Reflexão sobre “Ajuda”
Sendo que “Ajuda” significa sempre interferência, esta deve ser emitida na mais profunda pureza de intenção, só assim, partilhamos exemplo do que foi positivo para nós e não o que queremos que outro experimente.
O instinto natural de ajudar vai-se aprimorando no conhecimento das facetas humanas, as nossas e as dos outros, reconhecendo os limites da liberdade de experimentação que cabe aos demais. Sobre isto e outros temos inúmeros exemplos.
Quantas vezes tentamos ajudar quem não quer ser ajudado! Isto pode ocorrer pelo simples facto de que essa pessoa se sente confortável na situação - ou porque é uma estrutura de vida assim planeada - ou como forma de resgate cármico - ou até como suporte de máscaras/personna. Algumas outras razões podem existir que devemos permitir sejam reconhecidas no nosso coração de forma a não nos tornarmos (com a melhor das intenções) factor de desvio ou impositivo no percurso dos demais.
Quando a ajuda nos é solicitada :
– Comparativamente com os fardos da alma, é muito fácil ajudar os outros com os fardos da vida. Com mais ou menos generosidade, disponibilidade, dom de partilha, podemos corresponder às necessidades dos que a nós recorrem ou que pela via da empatia sintamos onde são proveitosos os nossos préstimos.
Já no auxílio aos fardos da alma, se requer uma sensibilidade aprimorada:
-Conhecimento, pelo qual se alcança a isenção da influência dos próprios processos e possíveis desarmonias pessoais que se tornem factores de sugestão em planos de ajuda
-Sustentação pela doação energética envolta em compaixão (não confundir este termo com concordância). Quase sempre a ajuda mais eficaz é transmitida por um sopro de elevação, um crédito de fé no infinito poder pessoal de cada um, para que a pessoa que pede ajuda perceba que a solução está, e sempre esteve, em si própria
-E o ingrediente principal, o exemplo. Nada soa tão deslocado, como os conselhos de quem não os pratica, ou advoga, nos seus meios de influência.
Ajuda? Sempre! Mas tenhamos presente, sempre, a imparcialidade da nossa intenção.
Maria Adelina
Nota: Estas reflexões têm enquadramento em adultos detentores das faculdadas inerentes. No caso de Seres cujas capacidades não estejam ainda desenvolvidas como é o caso das Crianças, e aos seres do reino animal , o nosso sentido de ajuda deve ser presente, atento, abrangente, interventivo, de forma a que cada um de nós contribua para o bem-estar integral dos mais frágeis ou indefesos.
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