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segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

As correntes do dever





Quando se acende um lampião, é como se fizéssemos nascer mais uma estrela, mais uma flor. Quando este se apaga, porém, é apenas a estrela ou a flor que adormecem criando tempo em quem dele precisa.
Antoine de Saint-Exupéry



As correntes do dever


As mais pesadas correntes não são as externas mas aquelas que nos impomos inconscientemente, na consciência já desperta.
No estreito e pedregoso caminho do iniciado surge a cada passo a glória da concepção de pequenos paraísos que constrói sem esforço com as fundações omnipotentes, irradiantes, de si mesmo.
Essas edificações não têm como finalidade a durabilidade, mas sim a demonstração da possibilidade da sua existência a ocorrer num futuro, em que todos os seres saberão de que são feitos, e aprenderão a usar a integralidade da sua essência como material de construção de uma outra realidade.
O dever torna-se então um conceito de arremesso entre a programação arcaica da mente e a delicada percepção de um todo sem barreiras espaço/temporal onde é premente perceber e acatar, os ciclos de tudo quanto existe.
Pioneiros, moldam horizontes que a acuidade visual e perceptiva da maioria ainda não distingue, e um rasto do exercício da sublimação do ego.
Deixam pegadas perenes, sentidas tão só, pela energia do coração.
São imensamente gratos quando nesta realidade se cruzam com as ondas binaurais que indicam a conclusão duma sementeira, e a hora de acender novas estrelas no infinito, iluminando caminhos.



A.






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