Quando se
acende um lampião, é como se fizéssemos nascer mais uma estrela, mais uma flor.
Quando este se apaga, porém, é apenas a estrela ou a flor que adormecem criando
tempo em quem dele precisa.
Antoine de Saint-Exupéry
As
correntes do dever
As mais pesadas correntes não são as externas mas aquelas que
nos impomos inconscientemente, na consciência
já desperta.
No estreito e pedregoso caminho do iniciado surge a cada passo
a glória da concepção de pequenos paraísos que constrói sem esforço com as
fundações omnipotentes, irradiantes, de si mesmo.
Essas edificações não têm como finalidade a durabilidade, mas
sim a demonstração da possibilidade da sua existência a ocorrer num futuro, em
que todos os seres saberão de que são feitos, e aprenderão a usar a integralidade
da sua essência como material de construção de uma outra realidade.
O dever torna-se então um conceito de arremesso entre a
programação arcaica da mente e a delicada percepção de um todo sem barreiras
espaço/temporal onde é premente perceber e acatar, os ciclos de tudo quanto
existe.
Pioneiros, moldam horizontes que a acuidade visual e
perceptiva da maioria ainda não distingue, e um rasto do exercício da sublimação
do ego.
Deixam pegadas perenes, sentidas tão só, pela energia do
coração.
São imensamente gratos quando nesta realidade se cruzam com as
ondas binaurais que indicam a conclusão duma sementeira, e a hora de acender
novas estrelas no infinito, iluminando caminhos.
A.
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