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terça-feira, 26 de setembro de 2017
quinta-feira, 21 de setembro de 2017
A MENTIRA
A Mentira
Colocando de lado as análises profundas de renomados estudiosos da psique humana como por exemplo Freud, faremos uma sintetizada abordagem a esse estado de ser, e de vida, a que chamamos mentira.
Nunca
antes nos detivemos na análise desta postura, dado que ela não se conjuga com o
plano evolutivo consciente que procuramos.
A
mentira, é antes de mais uma postura autopunitiva, que se torna patológica
quando a pessoa se torna um mentiroso recorrente, ou seja, que altera e
expressa a realidade, em conformidade com a sua visão pessoal do que considera
mais útil para si próprio, seja essa uma visão real ou fantasiosa. Em suma e neste
quadro de perversão, o narcisismo tem também um papel preponderante.
Ainda
que inseridos numa sociedade de consumo altamente materializada e locomovida
pela mentira em vários graus e vertentes, isso não deve servir de argumento
atenuante à falta de veracidade em qualquer das nossas expressões de vida. Como
geradores, receptores e emissores que todos somos, torna-se fundamental o reconhecimento
e o débito à verdade, até porque uma mentira coloca em dúvida todas as verdades que tenhamos pronunciado.
Não
existem mentiras piedosas, mas sim atentados às capacidades dos demais...
Não
existem mentiras para o bem de...mas apenas para o fortalecimento do ego
pessoal...
Não
existem pequenas mentiras, mas sim pequenos hábitos que se tornam em norma...
A
inverdade apenas atesta o grau de dificuldade que tantas pessoas sentem em
enfrentar a realidade ou aquilo que eles pressupõem ser a realidade analítica
dos outros. E aqui deparamos com o cerne da reflexão que devemos ter no caminho
do autoconhecimento...a de que fomos moldados por uma sociedade cega e limitada
acerca do conceito do bem e do mal.
A
confluência de interesses que fizeram, e fazem, alternar este conceito em épocas e situações
diferentes ( conforme as conveniências ) relegando para segundo plano o estudo
e a compreensão das diferenças naturais,
aferindo cada ser, pela fasquia concorrencial mais em moda ou
proveitosa.
Criou-se
assim, esse medo maior...o da não-aceitação! Por essa via, a do medo, geram-se
os mais variados estados de desarmonia psíquica, entre os quais, a necessidade
da mentira, frágil suporte duma segurança almejada.
A
mentira tende a tornar –se num estado de alienação que subverte as razões e
motivações da nossa missão de vida. As características que devemos trabalhar e
transmutar, são as causas, mas também os efeitos conclusivos de cada
encarnação.
Além
do medo da rejeição, a mentira assume variadíssimas formas com que se disfarça
a si própria ao ponto de iludir quem a pratica, de forma a se desidentificarem
ou legitimarem a situação das quais damos apenas alguns exemplos:
- Quando na prática comercial o produto não
faz jus ao que se apregoa
- Pela prática da sedução de outros com o fim
da satisfação do próprio ego
- Quando na assunção de práticas de foro
espiritual se visa o benefício próprio ou grupal.
Sim
amigos tudo isso e muitas outras coisas que nos parecem “naturais” fazem parte
daquilo a que chamamos mentira, no entanto, outras brisas vão chegando, as da
veracidade individual por opção consciente.
A
cada dia são aos milhares as consciências que despertam do estado de letargia em
que a humanidade se encontra, a desformatação é intensa e abrangente.
Cada
um de nós é único e precioso, tenhamos a força e a coragem de reconhecer em nós
a imagem do Criador! Esse reconhecimento será a alavanca que vai elevar os
padrões comportamentais da humanidade, pelo respeito, pela veracidade, a tudo, e
em todos.
Maria
Adelina
terça-feira, 19 de setembro de 2017
Os "nós", dos outros
Caros
Amigos
Os
valores dos outros, tal como a expressão indica, são deles! São aquilo que usam
como ferramenta para provocar re_acção nos demais. Ou seja, a essência da
questão não é o que as pessoas fazem (acção) mas a reacção que cada um tenha
para com elas. A única forma de combater isso é sempre pelo exemplo de mais
elevação.
Nos
círculos mais ou menos próximos e até nos muito próximos, somos confrontados
hoje com a epidemia de uma reactividade excessiva que supura as doenças da
alma, o fel do sofrimento emocional, o amargor da frustração.
-
Ataca-se como meio de defesa de ameaças imaginadas pelo próprio medo e
mal-estar pessoal
-
Pulverizam-se no vento os próprios medos, mágoas elaboradas, partículas que maculam a
dignidade ou os sentimentos de outros, mas que acalmam a mente conturbada de
quem as emite
-
Agride-se com o bastão de factos supostos, ideias preformadas, julgamento de
intenções (por suposição)
Reparem
que tudo isto caracteriza o perfil do emissor, não da pessoa a quem são
dirigidas.
Uns
só podem tirar dos outros a paz aparente (massacrar) por isso é que
conseguem tirá-la.
Quando a Paz é profunda, com as raízes do nosso Ser,
das nossas crenças, da nossa auto-estima, do nosso ideal, da nossa constância,
e principalmente da compaixão, aí não existe forma de nada ou ninguém tirar a
nossa Paz, mesmo que tentem, porque a integridade do que somos não deixa
brechas para entrar o medo, a discórdia, a mágoa, a insegurança ou a tristeza.
Compaixão…
Só por hoje ….todos os dias
Haja
Luz, em todos os corações
Maria
Adelina
segunda-feira, 18 de setembro de 2017
Amizade em tempos sombrios
“Sem amizade
a vida não é nada, pelo menos se quisermos,
viver como
seres humanos”
Cícero
Amizade em tempos sombrios
A amizade está em declínio. Qualquer um pode
constatar isso no mundo contemporâneo. Os laços humanos tornam-se cada vez mais
frágeis e efémeros porque vivemos numa época em que tudo se “liquefaz”, usando
a imagem de Z. Bauman. Hoje, antes mesmo que uma amizade se solidifique, ela
está condenada a se evaporar frustrando a intenção sincera dos pretensos
amigos. O amor também facilmente se evapora. Aliás, a própria vida escorre,
rapidamente, sem que possamos aproveitá-la intensamente como parecia acontecer
com os antigos.
As preferências vão para a troca
e-mails, participar de um chat, ser
incluído num grupo do orkut, ou simplesmente jogar, jogar e jogar em rede com
os “amigos virtuais”. A conexão da
Internet ou do celular promete um especial mais-gozar do que estar “ao vivo”
com o outro. Ficar face-a-face está ficando cada vez menos necessário.
Cresce os relacionamentos de faz-de-conta, contactos
apenas virtuais, arrumar um bichinho de estimação, viver em algum lugar
solitário. A atitude avessa às pessoas não é adoptada apenas por escritores e
cientistas; costuma fazer parte de pessoas que vivem o cotidiano académico, não
obstante o imperativo de eles terem que conviver com alunos e colegas. “Seria
bom trabalhar numa universidade que não tivesse alunos”, diz um pesquisador que
odeia ensinar. Outro me confidenciou que não acreditava mais na amizade; outro,
diz que somente se interessa conversar com os de “seu nível”. Há aqueles que
substituem os amigos pelos “irmãos em Marx”, ou “irmãozinhos da psicanálise
segundo Lacan”. Um erudito tentou me convencer de que com a fragmentação
irreversível de nossa época resta cada um ficar na sua, em casa, e “conversar”
com Platão, Aristóteles, Agostinho, Tomas de Aquino, apenas com gente que abre
o caminho da sabedoria e da ascese. Segundo esse erudito “é mais proveitoso
conversar com meus amigos, pensadores, do que com especialistas de nossa
época”.
Hoje é fácil descartar amizades potenciais. A
falta de disponibilidade para a amizade verdadeira é tamanha que torna-se
visível a resistência para continuar uma conversa que mal teve um início. Não
raro, as poucas amizades que ousam ultrapassar a barreira do estereótipo
precisam vencer as contingências que concorrem para descartá-las, ou podem
simplesmente serem toleradas por interesses profissionais, institucionais,
políticos, académicos, comunitários, ou mesmo familiares. Entretanto, segundo
Alberoni (1993), essas indicações, acima, nada têm a ver com o conceito de
amizade.
Militantes não são amigos. Uma das primeiras
frustrações que tive na militância política de esquerda foi reconhecer que
entre os militantes não existe verdadeira amizade, mas sim lealdade e interesse
na “causa”
Onde as relações são instrumentais não existe
verdadeira amizade. As amizades se sustentam apenas onde as relações se
aprimoram. Na amizade – e no amor, também – sobressai o impulso natural e o sentido
da relação de querer estar com outro, e
basta! Embora a amizade e o amor tenham os seus próprios e camuflados
interesses egoístas, a finalidade de ambos é a sustentação do vínculo entre as
pessoas que se querem bem. Entretanto, a pseudo amizade dos militantes de uma
causa política, religiosa, ou cultural, tem uma finalidade meramente
instrumental, porque o outro só existe como “objeto” de uso para conseguir
êxito numa causa abstrata ou concreta. Fontes e definição da amizade
Os gregos antigos são fonte de inspiração
sobre a amizade. Para Epicuro (341-270 a .C) “embora não altere o sofrimento nem
possa evitar a morte, [a amizade ou philia] ajuda a suportá-la (...). Ainda, a
philia é o instrumento indispensável ao artesanato ético interior, pois a
presença do amigo auxilia a procura e a manutenção da sabedoria...” (Pessanha,
1992).
Epicuro foi o sábio que mais teve amigos, na
antiguidade, tamanho foi o número deles que vieram saudá-lo no seu funeral.
Embora fosse um homem de saúde frágil, Epicuro, morreu feliz, brindando aos
seus amigos com uma taça de vinho.
Aristóteles também
não se cansava de dizer que o maior bem que tinha na vida eram os amigos. Uma
de suas preocupações, como filósofo, era ensinar aos discípulos como fazer e
como manter amizade, dado que existem pessoas que facilmente iniciam uma, mas
não sabem como mantê-la. Ou a causa mais comum que é o egocentrismo, onde o
interesse é absorver da amizade o que puder para depois a terminar de forma
abrupta e maleficamente inconsequente.
Finalizo com
uma observação de meu amigo e escritor José Carlos Leal
“Desconfie de uma pessoa que chama a todos de amigos. Porque, se ele
chama a todos de amigos, provavelmente não se sente amigo de nenhum”
Igor Arvelos
quarta-feira, 13 de setembro de 2017
segunda-feira, 11 de setembro de 2017
sexta-feira, 8 de setembro de 2017
quinta-feira, 7 de setembro de 2017
segunda-feira, 4 de setembro de 2017
O fazer e o deixar acontecer
Nada vinga pelo querer mas pela vibração
da intenção! Vivemos tempos de profundas provas ao teor da missão que aqui nos
trouxe (separação do trigo e do joio).
Qualquer ínfimo grão de subjectividade na
intenção, como sejam, orgulho, vaidade, competitividade, desconsideração pelos
outros, ingratidão, desejos ocultos, está condenado por si mesmo na envoltura desagregadora
da união, do respeito pela Consciência Crística, peneira por onde passa toda a energia
que emitimos.
Uma ideia, projecto (de qualquer tipo ou
dimensão) é hoje a fundação do futuro imediato, apenas e quando imantados por
uma intenção superior. Toda obra assente no narcisismo egocêntrico será
inglória e penoso lastro no caminho.
Compromisso precisa-se! E compromisso é feito de
altruísmo, cooperação. É a forma como as pessoas se mobilizam, se vinculam, se
excedem de forma permanente em busca de atitudes e comportamentos orientados
para a excelência e a superação de desafios.
Dentro dos muitos clichés que temos por hábito
usar na nossa forma de expressão verbal, um se destaca actualmente: “é porque
não tinha que ser”.
Esta fórmula “é porque não tinha que ser”, é uma
derivação astuciosa do nosso ego e que advém de uma postura cada vez mais actuante
que é a desresponsabilização, a futilidade, a alienação.
Não amigos, não é “porque não tinha que ser” mas quase sempre é, o que a nossa falta de compromisso causou.
Compromisso é respeito, é entrega, é constância,
é o fermento da sinergia criativa e profícua.
Compromisso é SER e FAZER
Maria Adelina
domingo, 3 de setembro de 2017
"A maior doença da humanidade"
Ao
pertinente pensamento de Gandhi, vale acrescentar que o egoísmo é a “mãe” de
outros comportamentos que são o ácido que corrói a maturidade consciencial da
humanidade, a involução actual, e
até a sua existência futura.
Sobre
o respeito e a compaixão para com os animais, vale lembrar que uma civilização é
feita de crianças que se tornam homens e mulheres cuja actuação será sempre baseada
nos exemplos que absorve enquanto criança, na família, nos vizinhos, na escola,
e também pelo que vê nas “boutiques da carne” onde se expõem à vista de todos cadáveres
ou pedaços destes, ainda com os sinais visíveis e a vibração da tortura e o
horror a que foram sujeitos na vida e na morte, na mais vil agressão que um ser
“dito” consciente pode infligir a outro consciente também, mas em graus diferenciados.
A isto chamam industria da alimentação, que, comprovadamente, é um vício de
alimentação dado que a carne não é essencial à alimentação humana.
Humanos
que crescem no meio da barbárie para com os animais como vivência social comum,
normal, obviamente catapultarão esse comportamento para o futuro. Destes, sairá
ainda uma percentagem cuja normose será ainda agravada por outros factores
psíquicos e educacionais que os levarão à sociopatia e psicopatia nos quais se
inserem em graus variados aqueles que se regozijam com a tortura dos animais
nas arenas, na caça como desporto, nas lutas de animais, nos circos, nos
programas televisivos onde animais de terra ou mar se debatem em sofrimento ao
serem pescados, caçados etc. etc,..
Sejamos
proactivos, mas que esta seja pela via da coerência. É o nosso terrível egoísmo
nos comportamentos de consumo e postura de hoje, o responsável de, no futuro, seja o comportamento
humanístico ou ignóbil dos que agora nos observam, as nossas crianças… o que
estamos a fazer delas?
Haja coerência
Maria
Adelina
sexta-feira, 1 de setembro de 2017
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