A
Importância da Afirmação da Inata Feminina.
O domínio da energia
masculina Yang sobressaiu numa Era em que o Homem teve de se afirmar como
espécie no planeta e em que, para sobreviver, teve de dominar o meio, garantir
a sua subsistência e a protecção da sua família e comunidade. A sua atenção
voltou-se para as necessidades mais básicas do instinto, como garantir a sua
alimentação, procriação, protecção, habitação, etc…. Neste quadro primitivo ou
inicial da demanda humana, foi necessário dar prevalência a uma acção voltada
para o exterior, privilegiando a dimensão mental e lógica, e foi o campo fértil
para a tão necessária energia Yang.
Mas o domínio desta energia, que se
prolongou por milénios na história humana, sem o necessário ponto de equilíbrio
da energia Yin, trouxe o Planeta a um ponto de densidade elevada, reflexo de
uma consciência dominante do Ser virado para fora, que se quer realizar no
exterior, para onde direcciona o sentido da sua existência, privilegiando a
dimensão mental e lógica, que lhe permite dominar o meio físico.
Assim se
justifica no Homem moderno o seu apego e medo da perda de tudo o que conquista
na materialidade (fronteiras, bens, parceiros, posição social, bens, etc…), o
que acaba por originar os grandes males actuais decorrentes de tensões
(pessoais e grupais), conflitos, guerras e à justificação de tudo pela
satisfação imediata do instinto e domínio do Ego: marcas distintivas de
sociedades influenciadas, na sua acção e evolução, pelo domínio da energia
masculina ou Yang.
Mas a Humanidade,
depois de ter conquistado as condições materiais para dominar o meio exterior e
garantir a sua própria sobrevivência enquanto espécie, enfrenta uma Nova Era em
que a sua sobrevivência a obrigará a virar-se para o seu Interior.
Está
na hora de diluir e transmutar a densidade que trouxemos da Era anterior e,
para isso, a Humanidade (Homens e Mulheres) vai ter de trazer o Ser Humano de
volta à sua Divindade. E esse
reencontro do Homem com o seu Deus Interior, vai exigir às mulheres que se
pacifiquem com a sua inata Feminina.
O “novo ser” desta Nova
Era tem de aprender a harmonizar
a dimensão mental, que foi dominante na Velha Energia, com a sua dimensão
emocional e espiritual.
Essa necessidade está a convocar o outro polo energético, o Feminino, a afirmar-se, pois é
essencial à sobrevivência da Humanidade num tempo em que assistimos às
consequências descontroladas do domínio da energia yang em todos os níveis,
até na percepção que o Homem tem de si e da sua Missão no Universo, para muitos
circunscrita à vida da matéria.
A ascensão do Feminino, sem pretensão de domínio, mas apenas de afirmação do seu lugar no
Universo, é essencial para apaziguar a humanidade. E cada espírito que
aceitou encarnar como Mulher nestes tempos, tem de estar consciente da importância
dessa Missão que aceitou desempenhar, de pacificação e elevação da Humanidade, da
importância da afirmação da energia feminina que incorpora, para transmutar a
densidade acumulada durante séculos: sem laivos de vingança por esses tempos em
que foi relegada para segundo plano, pois o espírito, ao nascer Mulher, trouxe
em si todo o perdão do coração de uma Mãe amorosa, que pulsa pela energia da
compaixão que importa resgatar.
Marta Sobral
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