Tudo
o que cruza a nossa vida é de vital importância ao nosso desenvolvimento, num,
ou em todos os nossos campos holísticos.
Após
perceber a situação, vivenciá-la, cabe-nos fazer a desfolhada, separar o trigo
do joio, na eira sempre renovada que é o nosso dia-a-dia. Integrar o
ensinamento, e elevar a consciência do mesmo a outros patamares.
Olhar
cada experiência com o profundo respeito que devemos aos bons professores, pois
quanto mais marcante é a prova, mais serviu e foi proveitosa ao processo
evolutivo comum a todos nós, e que mais não é que a razão primordial de cada
vivência encarnatória.
A
escolha do título desta entrega, “Salvação” advém do facto de que este conceito
antigo e por tantas vezes desvirtuado, é hoje banalizado fazendo parte do
pacote de ofertas em panfletos publicitários, divulgadores de métodos
“salvatórios” e de “salvadores”, da felicidade, abundância, e saúde dos seres
humanos.
Ao
confrontarmo-nos com essas publicidades, talvez seja chegada a hora da pergunta
interior: mas salvar-me de quê ou de quem?
A
palavra salvação tem origem no grego “Soteria”, que significa: cura, redenção.
Por
séculos e interesses por demais conhecidos, as grandes organizações religiosas
valeram-se da ignorância e da violência, promotoras e geradoras do medo, para
imporem a salvação como contrapartida da aceitação dos seus dogmas.
As
palavras de Jesus, o grande Mestre, o filósofo do amor fraternal, nunca
foram, Eu salvo-vos, mas sim:
“PEGAI NA VOSSA CRUZ (CAMINHO
DE SUPERAÇÃO) E SEGUI-ME”
E
o Caminho da Superação é antes de mais, a aquisição da plenitude da consciência,
da busca da religação à Alma, da fusão ao Eu Divino do qual somos faúlhas
andantes.
Cada
experiência de vida é essencial para delinear o mapa do reencontro, assim
tiremos a devida ilação e compreensão de cada uma delas. Em cada etapa (vida),
por cada volta da Roda de Sansara, somos co-participantes nas escolhas dos veículos
(condições, pessoas, timings, acontecimentos) que melhor se adequam à
meta evolutiva que nós próprios definimos alcançar progressivamente por:
-
acção/reacção
-
vivência/aprendizado
-
incorporação dos conhecimentos = a sabedoria
-
desprendimento gradual da matéria = a desapego
-
conhecer, perceber e aceitar o processo vida (aqui e além).
-
fusão por compaixão = a amor incondicional, com cada Ser.
E
tudo isto meus amigos é simples. O segredo desta receita é que nada, nem
ninguém o pode fazer por nós, é um processo individual, que se concretiza
pela interacção com o Todo, e Todos, os que connosco partilham estes
maravilhosos Tempos de Mudança.
Maria
Adelina
Salvação de nós próprios , do que temos de menos positivo, a vida não deve ser vivida como uma cruz ,mas sim tal como refere a Adelina como um aprendizado e mesmo que em muitos momentos custe a passar temos que nos deslumbrar com as pequenas grandes coisas, aos pequenos grandes sinais que Deus nos dá todos os dias, o desapego ajuda-nos a ver o essencial.. Deus ama-nos porque nós dá essa capacidade, da redenção , do devir , o porquê desta caminhada, desta dualidade sagrada em nós esse continua a ser para mim uma grande questão mas inexplicavelmente esse é o segredo da fé
ResponderEliminarGraça
ResponderEliminarFé é Ser,
e pelo que se é, transformar.Ou como dizia Gabriela Mistral:
"Dai-me senhor, a perseverança das ondas do mar que fazem de cada recuo um ponto de partida para um novo avanço. "