Uma má colheita não define um campo de cultivo. Sejamos sempre confiantes na dádiva que é a amizade
Não é fácil falar
de amizade, sobretudo ao tentar evitar as frases feitas, e os conceitos
banalizados e limitadores. Fala-se muito em amizade, desvirtuando-se na maior parte dos casos a força e o
significado desse elo de união entre os Seres. Amizade é uma tarefa que se
desenrola em todos os aspectos da nossa vida e que como tudo o que é válido e
perdura requer trabalho e entrega.
Amizade é uma forma de Amor, provavelmente a mais pura forma de amar. É uma
ponte entre duas pessoas que, independentemente daquilo que passe sobre ou
sob a ponte não se desgasta, não se altera, não se danifica.
Lembro alguém que me dizia: “em todo tipo
de relacionamento que se gera entre as pessoas, existe uma dependência, um
interesse implícito que promove o relacionamento”. Sim! Na maior parte dos
casos esse interesse existe, seja a dependência económica, a solidão, carência
afectiva, inclusive nos relacionamentos familiares a dependência é moeda de troca
dentro do plano afectivo.
No entanto, naquele sentimento de amizade que temos a graça de partilhar com
alguns Seres, apenas damos e recebemos uma corrente energética maravilhosa, que
passa pelas coisas mais simples, como a comunicação telepática na hora certa,
até ao ombrear lado a lado em trabalhos, projectos ou momentos difíceis… sem
interesses, sem cobrança, sem outra intenção que a de sentir a sensação plena
da Unicidade, de que a sensação da outra pessoa, é nossa antes de ser dela, e
como tal, cabe a cada um suprir-se a si próprio de auto-estima, de
ternura, de harmonia, de alegria, de serenidade, de carinho para distribuir,
doar... e a forma mais simples e fácil de fazer tudo isto é através da
mais bela forma de Amar, que é conhecida pelo nome de AMIZADE.
Maria Adelina
Outubro/2010
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