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sábado, 9 de julho de 2016




Para Onde Corres Coração?


“A coisa mais indispensável ao homem, é reconhecer o uso que deve fazer do seu próprio conhecimento.

Platão”


Contrariando o dicionário, penso que inquietude, não é o mesmo que inquietação.
 - Inquietação é preocupação, consumição, ansiedade, medo. 
Inquietude:
- É o doce toque do acordar, é a vontade do vislumbrar.
- É suave tremor d`Alma, gota de orvalho cristalina.
Inquietude, é a característica mais notória em todos os Seres que buscam a senda.
É também, aquela que provoca mais desvios da própria senda.
Na procura intensa do enlace celeste, abrimos os portões da inquietude de par em par.
Sofregamente absorvemos de todos os açudes, no entanto, as mós do moinho continuam suspensas.
A inquietude é a mola que impulsiona, a perseverança é a pedra que edifica.
A inquietude, abre as comportas do conhecimento, a perseverança, transmuta-o em sabedoria.
É imperativa a assimilação do conhecimento adquirido, para que o saber, se funda no Ser.
Perseverança é fé, é compromisso.
Sem pratica pela perseverança, todas as nossas experimentações, são barro moldado, mas não cozido. Quebram-se com a brisa, desfazem-se como neve ao sol.
Em muitos corações, o lugar da perseverança é ocupado pela insegurança, pela frustração, pelo medo, e aí, torna-se inconstância.
Na perseverança, o coração flui, voa, sem perder o rumo.
Na inconstância, o coração corre, desvairado, sem mapa nem bússola.
Apenas no encontro com a nossa veracidade, podemos encetar o Caminho. Apenas na perseverança o podemos tornar em via láctea, pejado de estrelas luminosas.
O Caminho, é escolha, é decisão, é retirar amorosamente as pedras que pendem do nosso alforge, é desprender as amarras, pois com elas, não podemos voar.


Maria Adelina


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