Bem-vindos a este espaço de partilha de todos para todos

segunda-feira, 12 de março de 2018

Mulher/Criança



Na derivação e ressonância do "Integro Ser Mulher" convido à reflexão sobre uma classe muito especial de mulheres, a mulher/criança, aquela que se prepara para ocupar o seu lugar numa sociedade onde o universo feminino, mais que ser homenageado um dia por ano, precisa ser reconhecido na sua pluralidade vivencial, e mais ainda, como trave-mestra da família humana.
Esta, é uma mudança profunda, premente e fundamental, que só pode ser concretizada no interior de cada mulher. Para a semente germinar no âmago da mulher/criança, estes conceitos e posturas de vida, devem ser já os campos floridos da sua família, onde ela cresce de corpo, mente e Alma…
O que estamos a dizer-vos é que não é o sistema politico, nem os dirigentes, que podem mudar estas formas de estar, é apenas a MULHER, todas e cada uma, que têm esse poder, aqui e agora!
Um pouco por todo o mundo, vamos tendo conhecimento de hábitos e costumes aplicados em mulheres/crianças, bárbaros, cruéis e anti-naturais que nos horripilam e levam a uma profunda indignação. 
Este estado de espírito, deve ser canalizado, na serenidade possível,  para o apoio pessoal ou institucional, que por sua vez promovam acções, que levem á mudança consciencial dos povos onde esses “hábitos” são considerados normais.
No entanto, e melhor ainda, esse estado de espírito deve ser mote de reflexão honesta e profunda dos hábitos da nossa sociedade, educacionais e sociais, onde, sob uma pretensa bandeira de liberdade, a mulher, a mulher/criança, continuam a ser, alvo de desrespeito e abuso. Por aqui, neste nosso mundo ocidental, países considerados de “primeira linha”, devemos atentar:

- Para a alta estatística dos abusos sexuais a crianças nos meios familiares maioritariamente perpetrados  por familiares.
- Para a falta dos mais básicos princípios de respeito da imprensa diária para com a sociedade, através das suas páginas (de acesso livre a todas as crianças), onde se fomenta o grande negócio da actualidade, a escravatura sexual.
- Para os ditadores da moda e os gestores do mercantilismo e do mundanismo, que inundam todos os canais informativos mediáticos com produtos de todo género, que apelam á imagem da mulher como produto vendável.

Estes estímulos, tantas vezes promovidos pelos próprios pais, levam a um profundo desajuste psico/emocional, cujos reflexos se farão notar no decorrer da vida da jovem mulher.

A mulher/criança, tem o seu ciclo de desenvolvimento próprio e apropriado. Gradualmente, e a seu tempo, ela irá fazendo a assimilação dos trilhos da sua missão de vida. Esse é o processo temporal do amadurecimento natural do corpo e do espírito da criança, fortalecendo-a para a vivência plena da sua condição de Mulher.

O conceito a que chamamos “inocência”, (hoje tão esquecido) é uma placenta tão fundamental para o sadio desenvolvimento psíquico da criança, como o é, a placenta uterina.

Toda acção, vivências, hábitos, cedências, que sejam inapropriadas ao ciclo natural da criança, promovem uma erotização extemporânea, que fere e prejudica gravemente o seu campo parapsíquico, ainda em formação.

Apelamos, de forma profunda, a que cada Mulher/Mãe, se imbua do espírito de Deméter , a grande Deusa, na assimilação do seu imensurável capital de poder e coragem, para uso e protecção da Criança/Mulher, e de todas as crianças, fundações pela continuidade da humanidade.


Maria Adelina







Sem comentários:

Enviar um comentário

Seja Bem-Vindo