A Feminilidade
Talvez pareça a alguns,
que feminilidade (não confundir com
feminismo) é um tema secundário entre tanta desarmonia global no entanto
não o é, bem pelo contrário, torna-se premente e urgente o emergir da autêntica
feminilidade.
Este conceito tão
marcado por épocas, é hoje o mais elevado tesouro que se pode redescobrir,
quando entendido e vivenciado numa legítima dinâmica evolucional.
Nos últimos séculos a
feminilidade foi decalcada em moldes diferenciados, mas sempre pelas mãos do mesmo
escultor, o “machismo”, poder tomado
pela consciência masculina, numa submissão acomodada da consciência feminina.
Hoje, o escultor fenece
pela supressão do arbitrário poder, e o campus (a consciência planetária)
materializa em si todas as condições onde a feminilidade desabroche em
plenitude.
No entanto meus
queridos, a semente está maculada por vincos profundas do cinzel, que deturpam
a sua essência.
Requer-se
interiorização, conhecimento, maturidade, libertação das amarras do ego
inferior e do medo, que suprimam, o último reduto desse poder estereotipado,
ignorante e mercantilista, que fomentam as “máscaras”, a que chamam
feminilidade.
O patamar da verídica
feminilidade não é uma quimera inalcançável, mas sim um conjunto de
características inerentes à Alma em transição, que clamam por serem
reconhecidas e vivenciadas no plano da consciência lúcida e comum.
No amor, a feminilidade
é a assumpção das características e das magníficas diferenças complementares
entre os géneros, é o desabrochar da deusa em cada mulher tão só e apenas, pela
implementação da veracidade dos sentimentos.
A feminilidade é
coragem, é fortaleza, é perseverança, é o fluxo e o refluxo das marés que nada
pode abalar.
Na sexualidade, a autêntica
feminilidade induz à fusão alquímica, o “el dorado” dos relacionamentos, tão
procurado, e tão raramente encontrado.
Na família e na
sociedade, a feminilidade é o bastião sagrado, a pedra angular que sustêm a
construção fomentadora da sociedade que almejamos.
Em todas estas
vertentes uma característica é fundamental, sendo a que mais define ou traduz a
feminilidade, é a entrega plena.
A feminilidade não se
adquire, ela é inerente à essência da Mulher, é a candeia interna, poderosa, que faz
nascer o sol no olhar, a ternura nos gestos, a esperança nos sorrisos, é a onda
invisível, magnética que eleva e suaviza a Alma no seu caminho dual.
Maria Adelina
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