Fluir
Provar um olhar
Cheirar um calor
Olhar um sentir
Ouvir uma Alma
Tocar um querer
Estranha forma de escrita? Erro de
sintaxe?
Não!...Mas é assim que actualmente e em
muitos seres se processam as emoções, as sensações, as percepções e a analítica
mental.
São muitos os que carecem de uma
explicação lógica para os seus sentires. Alguns calam bem fundo essa
necessidade, tentam mascará-la doutros sentimentos. Outros, expressam-na de
forma desconexa e confusa, pois como se pode expressar o que nunca se sentiu?
Outros ainda, apenas emitem o tão escutado “ não sei o que se passa comigo”.
Nos tempos mais recentes e num
crescendo galopante, tudo ao nosso redor assume contornos de estranheza, de
realidades apenas perceptíveis.
Há muitos anos que se fala destas
realidades. Por diversos canais, chegaram a nós os alertas, os conhecimentos.
Mas, também e por muitos anos,
ouvia-mos mas não escutávamos, olhávamos mas não víamos.
É chegada a hora do descerramento
total dos véus.
Tal como no palco de um teatro, as
múltiplas cortinas vão sendo abertas de forma gradual, enquanto cada paisagem
apresentada, nos transporta pelo guião da peça, cada cenário nos envolve numa
realidade momentânea. Finalmente, descerra-se a ultima cortina, e mesmo sem
conhecer a história, nós sentimos que a apresentação está no final, chegamos ao
apogeu dessa vivência teatral, magnificamente representada.
Assim ocorre actualmente em Gaya,
Terra, Urantia, ou qualquer outra denominação referente a este belo planeta azul.
Os véus, quando ainda existem, são já translúcidos. Convivemos diariamente num tu cá tu lá, com outras realidades dimensionais.
Para os mais sensíveis, aos que vivem
num padrão vibratório mais elevado, aos que dão atenção e tempo ao seu
“cristal” interno, estes contactos começam já a ser normais.
No entanto, e na maior parte dos casos
são também motivo de profunda inquietação. As duas principais vertentes dessa
inquietação, são por um lado o medo, por outro, uma sensação de subtileza que
nos torna desconhecidos a nós próprios.
Esses vislumbres e sensações podem, em
algumas casos, levar-nos a uma inércia, quer a nível físico quer no plano
espiritual. Não devemos lutar contra! Nem devemos ser arrastados! Mas sim
fluir, mantendo o controlo do timão.
Quer num, quer noutro caso, deve
prevalecer a força de vontade Crística, aquela que advêm do coração.
Em ambas as situações, o melhor
remédio é o trabalho.
No primeiro, o do medo, procurar rever
todos os ensinamentos, trazer á luz tudo o aprendido, sem esquecer dos nossos
antigos arquivos já várias vezes mencionados.
No segundo caso, o trabalho é também
fundamental de forma a fazermos a integração desses novos sentires
na nossa vida corrente. Esse é o objectivo do Caminho, conforme as latadas
vão ficando ao nosso alcance, podemos colher os “frutos” e integra-los em todas
as facetas do nosso dia-a-dia, em especial na interacção com os outros
Seres.
Como um atleta de maratona, já vemos a
meta, no entanto, ainda que se saiba que vamos ganhar, não podemos valer-nos do
carro de apoio…é imperativo palmilhar os km restantes, neles, e na forma como
os percorrermos, está a essência do que abarcamos em todas as nossas
existências.
Mas, meus queridos, nós nunca estamos
sós! E de quando em vez, recebemos “asas” que dão impulso às nossas velas,
porque afinal, somos Anjos, a experienciar a ilusão humana.
Maria Adelina
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