Qual o critério de avaliação do Sofrimento
A humanidade tem vindo a ser alertada
para as circunstâncias que gradualmente vão chegando, no que respeita às
vivências pessoais, familiares, profissionais, afectivas, sociais, a um nível
global. São, “os sinais dos tempos”.
Estes são os tempos de avaliação
não da nossa capacidade de sofrimento, mas sim da tradução que cada um faz, do
que chamamos “sofrimento”
São duas as vertentes principais
do sofrimento: o físico e o emocional, que por sua vez interagem e se promovem.
Duas são, também, as principais razões da existência do mesmo: alerta e
redenção.
As facetas das nossas vidas estão
interligadas, e assim mesmo estão interligadas directamente com as vidas dos
que nos rodeiam, a nossa família cármica, e no global com tudo o que existe,
com o Todo.
Qualquer sofrimento sentido deve
ser visto como um sinal de alarme ao sentido dos desejos ou desvio do Caminho.
Qualquer sofrimento infligido
deve ser corrigido, pois este torna-se bloqueio no nosso percurso evolutivo
É hora de nos desfazermos da
ilusão (bastante conveniente) da
existência de uma entidade externa, castigadora, que volta e meia, despeja
sobre nós a sua justiça, sob a forma de algum tipo de sofrimento.
A Entidade Suprema, essa existe,
mas somos nós próprios, numa dimensão subtil de existência. O modo como estamos
na vida, consciente ou subconsciente é a causalidade onde germinam todos
os acontecimentos dessa mesma vida, os doces, e os amargos.
Na vida de todos nós existem dois
factores incontornáveis, a data do nascimento ( o vir da luz ) e a data da partida ( o regresso à luz).
Neste entremeio temporal, é de
nossa escolha o que fazer com o tempo que nos é concedido, mantendo acesa a
tocha do Caminho da Iluminação.
Na maior parte das pessoas onde
existe sofrimento, este, é a alavanca que tenta deslocar a subconsciência (automatização comportamental) para uma
supra-consciência (actuação lúcida em
todas as vertentes do ser), porque não podemos mais continuar adormecidos.
Estes são os tempos onde por
tantos meios somos estimulados a despertar para uma nova realidade, onde
tudo se relativiza pela compreensão das causas, onde tudo se recria, na
realidade superior e eterna.
Sim porque tudo é relativo…qual o
nível de consciência que usamos como critério de avaliação dos nossos sofrimentos?
Em relação aos que nos rodeiam, e a todos os seres? Este é hoje o teste a que todos estamos submetidos.
Só pela compaixão activa, se pode
transmutar o mundanismo, o egoísmo, o egocentrismo, a arrogância, a vaidade,
porque o tempo, é chegado! É a hora de dar as mãos, movidos apenas pela
intenção duma real justiça humanitária e fraterna.
É o único meio, e o tempo
esgota-se…
Maria Adelina de Jesus Lopes
Cara Amiga Adelina sempre compreendi ao longo da minha existência que a Vida é um comboio em contínuo movimento determinado por apeadeiros que convidam o Ser à sua superação constante.
ResponderEliminarAí sim nessa capacidade de superação consciente reside a sobrevivência do Humano.