Os contos da nossa vida
Amigos,
hoje ao dar a conhecer que reiniciei a minha actividade de artesã de compotas,
lembrei de uma pequena história que volvidos uns anos ainda me faz sorrir. Este
é um conto real como são todos os meus contos, escrito na primeira pessoa.
Como
muitos sabem de há uns anos para cá dedico parte do meu tempo, amor e
criatividade, à criação de doces totalmente artesanais.
A
dada altura, tive o enorme gosto de conhecer alguém que veio a tornar-se uma
querida amiga e que sempre que podia lá estava ela a visitar as feiras de
artesanato e gastronomia onde eu estivesse com os meus doces.
Chegava,
fazia uma grande festa aos doces, à apresentação da mesa, queria saber que
receitas novas eu tinha criado, dava-me os parabéns, ajudava se fosse
necessário, abraçava-me como se o mundo acabasse ali, e depois ia passear, visitar
os demais locais… isto sem nunca provar os meus doces… Ela, a minha amiga era
adepta do veganismo (não consumia ovos) e alguns dos meus doces ainda são confeccionados
com ovos…
Um
dia, quis retribuir todo aquele carinho de que ela fazia uso num misto de
firmeza e tolerância, e fiz um bolo especialmente para ela, porque sabia o
quanto apreciava doces.
Ela
chegou, ofereci-lhe o bolo e os olhos dela sorriram antes dos lábios se moverem
como era hábito dela. Observou o bolo com atenção, e exclamou:
-
Adelina, mas este bolo tem aspecto de ter ovos!
E
eu respondi-lhe
-
Lena, claro que levou ovos, mas são ovos de “galinhas livres”!
O
estrondo da tua gargalhada, amiga, ainda deve ecoar nos ouvidos das pessoas que
estavam próximas de nós e que ouviram o teu riso contagiante, incontido…
Mas
lá nos céus por onde agora passeias posso dizer-te que “vences-te”, ovos, apenas
os de galinhas livres, quando estas no-los concedem.
Quanta
saudade Leninha (Helena Silva)
Maria
Adelina
Sem comentários:
Enviar um comentário
Seja Bem-Vindo