Somos
muito preconceituosos e continuamos a viver em função da aparência, daquilo que
é socialmente aceite e faz bem às vistinhas. Não há tempo para a reflexão, para
a introspecção, para o exame diário da nossa consciência. Claro que há tempo,
mas é mais importante o caminho fazer-se pela via mais fácil. Dá-se uma
importância exacerbada ao que não merece cuidado ou dedicação de tempo. Não direccionamos
a nossa atenção ao apelo que o universo nos faz para acalmarmos, para darmos
tempo ao tempo, para reaprendermos a escutar o nosso coração e a escutar os
outros. Para rirmos e sermos felizes.
A
letargia impôs-se.
A
ignorância arrepiou caminho por entre os trabalhadores (em busca da
consciência).
A
confiança perdeu-se.
Ainda
a propósito do preconceito:
Sou
preconceituosa quando não aceito as calças esfarrapadas;
Sou
preconceituosa quando recuso a mão negra do pedinte;
Sou
preconceituosa quando aceito a mundanidade.
Sou
preconceituosa, quando não perdoo os meus agressores.
Tomei
uma decisão:
Vou
deixar de ser preconceituosa.
Só
por hoje.
Todos
os dias.
Elisabete
Pinho
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