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quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Ajuda





Reflexão sobre “Ajuda”

Sendo que “Ajuda” significa sempre interferência, esta deve ser emitida na mais profunda pureza de intenção, só assim, partilhamos exemplo do que foi positivo para nós e não o que queremos que outro experimente.
O instinto natural de ajudar vai-se aprimorando no conhecimento das facetas  humanas, as nossas e as dos outros, reconhecendo os limites da liberdade de experimentação que cabe aos demais. Sobre isto e outros temos inúmeros exemplos. 
Quantas vezes tentamos ajudar quem não quer ser ajudado! Isto pode ocorrer pelo simples facto de que essa pessoa se sente confortável na situação - ou porque é uma estrutura de vida assim planeada - ou como forma de resgate cármico - ou até como suporte de máscaras/personna. Algumas outras razões podem existir que devemos permitir sejam reconhecidas no nosso coração de forma a não nos tornarmos (com a melhor das intenções) factor de desvio ou impositivo no percurso dos demais.
Quando a ajuda nos é solicitada :
– Comparativamente com os fardos da alma, é muito fácil ajudar os outros com os fardos da vida. Com mais ou menos generosidade, disponibilidade, dom de partilha, podemos corresponder às necessidades dos que a nós recorrem ou que pela via da empatia sintamos onde são proveitosos os nossos préstimos. 
Já no auxílio aos fardos da alma, se requer uma sensibilidade aprimorada:
-Conhecimento,  pelo qual se alcança a isenção da influência dos próprios processos e possíveis desarmonias pessoais que se tornem factores de sugestão em planos de ajuda
-Sustentação pela doação energética envolta em compaixão (não confundir este termo com concordância). Quase sempre a ajuda mais eficaz é transmitida por um sopro de elevação, um crédito de fé no infinito poder pessoal de cada um, para que a pessoa que pede ajuda perceba que a solução está, e sempre esteve, em si própria
-E o ingrediente principal, o exemplo. Nada soa tão deslocado, como os conselhos de quem não os pratica, ou advoga, nos seus meios de influência.
Ajuda? Sempre! Mas tenhamos presente, sempre, a imparcialidade da nossa intenção.

Maria Adelina

Nota: Estas reflexões têm enquadramento em adultos detentores das faculdadas inerentes. No caso de Seres cujas capacidades não estejam ainda desenvolvidas como é o caso das Crianças, e aos seres do reino animal , o nosso sentido de ajuda deve ser presente, atento, abrangente, interventivo, de forma a que cada um de nós contribua para o bem-estar integral dos mais frágeis ou indefesos.

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