(A defesa do povo brasileiro ao infame ataque à sociedade e à família, é um espelho onde a nossa defesa se pode rever e precaver)
Sua FAMÍLIA está em risco e
precisamos falar sobre isto, Jordan Campos
Ideologia de Género é uma crença-não-científica de que os seres humanos nascem sem gênero definido (masculino ou feminino), e que os mesmos são moldados pelos padrões da sociedade, história e cultura. Acreditam seus defensores que os seres humanos nascem iguais e “neutros”, e que apenas depois de passarem por experiências livres, podem decidir e se definir como homens ou mulheres. Buscam argumentos nos escritos de Gramsci, Butler, Marx, Beauvoir - militantes assumidos do ideário de género. A palavra género segundo os mesmos é interpretada apenas como sinónimo do sexo atribuído pelos órgãos genitais – pénis e vagina – entendem então que ter o órgão sexual masculino, por exemplo, não faz com que a pessoa possa ser identificada obrigatoriamente como homem, e que podemos ter vários géneros. O correto diante desta crença, seria deixar com que cada qual, em seu tempo decidisse se é homem ou mulher, masculino ou feminino, independentemente de seu género biológico. Esta é a linha teórica básica.
Segundo a ciência, a sexualidade humana é uma característica biológica binária objectiva: “XY” e “XX” são marcadores genéticos saudáveis – e não marcadores genéticos de uma desordem. A norma da concepção humana é ser masculino ou feminino. A sexualidade humana é planejadamente binária com o propósito óbvio da reprodução e da prosperidade da nossa espécie. Esse princípio é auto-evidente e lógico. As desordens extremamente raras no desenvolvimento sexual, que incluem, entre outras, a feminização testicular e a hiperplasia adernal congénita, são todas desvios identificáveis da norma binária sexual, e são reconhecidas como “desordens da formação humana”. Indivíduos que as portam não constituem um “terceiro sexo”, segundo a ciência. A crença de uma pessoa de ser algo que ela não é, na melhor das hipóteses, é um sinal de pensamento confuso. O American College of Pediatricians diz que “Quando um menino biologicamente saudável acredita que é uma menina, ou uma menina biologicamente saudável acredita que é um menino, existe um problema psicológico objectivo, que está na mente, não no corpo, e deve ser tratado dessa forma”. Essas crianças sofrem de DISFORIA DE GÊNERO, formalmente conhecida como transtorno de identidade de género, uma desordem mental reconhecida na edição mais recente do Manual Diagnóstico e Estatístico da American Psychiatric Association.
Na minha visão ninguém nasce com um género, mas todos nascem com um sexo biológico que gera consequências químicas e comportamentais que independem do contacto social. A autoconsciência, que seria um senso de si mesmo amadurece com o tempo em todo processo de desenvolvimento, e pode sim ser prejudicada por percepções subjectivas da criança, traumas, relacionamentos e experiências adversas desde a realidade intra-uterina até o fim da adolescência. Mas independente disso, permanecemos biologicamente sendo homens e mulheres, e com as consequências hormonais, físicas e neuronais de cada tipo.
Estudos científicos em neurociência apontam claramente há décadas que existem claríssimas diferenças anatómicas e funcionais entre o cérebro de um homem e de uma mulher (todas as fontes de científicas mencionados neste texto se encontram ao final deste).
Os estudos mostram com imagens de ressonância magnética funcional estas diferenças nos cérebros e suas peculiaridades e diferenças cognitivas na vida prática. Exemplo de estruturas diferentes: junção temporoparietal, sulco temporal superior direito, córtex somatosensorial, regiões do hipotálamo e amígdala cerebral. Todas estas estruturas são responsáveis por gerenciamento de crenças, significados, humor, desejos, reactividade, etc. E são diferentes entre homens e mulheres e alteram as suas diferentes habilidades, preferências e comportamentos. Isso demonstra que a biologia tem uma força significativa na construção e forma de expressão do género. Estudos com Primatas mostram que machos escolhem brinquedos tipicamente masculinos e fêmeas escolhem brinquedos tidos como femininos. São Primatas – não há cultura neste caso, portanto esta espontaneidade não depende de factores culturais, religiosos ou sociais.
Uma grande falta de informação ou de boa-fé é a confusão entre identidade de género e orientação sexual. Coisas que são diferentes, mas usadas de forma associada tendo em vista promover a ideologia de género no mesmo patamar de outras causas com respaldo científico, moral e social. Tirando a palavra “ideologia”, que define um movimento organizado, vamos alterar por “identidade” que é algo mais concreto para entendimento. IDENTIDADE DE GÊNERO significa que um ser do sexo masculino biológico pode ter uma essência feminina e vice-versa. A preferência sexual escolhida é outra coisa bem diferente e diversa, como o bissexualismo, pansexualismo, assexualismo e muitas outras. Identidade de género tem a ver com transexuais, por exemplo, que são pessoas que na angustia de se sentirem não pertencentes ao género biológico passam por intervenções químicas, cirúrgicas e medicamentosas para conseguir adaptar os seus corpos às suas “almas”. Identidade de género é algo sério e real, que merece atenção, cuidado, isenção de pré-conceitos e muito respeito.
O problema começa quando se cria um movimento chamado – “ideologia de género”, e a expressão é antecedida pela palavra “promoção”. Promover significa viabilizar, usar de recursos de convencimento para elevar a categoria superior uma ideia, produto ou crença. Uma coisa é sabermos que existem conflitos de identidade de género que acontecem com crianças e adolescentes – Outra coisa é publicitar uma ideologia nas escolas, para crianças que não passam por nenhuma inadequação de género e gerar um grande problema onde antes não existia – Não temos uma equipe de saúde mental e comportamental para atender ao caos que gerar confusão em quem não tem causaria. Crianças e adolescentes adoram uma moda, adoram a desobediência. As escolas já estão correndo atrás do prejuízo com problemas de falta de estrutura e educação familiar, divergências religiosas, diagnósticos verdadeiros e falsos de TDAH, transtorno opositor, dislexia... agora vão precisar se pré-ocupar com o efeito colateral de gerar esta possibilidade e dúvida na cabeça de suas crianças por conta de uma ideologia-não-científica que se utiliza de uma questão séria que é a identidade de género, para se promover como forma de luta e revolta contra instituições ditas burguesas, nos quais seus pensadores de base lutavam contra.
O Plano Nacional de Educação de 2014, onde o MEC incluiu temas como identidade de género propõe esta promoção, sob pretexto fraco de “informação”. Não temos professores preparados para isto. Não temos uma equipe de saúde mental e comportamental para atender ao caos que gerar confusão em quem não tem causaria - REPITO. Seria como, por saber que 3% da população mundial tem ou terá esquizofrenia, criar um movimento para informar às crianças sobre alucinação, delírios, ouvir vozes, ver monstros e coisas estranhas - e dizer que isso pode acontecer com elas e seus coleguinhas a título de informação. O que acontece? Várias crianças vão passar a dizer que escutam vozes, que vêem espíritos e muitas vão começar a delirar e se sentir observadas e perseguidas. Crianças associam tudo como sendo pertencente a elas, e nesta fase de imaginação plena somatizam em comportamentos tudo o que as cerca. Acredito que quem estimula a ideologia de género deveria estudar mais sobre forma de aprendizado de crianças, sistema cognitivo, etc. – Maldade ou desinformação?
Vamos a exemplos práticos. Na Suécia por exemplo, país de primeiro mundo onde a ideologia de género avançou muito e atingiu as escolas, tivemos um aumento de 40% nas taxas de suicídio e um declínio na qualidade social e psicológica de sua população. É sabido também que a chance de uma pessoa que trocou de sexo venha cometer suicídio é 20 X maior do que a população em geral. Isto são dados estatísticos disponíveis de fontes científicas, e não, crenças-ideológicas.
O manual de sexualidade e psicologia da Associação Americana informa que 75% a 95% das crianças e adolescentes que expressam algum tipo de confusão sobre a sua identidade sexual a superam naturalmente. E isso é de extrema verdade visível no dia a dia – é comum pensamentos bissexuais, assexuais, homossexuais e heterossexuais – logo após a puberdade existe uma associação a uma opção, e que deve ser respeitada e jamais vista como uma anormalidade, salvo se causar sofrimento, o que necessitaria de apoio psicológico, familiar e humano. Mas afirmar que discutir identidade de género tem cujo objectivo feminizar meninos, transformar as meninas em lésbicas e destruir a família, é tão irresponsável como a sua promoção. Discriminação sexual é algo abominável, criminoso, assim como promover esta ideologia parece ser.
No Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): Art. 17. temos: “O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objectos pessoais.” ---- logo, atentar contra a formação de identidade de uma criança com uma ideologia que não tem respaldo científico é atentar contra a Humanidade. É pôr em risco a saúde mental das pessoas.
Acabar com o preconceito contra os ainda vistos diferentes, construir relações de género mais justas e re_significar as práticas sociais por meio da construção de uma cultura de paz é um dever de todos nós. Porém, a natureza impositiva dessa ideologia e seus outros interesses conhecidos, mas não declarados, acabam atentando contra a primazia da educação das crianças. Acredito que se deva trabalhar os problemas de identidade de género na medida que eles surjam. Informando sem imposição aos pais sobre tudo isto, treinando professores em relação a este fato – mas jamais com este movimento, no momento crucial de desenvolvimento de nossos filhos.
No “Guia Escolar” — documento elaborado e publicado pelo MEC que se propõe a ajudar no combate à violência sexual contra crianças, numa rede de protecção à infância, podemos ver trechos que dão margem a interpretações perigosas ao defender “priorização de direito ao prazer” em crianças (Pag. 51); ou “garantia de sigilo e privacidade aos estudantes ao falarem e descobrirem sobre sexo” (Pag. 54); ou quando mostram que alguns grupos de pedófilos defendem a ideia de que “este tipo de relacionamento (pedofilia) é uma opção sexual e um direito.” (pag. 74); e ao falar da proibição ao incesto dizendo que “Esse tipo de interdição transformou a prática do incesto em tabu, tornando o tema controverso e impondo obstáculos a uma abordagem isenta de julgamentos morais. “ (Pag. 73).
Embora tenhamos um cenário complexo nas relações familiares, pertence a ela com total prioridade a educação de seus filhos. Família educa, escola instrui. Mesmo que existam falhas enormes na educação. O plano óbvio é que no ambiente da escola, com militantes politizados e professores “obrigados” a promoverem a ideologia, estas ideias sejam absorvidas com vigor e promovam uma revolução perigosa, mas exactamente como desejavam os pensadores-não-cientista que servem como base ideológica para este discurso. Não há nenhuma base científica que sustente a crença dos ideólogos de género, a não ser seus pensadores de base - filósofos da sociedade. Não devemos, pois, estimular que a mesma seja inclusa para crianças apenas por ser uma filosofia com calda de sorvete bonita, mas sorvete interno sem forma concreta.
Problemas com identidade de género são problemas. Levam ao sofrimento, confusão, baixa-estima, ideação suicida e intensa angústia e devem ser tratados com amparo, apoio familiar, estratégia e amor. Discordo completamente da visão limitada de se entender que o Ser Humano nasce como folha em branco e que todos os traços de sua personalidade virão do contacto externo. Temos uma outra ciência, a epigenética que nos auxilia a entender que trazemos cargas de antepassados que são lidas e modificam a leitura de nosso DNA. O próprio Projecto Genoma mapeou 40 mil genes na tentativa de montar um mapa do Ser, e chegou à própria conclusão que existe um factor subjectivo, que eles não conseguiram mensurar, que ‘liga tudo” e não está no gene. Algo como uma personalidade congénita que já traz informações, gostos, tendências e conflitos. Reduzir o Ser, a um papel em branco como buscam os defensores da ideologia de género é ir na contramão de todos os avanços em compreender a complexidade da formação da personalidade humana. Nossas escolas não são laboratórios e nossas crianças não são cobaias. Nossa educação não pode ser um experimento que é justamente o que falta à ideologia de género.
Este texto busca falar de ciência e lógica, e não de crenças sociais. Este texto reúne argumentos sólidos, e abre outras questões a se discutir sobre identidade de género. Este texto foi escrito por mim – psicoterapeuta também de crianças e adolescentes, pai de quatro filhos e um professor dedicado.
Faça a sua parte. Se este texto-artigo fez sentido repasse para pais, amigos, professores, directores de escolas, políticos.... Tendo em vista o entendimento pontual de todo este debate que ainda vai render muito e gerar ampliação de consciência para o discurso.
Obrigado;
Jordan Campos
Psicoterapeuta Transpessoal Sistêmico
Fontes: HAUSMANN, 2017; RITCHIE et al, 2017 et al; LARA & ROMÃO, 2013; DELACOSTE et al 2015. Fontes: GUR & GUR, 2017; MCENEW & MILNER, 2017; SACHER et al 2017; POEPPL et al 2016; LOMBARDO et al, 2012; LOMBARDO et al 2012; SWAAB, 2011 e LEVAY, 1991; Estatuto da Criança e do Adolescente; Guia Escolar – MEC; Associação Americana de Psicologia; American College of Pediatricians; American Psychiatric Association.
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