O perdão não nos pede
que concordemos com nada, que nos desculpemos ou que toleremos comportamentos
menos bons. Na realidade, o perdão dá-nos impulso para irmos além de
comportamentos, aprendermos as lições e extrairmos sabedoria dessas
experiências.
Perdoar os outros não
significa que nos tornaremos fracos, ingénuos ou alvos fáceis dos predadores
deste mundo. Não significa que não tomaremos providências para nos proteger de
maneiras saudáveis ou para impor limites bem claros. Ao contrário, o perdão nos
faz abandonar o papel de vítimas e tomar posse do nosso poder, para ver as
situações e circunstâncias claramente e tomar as providências necessárias para
garantir que não cometamos os mesmos erros outra vez.
A voz do perdão diz:
‘É hora de seguir em frente’, ‘Eu aceito o passado’ e ‘Essa experiência me
ajudou a me tornar uma pessoa mais sábia e cheia de compaixão’. O perdão nos
estimula a deixar de lado a necessidade que sentimos de que o passado seja
diferente do que foi. Ao mesmo tempo ele nos convida a abrir mão das mágoas que
temos de nós mesmos e do mundo, para que não sejamos mais prisioneiros da força
gravitacional que nos puxa para o passado.
O perdão aos outros é
uma prova de que nos amamos o
suficiente para sermos capazes de dizer adeus, de seguir em frente e
deixar o passado para trás. Quando reunimos coragem para cortar as amarras que
nos ligam negativamente aos outros, passamos a ver que somos tão grandes quanto os
nossos ressentimentos e mais poderosos que as nossas mágoas.
Recebemos muitas
dádivas quando optamos pelo acto corajoso e ousado do perdão. Acima de tudo,
somos livres.
Debbie Ford
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