MAIS
UM DIA DA MULHER
Falar
sobre o Dia da Mulher é outra rotina, neste caso anual, em que se entrou. Fala-se
muito, escreve-se muito, há muitos arroubos de inflamados discursos, tudo muito
lindo e unido mas... depois voltamos ao mesmo.
A mulher a ser escrava do Homem, em muitos países, ainda maltratada e
desconsiderada em muitos mais, coleccionada por homens que, cegos pelo seu
pretenso poder, as tratam como se fossem animais de estimação, possuindo na sua
casa duas, três ou mais mulheres, considerando que tudo na vida dele é mais
importante do que qualquer uma delas...podendo matar, de diversas maneiras
qualquer uma delas, se entender que a sua "honra masculina foi
manchada"... ainda muitas vezes apoiado pelas leis do seu país... e ainda
se chama a isso de cultura, a qual ninguém tem o direito de criticar. Quanto
honra,. quanta dignidade... Enfim, ela tem a culpa de todo ou quase todo o mal
que lhe acontece Digamos que é na mulher que se descarrega toda a podridão da
energia masculina, esquecendo todas as provas de amor, abnegação, dádiva e a
Vida, que por elas lhes foi dada. É certo que existem excepções, mas...
De um modo diferente, já mais civilizado, mais "envernizado", na
maioria dos países ocidentais o panorama já se afigura diferente, sendo esse
panorama, muitas vezes, mais uma moda social, um querer parecer evoluído, do
que sincero, vindo do seu âmago, bastando, para isso verificar como as coisas
se passam de portas de casa para dentro, fora das "vistas" alheias...
A mulher continua a ser maltratada, violada, morta, muitas vezes, existindo
ainda muitos homens que, no silêncio da sua mente,e sem o confessarem, aprovam
muitas dessas acções...
Do ponto de vista económico, apesar das operações de "cosmética" em
muitas empresas, governos e organismos internacionais, a mulher continua a
trabalhar mais e a receber menos, já para não falar no "serviço" em
casa... Vai mudando, sim, mas devagar.
Continuam-se a discutir as cotas sobre o número de mulheres em governos,
empresas, organismos internacionais, com um ar de benevolência e
"caridade", quase como se de uma esmola se tratasse. Que humildade e
amor incondicional, neste caso, da energia masculina...
O simples facto de discutir essas cotas já tem, implícito, o estigma e a
falsidade de todo o acto! Já é afirmar a própria diferença. Como se de uma
tolerância se tratasse...
É um quadro ainda negro, mas é a verdade. Não adianta negar!
E, enquanto isto continua a acontecer, vai-se negando à mulher o verdadeiro
papel que lhe cabe, que é o de ser a sacerdotisa da Vida, o instrumento do
equilíbrio e de mudança no planeta, porque é Ela que dá a vida, educa, forma
consciências e pode, efectivamente mudar o mundo. A energia masculina continua,
ainda, a ter medo da Luz e Amor que da mulher emanam. da sua majestade e
dignidade... por isso, quanto mais a rebaixarem, melhor... para quem?
Urge o equilíbrio, urge a mudança, urge a mulher ignorar completamente os
métodos masculinos, não os imitar e revelar toda a sua essência, com tal força
que ajude na transmutação da energia masculina. O homem não existe sem a mulher
e vice-versa. É tempo de aprenderem que os dois são um só! São as duas
manifestações de uma só Energia e uma só Consciência! E apenas uma coisa os une
e os transforma num só: o Amor!
Poderá Universo continuar a consentir que uma das duas energias da manifestação
continue a ser assim maltratada?
Será que o homem vai continuar a não ver que a desgraça da mulher, é a sua
própria desgraça?
Até quando?
Carlos
Paula
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