Em
nome do amor?...
Numa
vaga (ou não tão vaga assim) semelhança entre o actual matar e destruir em nome de Deus,
quanta destruição se causa em nome do amor, ou seja, daquilo a que alguns
chamam amor.
Vemos
a ascendência das pretensões de conhecidas minorias politizadas, militando pela
obtenção de leis que permitam a disfuncionalidade natural da parentalidade
familiar, pai-mãe-filhos.
Vemos
o crescendo em quantidade e grau da violência contra as mulheres, os números de
homicídios de mulheres perpetrados pelos companheiros ou ex-companheiros são
assustadores.
Vemos
relacionamentos cujos jogos de poder e manipulação mútua fariam inveja aos mais famosos psicopatas.
Vemos
relacionamentos profundamente impróprios fomentados através do medo, do assédio
profissional, da sedução a seres sobre os quais se tem predomínio, provocando
lesões emocionais e comportamentos sociais anómalos e infelizes, “bullying” no
seu enquadramento social, e cujo término é tantas vezes trágico quando o que
sofre essa condição toma, por inteiro, a consciência da mesma.
Por
favor despertemos! Deixemos de romantizar actos e vivências supostamente
gerados em nome do “amor”, que amolece a capacidade de avaliar a acção
perniciosa da mesma e consequentes medidas para a sua desarticulação e extinção,
por via dos meios existentes para tratar, proteger ou re-educar as pessoas
envolvidas nestas vivências.
Estes
parcos exemplos das realidades que nos circundam, tomam uma feição ainda
mais execrável quando a sua justificação se firma em que o que fazem é por
amor… Ideias distorcidas em balões de ar...
Nem
só as substâncias químicas (drogas) ou o álcool provocam vício, existem pessoas
viciadas em emoções e comportamentos que vão criando palcos onde as possam repetir continuadamente.
Nada,
mas nada, destes comportamentos são de amor ou por amor, são apenas e tão só
sintomas de disfuncionalidade psíquica e emocional, viciosos, irresponsáveis,
perversos.
Basta
do uso e abuso do sagrado conceito do Amor como justificação daquilo que é
injustificável.
Maria
Adelina
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