“O sentimento abre as portas da prisão
com que o pensamento fecha a Alma”
Fernando
Pessoa
Votos e Sentimentos
Voto vem
do Latim votus, um tempo do verbo vovere, que significa : prometer
solenemente, garantir, jurar. Pode ainda ser interpretado como um desejo
ardente, um anelo profundo.
Bastante
em desuso hoje em dia na linguagem comum, é ainda utilizado em cerimónias, ou
rituais eventuais.
Partindo
do princípio do enorme poder das palavras, devemos reflectir sobre a influência
que esta “dívida” tem nas nossas vidas. Sim, porque sempre que fazemos um voto,
tornamo-nos devoto (de…voto), ou seja, devedores de uma intenção/promessa que
será tanto ou mais intensa, quanto o sentimento nela colocada.
Mais
uma vez fazemos referência à expressão “pensene”:
pen
– pensamento
se
– sentimento
ene
– energia
Com
esta trilogia de forças cósmicas, podemos criar – modelar – atrair, ou ainda,
rejeitar – destruir – suspender – todo o potencial de concretização, em todos
os aspectos das nossas vidas.
Tudo
isto está contido na nossa expressão mais comum e banalizada, a palavra.
Dela
fazemos uso para formar os votos que emitimos ao longo da nossa vida actual, e
também os que fizemos nas múltiplas vidas passadas. São estes, por vezes, os
principais condicionadores das circunstâncias do nosso viver.
Pelo
longo percurso feito, vivenciamos inúmeros papeis como por exemplo, o
pertencermos a ordens religiosas ou monásticas, cujos votos, ainda hoje, estão
activados no nosso subconsciente ditando directrizes nas nossas escolhas e
opções (livre arbítrio).
São
muitos e diversos, os exemplos práticos destas situações. Estas âncoras
atemporais, podem e devem ser requalificadas.
Nos
relacionamentos familiares, afectivos, e até profissionais, estes liames de
compromissos pretéritos, tornam-se limitadores e factor de inadaptação.
Podemos
tomar como exemplo comum, certas posturas rígidas da nossa personalidade, que
ainda que reconhecidas, não conseguimos modificar.
Por
vezes, e por detrás dessa ilógica e inflexível postura, está um antiquíssimo
voto, assumido com um forte misto de intenção/sentimento do qual ainda nos
sentimos devedores.
Assim,
e como intenção de renovação interior (para os que sintam essa necessidade),
recomendamos a supressão de todos os votos que possam ter feito em vidas
passadas e que a memória, logicamente, não abarca, mas que se encontram
vigentes ainda nos nossos registos Akáshicos.
Este
exercício, é feito apenas pela força da intenção.
Assim
mesmo, recomendamos uma análise profunda ao percurso de vida actual, lembrar os
votos feitos em qualquer idade, motivação ou circunstância, e fazerem, se assim
o entenderem, a opção de requalificar, ou neutralizar esses votos, baseados na
expansão evolutiva e consciencial de cada um.
Amigos,
as ferramentas podem ser as mesmas, o nosso crescimento, esse, ensina-nos novas
formas de as usarmos. Isso é evolução.
Lembremo-nos
permanentemente que votiva, ou não, a palavra é uma poderosa ferramenta que,
tanto pode criar, elevar, consolar, como pode destruir, anular, toda intenção ou
acção.
“A palavra é
uma ponte de cristal
Pela sua
transparência devemos
primar e com o
mais sublime
amor, a
devemos construir”
Do livro
“Ponte de Palavras”
Maria
Adelina
Muito bom! Obrigada Maria Adelina. Namasté, Lourdes de Almeida
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