Venerar,
Amar, Praticar
“Venerar é demonstrar grande admiração por alguém,
ou seja, é demonstrar respeito profundo, o que leva naturalmente a um
grande afecto” Dicio
Sob
este significado não é difícil navegar pelo rio da nossa vida, desde a nascente,
e verificar onde se encontram os ressaltos em que a nossa alma expandiu por via
da Veneração a alguém.
Quão
abençoados são os que podem sentir Veneração, quão abençoados são os que são Venerados.
No
entanto convém saber que a Veneração da alma não é composta de apego,
dependência, inveja ou ciúme, isso é fascínio.
Num
determinado espaço temporal e principalmente em personalidades imaturas e
inconstantes ocorre a fascinação que após o limite das descobertas, provoca no
fascinado saturação, competição, ou até inveja e ciúme pelas posturas ou
qualidades que no outro o fascinaram.
A
Veneração é um dom (individual) composto de profundo Amor pelo que se é no
labor diário de auto aprimoramento, na fé da unidade universal, na capacitação
de um coração aberto, verdadeiramente aberto à doação, à generosidade, que se
auto experiencia pela transcendência da sua própria compreensão.
Com
este suporte surge a capacidade de Venerar, não o que o outro é, o seu estatuto,
mas o esforço e a intenção que esse outro expressa nas suas próprias lutas, que
revela o surgimento intermitente do holograma do seu contorno divino, que por sua vez vai moldando em nós a compaixão suprema, e que por efeito de diapasão nos eleva às
oitavas do amor incondicional e da plena gratidão.
Veneração
é uma Prática nobre, exercida por poucos, mas possível a todos.
Veneração
é a centelha, em nós, do Espírito Criador reconhecendo amorosamente a sua criação.
Maria
Adelina
30
Março 2017