Na
derivação e ressonância do "Integro Ser Mulher" convido à reflexão sobre uma classe muito
especial de mulheres, a mulher/criança, aquela que se prepara para ocupar o seu
lugar numa sociedade onde o universo feminino, mais que ser homenageado um dia
por ano, precisa ser reconhecido na sua pluralidade vivencial, e mais ainda,
como trave-mestra da família humana.
Esta,
é uma mudança profunda, premente e fundamental, que só pode ser concretizada no
interior de cada mulher. Para a semente germinar no âmago da mulher/criança,
estes conceitos e posturas de vida, devem ser já os campos floridos da sua
família, onde ela cresce de corpo, mente e Alma…
O
que estamos a dizer-vos é que não é o sistema politico, nem os dirigentes, que
podem mudar estas formas de estar, é apenas a MULHER, todas e cada uma, que têm
esse poder, aqui e agora!
Um
pouco por todo o mundo, vamos tendo conhecimento de hábitos e costumes
aplicados em mulheres/crianças, bárbaros, cruéis e anti-naturais que nos
horripilam e levam a uma profunda indignação.
Este
estado de espírito, deve ser canalizado, na serenidade
possível, para o apoio pessoal ou institucional, que por sua vez
promovam acções, que levem á mudança consciencial dos povos onde
esses “hábitos” são considerados normais.
No
entanto, e melhor ainda, esse estado de espírito deve ser mote de reflexão
honesta e profunda dos hábitos da nossa sociedade, educacionais e sociais,
onde, sob uma pretensa bandeira de liberdade, a mulher, a mulher/criança,
continuam a ser, alvo de desrespeito e abuso. Por aqui, neste nosso
mundo ocidental, países considerados de “primeira linha”, devemos atentar:
- Para
a alta estatística dos abusos sexuais a crianças nos meios familiares
maioritariamente perpetrados por familiares.
-
Para a falta dos mais básicos princípios de respeito da imprensa diária para
com a sociedade, através das suas páginas (de acesso livre a todas as
crianças), onde se fomenta o grande negócio da actualidade, a escravatura
sexual.
-
Para os ditadores da moda e os gestores do mercantilismo e do mundanismo, que
inundam todos os canais informativos mediáticos com produtos de todo género,
que apelam á imagem da mulher como produto vendável.
Estes
estímulos, tantas vezes promovidos pelos próprios pais, levam a um profundo
desajuste psico/emocional, cujos reflexos se farão notar no decorrer da vida da
jovem mulher.
A
mulher/criança, tem o seu ciclo de desenvolvimento próprio e apropriado.
Gradualmente, e a seu tempo, ela irá fazendo a assimilação dos trilhos da sua
missão de vida. Esse é o processo temporal do amadurecimento natural do corpo e
do espírito da criança, fortalecendo-a para a vivência plena da sua condição de
Mulher.
O
conceito a que chamamos “inocência”, (hoje tão esquecido) é uma
placenta tão fundamental para o sadio desenvolvimento psíquico da criança, como
o é, a placenta uterina.
Toda
acção, vivências, hábitos, cedências, que sejam inapropriadas ao ciclo natural
da criança, promovem uma erotização extemporânea, que fere e prejudica
gravemente o seu campo parapsíquico, ainda em formação.
Apelamos,
de forma profunda, a que cada Mulher/Mãe, se imbua do espírito de Deméter , a
grande Deusa, na assimilação do seu imensurável capital de poder e coragem,
para uso e protecção da Criança/Mulher, e de todas as crianças, fundações pela
continuidade da humanidade.
Maria
Adelina
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