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sábado, 1 de julho de 2017

A Sociedade Conjugal como Fundação da Família e da Sociedade


A infidelidade auto destrutiva 


Talvez não haja nada errado em transgredirmos as regras de conduta ou sociais, mas ao nos rendermos ao prazer físico, vamos apenas ampliar o desejo e, como um viciado em qualquer substância entorpecente, encontraremos defeitos onde antes enxergávamos a fonte capaz de saciar os nossos desejos, abrandar o calor que incendiava o corpo e apaziguar as inquietudes da mente.
Os relacionamentos costumam ser uma via de mão dupla, mas sem cruzamentos paralelos, e não faz sentido darmos vazão às paixões na falsa esperança de reacendermos o amor doméstico. Afinal, estas experiências de relacionamentos abertos costumam dar mais certo no imaginário do que na nossa realidade.
Há pessoas que buscam num relacionamento estabilidade económico-financeira e não compreendem que a convivência impõe restrições e limitações que, somente podem ser superadas pela convergência de interesses recíprocos e, principalmente, se mantém pelo cultivo de sentimentos profundos e sinceros.
Até mesmo na constância de um relacionamento, um dos parceiros pode se sentir isolado e solitário, reclamando atenção, compreensão e tolerância e, considerando-se inseguro quando desafiado ou confrontado, pode se tornar vulnerável a uma abordagem.
Se procurarmos, vamos encontrar alguém que nos dê mais atenção, que esteja mais disposto a ouvir do que a falar, que não nos critique excessivamente e, talvez, note os pequenos detalhes do nosso corte ou cor do cabelo e até do esmalte das unhas e, ainda, descubra a nossa fragrância preferida ou, queira saber os nomes e os assuntos sem graça que tratamos com os nossos amigos, o que pode despertar as nossas emoções, porque temos uma imensa necessidade de nos sentirmos amados e valorizados.
O interesse é uma máquina extraordinária que movimenta o mundo, infelizmente, nos relacionamentos, ele está atrelado à paixão que, se não se extingue rapidamente, muda para outro objecto de desejo ou pessoa.
Neste caso, a infidelidade pode estar associada a falta de motivação para a vida e a busca irracional por desafios ou conquistas, onde se confunde a procura da felicidade por satisfação do prazer imediato.
Os homens têm maior tendência à traição do que as mulheres, e buscam um novo relacionamento por instinto sexual, como auto-afirmação ou apenas pelo prazer da conquista, enquanto as mulheres o fazem por carência afectiva e até por vingança, embora homens e mulheres estejam sujeitos aos mesmos desejos e paixões, acredita-se que a mulher tenha mais autocontrole e mantenha laços mais fortes com a preservação da integridade familiar, além de reconhecer a maior intolerância social quanto a infidelidade feminina. Independente do género, a infidelidade será sempre um comportamento auto destrutivo que caminha para a falência da sociedade conjugal.
O casamento precisa deixar de ser um lugar sombrio onde nos escondemos dos nossos medos, incertezas e vulnerabilidades, e precisamos vencer a timidez para darmos espaço ao diálogo, inclusive nos momentos mais íntimos, quando há necessidade de verbalizarmos as nossas emoções e sentimentos, com a ousadia do improviso e não a mera formalização do contacto físico, descrição dos actos ou consulta prévia sobre cada posição ou movimento.
A relação íntima não deve ser formal, com hora marcada, como remédio contra insónia, mas também não se deve ter a ilusão de encontros de almas gémeas, cujo contacto seja sinónimo de sincronismo de ideias, prazer e satisfação.

Texto relacionado:
A falência da sociedade conjugal
https://plus.google.com/+LuizCarlosGuglielmetti/posts/U4JXhtjuKJt

Luiz Carlos Guglielmetti


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