A
Singularidade dos Relacionamentos
As
denominações comuns que conferem um determinado estatuto a qualquer
relacionamento, não são de forma alguma a sua identificação. Esta, é mais
permeável à singularidade energética do mesmo, que ao seu enquadramento
classificativo.
Podemos
tomar como exemplo o que classificamos por amizade, esta, pode na realidade ser
um compêndio de experiências sócio-afectivas distribuídas numa paleta tão
abrangente, quantas as reacções sensórias que a Alma tenha vindo experimentar.
Ou seja, os “amigos” não são a expressão de um sentimento generalista conhecido
por amizade, mas filamentos energéticos interligados, alma/alma, cujas raízes
alcançam os primórdios da caminhada do homem.
Quando
as pessoas se cruzam e daí advém o desenvolvimento de laços de amizade, estes têm
uma função específica no rol das tarefas em benefício do desenvolvimento
emocional, e consequentemente espiritual mútuo.
Também
nesta vertente, a da amizade, ao aspirante requerem atenção minuciosa e
contínua os factores: veracidade, generosidade, desapego.
- Veracidade na
intenção e razão de fomentar energia emocional com alguém, percebendo e
actuando em conformidade ao detectar a subjectividade desses campos quando
induzidos por egoísmo, dependência, vaidade, orgulho, ou interesses mesquinhos.
- Generosidade na
entrega plena ao momento, à partilha, num esforço de auto-elevação de padrões,
com os quais possa, também, elevar aqueles com quem se “comparte”, porque na
amizade superior, mais que compartir as posses, os seres compartem-se a si
mesmos.
- Desapego da
presença, da energia, do sentido de posse – o aspirante conhece as leis do
cosmos, entre elas, a de que não existe barreira de tempo ou distância que
separe ou macule.
Cada
partilha energética (amizade) é única e específica nas suas coordenadas de
tempo e intensidade. As vivências não podem ser repetidas ou copiadas, no
entanto, todas comportam a importância devida, a cada fase da vida dos
intervenientes.
Mais
ou menos impregnadas de magnetismo, tornam-se catalisadoras das experiências
necessárias ao crescimento individual, e por indução, colectivo.
Baseado
nestes conhecimentos o aspirante reconhece a inutilidade do ciúme ou da
possessividade entre aqueles que se amam.
Cada
emissão energética tem o seu poder, a sua vibração, a sua cor, nenhum ser pode
apagar ou substituir as vibrações de outro.
Apenas
na diversidade e amplitude de conhecimentos partilhados pode existir
crescimento em maturidade e harmonia.
Estas
reflexões são apropriadas a todo tipo de relacionamentos, demos como exemplo a
amizade, dado ser esta a base afectiva que sustenta qualquer outro
relacionamento.
Maria
Adelina de Jesus Lopes
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