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sábado, 21 de outubro de 2017

Efectivamente, as Trevas insinuam-se na nossa consciência...mas...



Li, com muito interesse, o artigo intitulado "As Manobras das Trevas", publicado no "Ponte de Palavras, no dia 17 de Outubro, da autoria de Carlos Paula.
As Trevas fazem parte dos nossos dias sejam eles luminosos ou cinzentos; formam-se, alastram e instalam-se nas nossas vidas, silenciosa e sorrateiramente. São como uma espécie de bruma mas que não se dissipa; são uma espécie de limbo que nos incapacita e nos refreia a acção.
As Trevas estão à vista de todos, mas os nossos olhos, cegos, não enxergam que a realidade, a verdadeira, é constantemente deturpada pelos meios de comunicação social que, ao invés de formarem, informam através de comportamentos totalmente distorcidos e apelativos da comiseração barata.
As Trevas chamam-se:
Impunidade
Corrupção
Pedofilia.
Comportamentos aditivos
Formatação
Trump
Vaticano
Myanmar
Síria
Panamá
Catalunha
Desastres "naturais"
E tantos, tantos, tantos outros impossíveis de enumerar neste meu humilde pensamento.
Assistimos, a partir do conforto do nosso sofá, ao sofrimento dos que nada têm e que são transformados na própria metáfora do sofrimento.
Somos invadidos pelo poder instalado, pela robotização, pelo medo do julgamento alheio no que diz respeito aos nossos actos e pensamentos.
O totalitarismo não é apenas político. O totalitarismo é também aquilo que resulta dos ditames da sociedade; é também aquilo que resulta do julgamento gratuito; é o que resulta da "matriz" que nos fazem crer que não existe. E perante tudo isto, julgamos-nos estúpidos e incapazes de formular raciocínios. 
Os tempos atuais são totalitários porque nos impõem modas que nada têm a ver connosco e manietam o nosso pensamento.
Não somos livres.
Assistimos confortavelmente a uma peça de teatro onde aos jovens não é dada a verdadeira possibilidade de decidirem sobre o seu futuro; é-lhes retirada a imaginação para serem metidos na forma que pais, professores, cães, gatos e por ai fora compraram para os moldarem. Estamos perante jovens desiludidos e que vivem segundo as frustrações paternas.
Tempos tristes!
As Trevas existem e estão à vista dos nossos olhos. Caminhamos inexoravelmente para o abismo e as Trevas lá estarão para nos receberem.
Efectivamente, as Trevas insinuam-se conscientemente na nossa consciência e está em nós bani-las, não por intermédio de entidades exteriores, mas através do que de melhor há em nós que é o nosso amor e o nosso aprimoramento em tudo quanto nos é dado executar, no SERVIÇO que temos a obrigação de prestar.
Não há mezinhas milagrosas.

O milagre somos nós!!!

Elis Pinho


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