperando que as consequências dos factos lhe tragam vantagens de qualquer tipo. A omissão mal--intencionada é uma conduta doentia, anti-evolutiva e anti-cosmoética.
Um hábito a favor da cosmoética plena é ter atenção contínua quanto às próprias emoções, pensamentos e actos diários. Entretanto, esse estado de lucidez permanente é bem diferente de rigidez ou alienação. Estar vigilante é um modo de manutenção do discernimento sem qualquer pressão ou autocensura constante.
A cosmoética não é cosmética, é sinceridade, integridade, honestidade, dignidade. Reger-se pela cosmoética é estar sintonizado com o propósito de vida, é aquele que não deixa rastros negativos ao longo do caminho e isso liberta o indivíduo das interprisões grupocármicas (dividas evolutivas cerceadoras da liberdade) e contribui para o desenvolvimento e a prosperidade de todos os envolvidos.
A melhor forma de aplicar a cosmoética no quotidiano é viver sem AUTOCORRUPÇÕES — a repetição consciente de actos desonestos e imaturos prejudiciais à auto-evolução.
Assumir os próprios defeitos e corrigi-los o mais rápido possível.
Ajudar as outras pessoas desinteressadamente em vez de se rivalizar com elas; Concentrar-se na construção crítica do auto-conhecimento, o mais importante de todos os conhecimentos.




Baseado no trabalho de Dan Herman