Sabes
aquele momento em que inicias pensamentos acerca de comportamentos
alheios…
Sabes
mais tarde, muitas vezes inesperado, que ao fazê-lo junto dos
prazeres que dai advêm, iniciaste a olhar-te de forma diferente…
Mais
intensa…
Assim dessa dinâmica de experiência de vida podem passar-se anos, não te admires.
Um
dia, das caminhadas variadas, ou mesmo momentos de quase infinitas
aparências, acordas numa solidão quase total, e na presença de
todos e mais um, nú, ou nua bem entendido, quando não as duas, se
faz uma luz… um entendimento assente não tanto no improviso de um
instante mas mais num resumo momentâneo…
As
dores, os factos, os acontecimentos que me transportaram até aqui,
num inicio como de forma inconsciente, no desenrolar do trajecto,
seja por sacudidela seja por qualquer outra coisa que não se
consegue descrever melhor que sentir, trouxeram-te a uma plataforma
de consciência até então inimaginada.
Soubeste
então que eras o resultado de tudo que até então te tornaste.
Soubeste
que tudo assenta em ti, como experiências muito pouco subjectivas,
no entanto muitas vezes imponderáveis, e melhor ainda, soubeste que
o aceita-lo te tornou no mistério que então te tornaste para ti
próprio e então te revelas harmoniosamente …
O...
Largar
tudo o que te tornaste para que te possas conhecer melhor.
Usar
das tuas revelações, as que não contas a ninguém, que em vez de
te assombrar te vão passar a fertilizar o campo do conhecimento de
ti mesmo.
O
difícil?
Hás
de te largar de ti!
Fazer
o silêncio em si.
ADORAR
O SILÊNCIO EM TI
ESTAR
EM PERFEITA COMUNHÃO COM ISTO.
NÃO
CORRIGIR.
Filipe
Amorim
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