Quem
os clonou?
Por
onde se escoou a capacitação de expor, de
argumentar com saber, da luminescência de tantos seres inteligentes, criativos? Vejo
formas semelhantes...
-
apressados por uma pausa na conversa para que possam consultar o apito que
locomove sua mente condicionada quando chega mais uma postagem ao
smartphone
–
irritados porque a rede ali não funciona e ouviram o tlim tlim
–
desconcentrados na atenção que lhes exige o estudo, o trabalho, o “estar” em
grupo ou pior… em família
–
desinformados porque ingerem apenas o que lhes é apresentado
–
alienados pela futilidade do que recebem e enviam
-
esgotados, sem criatividade ou dinamismo, exangues de energia pela vampirização
a que se sujeitam o dia inteiro
Autênticos
zombies com um apêndice mecânico radioactivo, às mãos colado, como se dele
dependesse a sua própria vida…e de certa forma depende pois quem os clonou
retirou-lhes o que de mais importante o ser humano tem, a liberdade, e a
capacidade de renovarem o prana (energia fundamental).
Assim transformados são
retroalimentados por círculos de iguais, igualmente amestrados, cujo formato
alimentar são “likes” que significa gostar, ainda que o postado seja o mais horripilante
facto.
Que
fizeram da vida viva, presente, luminosa, magnificente, produtiva estes companheiros
de jornada, que nos embebeceram com os seus saberes, presença, criatividade, alegria! E que hoje desconhecemos no
seu transe hipnótico saturado de clichés repetitivos, ocos, na bolha narcisística
que os encarcera.
Onde
estão? Quero acreditar que não se tenham irremediavelmente perdido, e que ainda
se libertarão… Quem clonou tantos seres humanos? Devolvam-nos já!
Maria
Adelina
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