Nas
sociedades onde o marialvismo ainda é bem-visto o comportamento “beija-flor” é quantas
vezes estimulado pela mesma sociedade, no entanto merece a nossa reflexão dado
que este não é de forma alguma inócuo.
Tentando
ganhar simpatia ou estatuto, usam as suas andanças como um cartão-de-visita
entre os amigos, lisonjeiam-se ao contar as façanhas e os seus truques, como o
mais conhecido que é optarem por chamar a todas as suas conquistas pelo mesmo
nome “Flor”… Já perceberam? Exacto! Assim
não correm o risco de lhes trocarem o nome por engano!
Na
sua aparente leveza na forma, na realidade o beija-flor é muito semelhante ao morcego,
ou seja, é um vampiro. Sim
porque ele nem sequer é um bom polinizador, apenas extraí o mel ou o elixir por
isso também é chamado chupa-flor.
Tal
como o morcego que faz uso duma espécie de antena que lhes indica onde há
sangue quente, o homem beija-flor está em constante alerta para captar a
energia sem a qual ele não consegue existir. É por norma incoerente, dado que a
sua capacidade coesiva é formada pelo que extraí das suas “flores”, obviamente
diferentes na sua essência o que se traduz num discurso de conveniência conforme
a ocasião. O
seu gosto é diversificado, parasitando aqui e ali na procura de temperos
variados que lhe tragam algum gosto à vida.
O
reverso deste comportamento patológico que alguns podem considerar inofensivo,
é na realidade devastador para muitas pessoas, as mais frágeis psico e
emocionalmente, e que se permitiram tornar-se alimento da fome energética
destes seres, para quem a descoberta de “novas ondas” é uma necessidade
compulsiva. A devastação é mais grave e profunda naquelas que lhe estão
directamente ligadas, como seja a namorada ou esposa, que se torna mais uma receptora da
vanglória dos feitos do homem beija-flor que lhe acirra assim o ciúme e a
insegurança, uma das formas de auto-satisfazer o seu enorme ego que compensa
quase sempre uma disfuncionalidade sexual.
É
elevadíssimo o número de casos de profundas e graves doenças de foro psíquico de
mulheres vítimas indirectas do comportamento “beija-flor” dos companheiros.
Estas mulheres que a seu devido tempo não se libertaram do relacionamento, e
devido à fragilidade que a doença lhes provoca, tornam-se com o tempo incapazes
de o fazerem o que lhe ocasiona ressalto atrás ressalto de culpa e frustração
que obviamente extrema ainda mais a patologia e desestrutura o seu potencial de
vida em harmonia.
Amigos,
existem comportamentos que ainda beneficiam duma espécie de tolerância social
ligada ao sistema de patriarcado, mas, no reconhecimento da nobreza do Ser Homem,
devemos reflectir de que forma, por acção ou omissão, contribuímos, cada um de
nós, para um estado de coisas e em muitas vertentes da vida, que não são, obviamente,
as que Homens e Mulheres, desejamos para a construção do almejado mundo novo.
Sejamos
lucidez
Maria Adelina
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