Li, com
muito interesse, o artigo intitulado "As Manobras das Trevas",
publicado no "Ponte de Palavras, no dia 17 de Outubro, da autoria de
Carlos Paula.
As Trevas
fazem parte dos nossos dias sejam eles luminosos ou cinzentos; formam-se,
alastram e instalam-se nas nossas vidas, silenciosa e sorrateiramente. São como
uma espécie de bruma mas que não se dissipa; são uma espécie de limbo que nos
incapacita e nos refreia a acção.
As Trevas
estão à vista de todos, mas os nossos olhos, cegos, não enxergam que a
realidade, a verdadeira, é constantemente deturpada pelos meios de comunicação
social que, ao invés de formarem, informam através de comportamentos totalmente
distorcidos e apelativos da comiseração barata.
As Trevas
chamam-se:
Impunidade
Corrupção
Pedofilia.
Comportamentos
aditivos
Formatação
Trump
Vaticano
Myanmar
Síria
Panamá
Catalunha
Desastres
"naturais"
E tantos,
tantos, tantos outros impossíveis de enumerar neste meu humilde pensamento.
Assistimos,
a partir do conforto do nosso sofá, ao sofrimento dos que nada têm e que são
transformados na própria metáfora do sofrimento.
Somos
invadidos pelo poder instalado, pela robotização, pelo medo do julgamento
alheio no que diz respeito aos nossos actos e pensamentos.
O
totalitarismo não é apenas político. O totalitarismo é também aquilo que
resulta dos ditames da sociedade; é também aquilo que resulta do julgamento
gratuito; é o que resulta da "matriz" que nos fazem crer que não
existe. E perante tudo isto, julgamos-nos estúpidos e incapazes de formular
raciocínios.
Os tempos
atuais são totalitários porque nos impõem modas que nada têm a ver connosco e
manietam o nosso pensamento.
Não somos
livres.
Assistimos
confortavelmente a uma peça de teatro onde aos jovens não é dada a verdadeira
possibilidade de decidirem sobre o seu futuro; é-lhes retirada a imaginação
para serem metidos na forma que pais, professores, cães, gatos e por ai fora compraram
para os moldarem. Estamos perante jovens desiludidos e que vivem segundo as
frustrações paternas.
Tempos
tristes!
As Trevas
existem e estão à vista dos nossos olhos. Caminhamos inexoravelmente para o
abismo e as Trevas lá estarão para nos receberem.
Efectivamente,
as Trevas insinuam-se conscientemente na nossa consciência e está em nós
bani-las, não por intermédio de entidades exteriores, mas através do que de
melhor há em nós que é o nosso amor e o nosso aprimoramento em tudo quanto nos
é dado executar, no SERVIÇO que temos a obrigação de prestar.
Não há
mezinhas milagrosas.
O milagre
somos nós!!!
Elis Pinho
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