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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

FLUIR


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Fluir


Provar um olhar
Cheirar um calor
Olhar um sentir
Ouvir uma Alma
Tocar um querer

Estranha forma de escrita? Erro de sintaxe?
Não!...Mas é assim que actualmente e em muitos seres se processam as emoções, as sensações, as percepções e a analítica mental.
São muitos os que carecem de uma explicação lógica para os seus sentires. Alguns calam bem fundo essa necessidade, tentam mascará-la doutros sentimentos. Outros, expressam-na de forma desconexa e confusa, pois como se pode expressar o que nunca se sentiu? Outros ainda, apenas emitem o tão escutado “ não sei o que se passa comigo”.
Nos tempos mais recentes e num crescendo galopante, tudo ao nosso redor assume contornos de estranheza, de realidades apenas perceptíveis.
Há muitos anos que se fala destas realidades. Por diversos canais, chegaram a nós os alertas, os conhecimentos.
Mas, também e por muitos anos, ouvia-mos mas não escutávamos, olhávamos mas não víamos.
É chegada a hora do descerramento total dos véus.
Tal como no palco de um teatro, as múltiplas cortinas vão sendo abertas de forma gradual, enquanto cada paisagem apresentada, nos transporta pelo guião da peça, cada cenário nos envolve numa realidade momentânea. Finalmente, descerra-se a ultima cortina, e mesmo sem conhecer a história, nós sentimos que a apresentação está no final, chegamos ao apogeu dessa vivência teatral, magnificamente representada.
Assim ocorre actualmente em Gaya, Terra, Urantia, ou qualquer outra denominação referente a este belo planeta azul. Os véus, quando ainda existem, são já translúcidos. Convivemos diariamente num tu cá tu lá, com outras realidades dimensionais.
Para os mais sensíveis, aos que vivem num padrão vibratório mais elevado, aos que dão atenção e tempo ao seu “cristal” interno, estes contactos começam já a ser normais.
No entanto, e na maior parte dos casos são também motivo de profunda inquietação. As duas principais vertentes dessa inquietação, são por um lado o medo, por outro, uma sensação de subtileza que nos torna desconhecidos a nós próprios.
Esses vislumbres e sensações podem, em algumas casos, levar-nos a uma inércia, quer a nível físico quer no plano espiritual. Não devemos lutar contra! Nem devemos ser arrastados! Mas sim fluir, mantendo o controlo do timão.
Quer num, quer noutro caso, deve prevalecer a força de vontade Crística, aquela que advêm do coração.
Em ambas as situações, o melhor remédio é o trabalho.
No primeiro, o do medo, procurar rever todos os ensinamentos, trazer á luz tudo o aprendido, sem esquecer dos nossos antigos arquivos já várias vezes mencionados.
No segundo caso, o trabalho é também fundamental de forma a fazermos a integração desses novos sentires na nossa vida corrente. Esse é o objectivo do Caminho, conforme as latadas vão ficando ao nosso alcance, podemos colher os “frutos” e integra-los em todas as facetas do nosso dia-a-dia, em especial na interacção com os outros Seres. 
Como um atleta de maratona, já vemos a meta, no entanto, ainda que se saiba que vamos ganhar, não podemos valer-nos do carro de apoio…é imperativo palmilhar os km restantes, neles, e na forma como os percorrermos, está a essência do que abarcamos em todas as nossas existências.
Mas, meus queridos, nós nunca estamos sós! E de quando em vez, recebemos “asas” que dão impulso às nossas velas, porque afinal, somos Anjos, a experienciar a ilusão humana.



Maria Adelina


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