Já
não há heróis?
“Já não há heróis”, é o título de uma interessante canção
já com alguns anos mas que representa bem o ciclo temporal que estamos a
vivenciar.
No entanto, e talvez como sinal da mudança, tenho-me
deparado ultimamente com muitos heróis ou
melhor dito heroínas.
Dentro de um alargado círculo de amizades são vários os
casos dos novos navegadores que no feminino,
reabilitam a coragem de um povo esquecido da sua glória, perdida nas ufanas
crises desfraldadas pela vilania e desresponsabilização daqueles a quem
outorgamos o poder de nos “governar”.
Maioritariamente apenas acompanhadas pelos filhos abraçam
lá fora, a esperança da conquista daquilo que deveria ser um direito natural no
seu país, trabalho, segurança, saúde, educação.
Já são tantas, que simbolizadas por notas, poderíamos compor
muitas canções; a das heroínas - mulheres portuguesas - jovens com formação -
cujo medo, como que por alquimia se transforma na confiança que transmitem aos
filhos para que estes não se sintam estrangeiros longe do seu país.
A raça destas mulheres é aquela que dará frutos para estruturar
um novo mundo no seio doutras culturas que as acolhem, e realçam as capacidades
e o proveito.
Heróis? Sim existem! São mulheres lusitanas as heroínas do
agora.
Maria Adelina de Jesus Lopes
Nota : este simples texto é uma homenagem a
todas estas mulheres e seus filhos, as que conheço e as que desconheço, entre as
quais a minha filha e também o meu neto que do alto dos seus 4 anos plenos de
maturidade e coragem me dizia há dias
“sabes avó só não gosto muito de estar
na Alemanha porque eles aqui falam alemão…mas eu aprendo avó, eu aprendo!”
pois que esse pequeno aprendiz se torne um espelho daqueles que aqui pareceram algo esquecidos, homens de fibra que muitas vezes vão à frente para abrir caminho. A emigração não se trata de sexos, tratasse como o texto refere, sobretudo de actos e de pessoas de coragem. A esses, homens ou mulheres, as maiores felicidades. Namastê
ResponderEliminarObrigadapelo comentário e observação.
ResponderEliminarOs heróis (no masculino) têm muitas estirpes, épocas e motivações (que ao longo das eras nem sempre foram altruístas, bem pelo contrário) e atrás deles deixavam as verdadeiras heroínas com o pesado fardo da sustentabilidade da família por largos anos ou por toda a vida.
A apreciação desta crónica é sobre uma outra fasquia de heroínas do agora, cujo número está cada vez mais em crescendo, que não deixam para trás os filhos, e que enfrentam o desconhecido em duplo ou triplo papel, coroados ainda pela categoria dos seus desempenhos profissionais aonde quer que vão.
Grata