Bem-vindos a este espaço de partilha de todos para todos

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

"O céu é dos simples"





 "O céu é dos simples"
                                                                         








Reflectindo sobre o comentário,  esse "simples" tem várias interpretações, mas todas têm como ponto comum uma base de inocência que foi e é conspurcada a todo instante.

O facilitismo da "informação" invade, sem critério, sabedoria ou respeito, em larga escala, abusivamente, os olhos, ouvidos e mentes de todos, sem escolha de idade, capacitação, ou nível de inocência.

A maioria dos programas televisivos - 
O conteúdo boçal, narcisístico e fútil, das redes sociais - 
A violência de alguns desportos - 
As más tradições, entre outros, são a peste que infecta toda a humanidade.

Reparemos que esta onda chega aos locais mais remotos e protegidos do planeta!  Os simples, os inocentes, mas também, os indecisos, os carentes, os frustrados, os ambiciosos, os preguiçosos, absorvem, sem esforço algum, estes ilusórios modelos de SER. 

O antídoto para a praga está ao alcance de todos, requer apenas o esforço de "querer", do estudo e aplicação da cultura/meio de cada um. Mas para isso é preciso fazer uso do conceito chave que esta onda visa destruir que é o uso da vontade própria. Como pode uma árvore crescer direita se atingida diariamente por um vendaval unidireccional?

Num mundo dual e de cariz experiencial como é o planeta Terra, o conceito de “simples” deve ser preservado como uma jóia preciosa na fusão e transcendência da dualidade pelo exercício de escolhas pessoais, lúcidas, que apenas podem ser praticadas pela via do conhecimento e dos opostos. Para tal é imperativo percebermos que nos deixamos levar para um jogo onde os dados estão viciados, em que de forma directa ou sublimar e porque é fácil e cómodo, nos induzem opções massificadas.

O contraponto reside num simples exercício (mas que requer esforço), o de analisar continuamente as nossas escolhas desde o pensamento à acção e aferir o quanto elas têm, realmente, de nosso.


Maria Adelina de Jesus Lopes



segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Síndrome de Estocolmo






A Síndrome de Estocolmo saltou dos tratados da psicologia para o comum dos nossos dias, vale conhecer e aprofundar pois é mais comum do que pensamos.
Na área social temos inúmeros exemplos em que na mais estática passividade se aceitam as directrizes de estado cujo teor não contém qualquer benefício para os atingidos, no entanto são recebidas e cumpridas numa extraordinária e preocupante passividade robótica.
Noutra área bem actual vemos crianças e jovens que se agregam aos terroristas que massacram os seus próprios povos.
Mas é nos campos sociais ditos normais que devemos debruçar a atenção para a pesada herança composta pelos estigmas de crianças e jovens que vivem estas experiências nas suas ainda tão jovens vidas.
Como sabemos existe um amplo espectro de tipos de abuso além daquele que é mais conhecido e aberrante que é o abuso sexual por ser mais facilmente detectado. Mas outros existem de profunda gravidade, estes outros mais focados nos campos psico/emocional. 
Alguns tão perfeitamente enquadrados e disfarçados que se tornam difíceis de identificar, no entanto, todos eles são danosos, e abalam os alicerces de personalidades em formação, fracturando irremediavelmente o equilíbrio psíquico das vitimas e por vezes de outros membros da família.
A síndrome prevalece não por que o/a jovem se sinta bem nessa vivência mas tão simplesmente porque não sabe como sair dela, sente-a e sente-se reprovado socialmente e por instinto de defesa cria empatia com a situação e com o causador da mesma.
Uma das repercussões destas vivências será a dificuldade de manter laços em relacionamentos duradouros no futuro, o que obviamente levará a profundas desarmonias emocionais, falta de auto-estima, desajustes sociais, com a consequente tendência depressiva/obsessiva. Terão ainda grande dificuldade em confiarem noutras pessoas, além de que a maturidade trará mágoa e rejeição para com o causador do abuso, o que acarretará pesado fardo cármico para ambos. Outra repercussão são as estatísticas que apontam para que os comportamentos se repitam, ou seja, por larga maioria aquele que foi vítima de qualquer tipo de abuso poderá reactivar o ciclo com comportamentos semelhantes.
No que refere ao abusador, este por norma debate-se com dificuldade de compreensão ou aceitação duma ética social e espiritual o que o induz a um comportamento compulsivo/obsessivo do qual retira proventos duma doentia satisfação do ego pela manipulação e ascendência que assume perante mentes mais frágeis e imaturas.
Sendo ainda comum que estas situações ocorrem dentro dos círculos mais próximos, impõe-se uma crescente atenção dos educadores e da família alargada sobre os “sintomas” que quase sempre são detectáveis nestes jovens, pois estes sintomas mais não são que inconscientes pedidos de auxílio.
Sendo um dos tabus da sociedade, é premente a coragem para o alerta e supressão do que  deve ser considerado um dos mais graves crimes sociais. Sejamos presentes, atentos ao futuro, ou seja às crianças e jovens.

Maria Adelina





quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

A extensão da responsabilidade que ninguém quer ver


“Parece um filme de terror” este é o título de mais um alerta da Avaaz que informa o seguinte:

“Centenas de éguas prenhas presas em máquinas de extracção de sangue. A morte está longe de ser o único horror dessa história: às vezes a quantidade de sangue drenada é tão grande que leva os animais ao choque e à anemia. Quando não morrem sob esta forma bárbara e como apenas o sangue de éguas gestantes é valioso, elas são muitas vezes forçadas a repetir o ciclo de gravidez e aborto.
A demanda é impulsionada por empresas farmacêuticas que vendem a fazendeiros a hormona encontrado no sangue das éguas durante a gestação, usado para provocar o cio em porcos e outros animais – outro nível de abuso nesta triste história”

 Amigos, como este são imensos os abusos e a crueldade provocada sobre os animais. Na era da comunicação global ninguém pode alegar que não sabia… mas mais que isso, é de uma completa inconsciência acharmos que se passamos a informação ficamos imunes à responsabilidade ética e humana destes factos.
É absurda a cegueira generalizada de focarmos o dedo acusador nos autores directos desta ou doutras barbáries semelhantes… Estes são culpados, quem lhes encomenda o sangue são culpados, quem faz uso do mesmo são culpados, mas, quem consome os animais energizados pela dor e o terror que perpassa nas suas carnes (carregadas com todo esse mal e que é absorvida por quem a consome) são os maiores culpados! 
A regra mais simples do comércio ancestral e que vigora até aos dias de hoje é: “Cria-se a oferta quando existe procura “
Por favor passem, repassem vezes sem fim as notícias destes actos horripilantes dignas realmente de um filme de terror, mas que se junte à divulgação a noção da responsabilidade extensiva a cada um daqueles que no fim da cadeia é o que consome e promove, com a sua procura, a existência dos mesmos.
Na era do conhecimento pode alguém pensar que escapa à Lei de Causa e Efeito?
Não há mais tempo para a hipocrisia…é premente a transparência dos actos com as palavras, das palavras com os sentimentos, é premente a passagem de protótipos, para Seres Humanos, é premente…


Maria Adelina