22 de Novembro,
gravado no coração
Uma
das sensações mais prazenteiras que podemos vivenciar é o soltar a mão de um
filho que perdeu o medo de caminhar.
Quanto
mais longe ele caminha, e mais se afasta do nosso alcance, a sensação de
plenitude cresce, torna-se pássaro que carrega no bico a semente da eira do
criador da qual também somos semeador.
Igual
que uma vide arredia que estacamos com o nosso sangue se preciso for, aquecida
pelo sol, e reconhecida em tanto amor, desdobra-se em latada de frescura e
frutos, que à mente exultam e a alma carece.
Qual
cajado que frutifica em caduceu de Mercúrio, assim é o cuidado amoroso,
confiante, libertário, bênçãos a acumular, das aves que de uma forma ou outra ajudamos
a elevar.
Que
as cálidas correntes celestes estejam sempre presentes nas sendas dos pássaros
que estendem as asas, pois é tempo… de voar...
Maria
Adelina de Jesus Lopes
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